A trama desenvolve-se a partir do momento do final do episódio anterior, com Bonnie a justificar-se a Annalise sobre o porquê de se ter encontrado com Frank, acabando por lhe mostrar uma gravação com a confissão de Frank relativamente ao assassinato de Mahoney. Por esta eu não esperava!
A polícia está à porta de Wes no seguimento da investigação do homicídio de Mahoney. Annalise obriga Wes a não sair de sua casa até conseguir encontrar a melhor forma de lidar com esta situação, evitando que todas as histórias antigas voltem, em especial a da morte de Sam.
Annalise está de volta ao tribunal e às aulas depois da sua suspensão ter sido levantada, sendo que tem de se submeter a rigorosos critérios, como não poder voltar a beber álcool, ir a reuniões dos AA, submeter-se a exames de alcoolémia e, o mais importante, a comportar-se em tribunal e fora dele, parando de intimidar testemunhas ou de ser cúmplice de crimes, por exemplo. Mas quem acredita que isto vai mesmo acontecer? Quem conhece Annalise sabe que é isto que a caracteriza e a faz ser a brilhante advogada que é! E não teria a menor das piadas se isto não acontecesse. Gosto do pormenor: se não posso beber álcool vou comer junk food fechada na casa de banho para compensar a minha frustração.
O caso da semana (ao qual não foi dado o destaque dos anteriores, o que é compreensível já que estão a acontecer muitas outras coisas) foi sobre uma ex-militar acusada de agressão por ter atacado um homem. Drake ganhou o direito de ser “first chair”, mas depois de Atwood tomar conta do caso pela procuradoria e confrontar Annalise, esta decidiu tomar as rédeas e tratar do assunto por si mesma. Durante o julgamento, Annalise sente-se muitas vezes de mãos atadas por não poder agir de maneira natural, de forma a não perder novamente a licença e fica extremamente frustrada. No decorrer do julgamento descobre ainda que a cliente mente e que a sua justificação para o ataque é mentira, já que o incidente que ela relata como a causa do TEPT não aconteceu na realidade. Annalise consegue contornar esse problema, comunicando o perjúrio da sua cliente à juíza, não sofrendo represálias e conseguindo um acordo para a sua cliente.
Asher (que teve a cena mais cómica do episódio quando fez aquela dança no quarto) e Michaela começam por terminar o “namoro”, porque ela supostamente só o vê como um objeto sexual, mas no final do episódio lá acaba por admitir que gosta mesmo dele e reconciliam-se. Connor acaba por ser um pouco o penetra desta relação, já que a sua relação com Oliver parece mesmo terminada (espero que não, Connor merece ser feliz com Oliver, depois de ter mudado tanto por gostar mesmo dele!). Estes três acabam por saber de toda a história de Mahoney e Wes, sentindo-se excluídos e acusando Laurel de não partilhar a informação com eles, mesmo depois de tudo o que já passaram juntos.
Connor confronta ainda Wes, mostrando todo o seu desagrado por mais uma enorme confusão que os envolve, acusando-o de ser o causador de todos os problemas que tiveram (depois de Bonnie também já o ter feito), visto que foi ele que matou Sam e se envolveu com Rebecca quando tudo isto começou. No fim, ameaça ainda que se ele mencionar o seu nome à polícia vai acabar morto! Tenso! Separação dos Keating 5? Os restantes vão ficar contra Laurel e Wes por estes saberem mais do que eles e de alguma forma estarem protegidos por Annalise?
Wes termina, finalmente, o namoro com Meggy, saindo de casa de Annalise e envolvendo-se com Laurel, dando a entender que o filho de Laurel é seu, mas nesta série nunca nada é o que parece! Wes acaba ainda por destruir a gravação de Bonnie.
No final do episódio, Connor mostra a Asher, Michaela e Annalise as notícias que diziam que o filho de Mahoney tinha sido detido pela assassinato do pai e Laurel acorda sozinha na cama, fazendo-nos pensar que Wes foi preso! Mas não! Ele não chegou a sair de casa de Laurel e o filho de quem falam nas notícias é Charles Mahoney, aquele que foi suspeito da morte da própria mulher e que tinha sido a razão de Annalise ter sido contratada por Mahoney e ao qual tivemos acesso na temporada passada. Tudo isto aconteceu graças a Frank, que colocou a arma do crime no carro de Charles e está de volta a Filadélfia, de volta a casa, depois de ter salvo o menino querido de Annalise.
No flashforward desta semana excluímos Asher da lista de possíveis mortos, mas ficamos a saber que este esteve com Connor e Laurel em casa de Annalise nessa noite a pedido desta. Afinal Annalise queria-os lá propositadamente??
Em suma, este episódio é uma enorme lista de possíveis pistas em relação ao que aconteceu no incêndio. O morto é mesmo Wes e Connor é o autor do incêndio? Pois ninguém sabe de Connor nessa noite e este quer eliminar Wes com medo de que, de alguma forma, o seu nome fique envolvido e se descubra tudo o que fizeram no passado? Mas depois há pistas contraditórias, levando-nos a pensar na possibilidade de ser Annalise a responsável, já que ela os chamou a casa dela nessa noite e não nos podemos esquecer que quis eliminar o que estava no telemóvel. Depois de tudo disto, aposto que o morto é Nate, já que este não tem qualquer importância na história. Nos últimos episódios mal aparece e contou a Annalise que está envolvido com a procuradora. Por esta lógica, Annalise é a culpada e chamou os Keating 5 de forma a conseguir um álibi! Será?
Um bom episódio, ainda que, para mim, o mais fraco desta temporada, mas que nos enche a cabeça de pistas e informações que em nada nos esclarecem sobre o que realmente aconteceu naquela casa. Os meus palpites em cada episódio são diferentes e já estão todos trocados! Mas no fim é isto que adoro nesta série!
David Pereira