Falling Water é a história de três pessoas que não se conhecem e que sonham partes diferentes do mesmo sonho.
Neste episódio piloto, que parece uma mistura entre Sense 8 e Inception, somos apresentados às três personagens principais: Burton, que trabalha para uma empresa de ações enquanto anda à procura da sua namorada que desapareceu; Tess, uma fotógrafa que tem memórias de ter dado à luz, mas toda a gente nega a existência de um filho; e, por fim, Take, um detetive que tenta curar a mãe catatónica.
Ao longo deste misterioso episódio, Take é confrontado com uma morte – aparentemente acidental – que lhe parece suspeita e encontra numa casa um conjunto de vários corpos com uma só palavra gravada na parede, Topeka, a capital do Kansas.
Tess é apreciada por ter um olho especial para perceber o que as pessoas querem mas ainda não sabem, o que lhe dá muito jeito para definir as próximas modas. Esta sua visão do inconsciente coletivo da humanidade chama a atenção de um magnata, Bill, que a contrata para dormir. Sim, apenas dormir e sonhar com um homem misterioso que apenas consegue ser contactado através dos sonhos. Bill recompensa-a com pequenas informações sobre o nascimento do filho dela, dizendo que há mais, mas que terão um preço.
Burton, tal como Tess, é conhecido por ter um faro fora do normal. Não para a moda, mas para encontrar quem está a vender informações que não devia. É através de uma destas perseguições que é confrontado com alguém que sabe da sua namorada e de algo que se passou em Topeka. Porém, antes de dar mais informações, suicida-se. Durante a sua procura pela namorada, cruza-se com Tess.
Foi um piloto bastante confuso, mas prometedor. Afinal de contas, quantas grandes séries começaram com episódios onde ficava muita coisa a entender-se? Achei que estenderam um pouco mais do que deviam o episódio, uma hora que se fazia igualmente bem em 50 minutos. Porém, a história tem um grande potencial mesmo! Resta ver como irá ser aproveitado, mas talvez tenha encontrado a minha estreia preferida da fall season.
Vejam, que vale a pena! Talvez tenham a hipótese de ver o próximo Mr. Robot antes de se tornar mainstream. E se não for, não perdem nada, porque se trata de um bom episódio que talvez vos deixe curiosos por mais.
Raul Araújo