O novo presidente dos EUA está de volta para o seu primeiro dia na Sala Oval. No entanto, as notícias por toda a América continuam a não acreditar nas suas capacidades para liderar o país, inclusive os próprios membros do governo, em particular o Governador Royce de Michigan, que desrespeita e não acata as ordens de Tom, ordenando que a sua polícia ataque e prenda todos os muçulmanos, de forma a conter a possibilidade de outros ataques e assumindo imediatamente que todos os muçulmanos são responsáveis pelos ataques à América e que todos são terroristas. Situação que em Washington não é muito diferente, visto que Seth, apesar de ser um cidadão comum americano, é interpelado pela polícia apenas pela sua aparência.
Podemos interpretar estes pequenos momentos como uma chamada de atenção para o mundo real, visto que este tipo de discriminação é muito comum, não só na América como no resto do mundo.
Um momento algo cómico do episódio é quando Tom tem que questionar um agente dos serviços secretos sobre o caminho dentro da Casa Branca, mostrando que este é mesmo um mundo novo para si! Vemos também que Tom ainda não se habituou a esta nova posição quando prefere trabalhar na cadeira que antigamente lhe pertencia, a de Secretário da Habitação e Desenvolvimento Urbano e não na de Presidente.
E sem nada o fazer prever… Surpresa! Afinal há mais uma designated survivor! Kimble, a Representante dos Republicanos, que vai auxiliar e apoiar o novo Presidente. Pelo menos é o que se vê neste episódio, vamos ver se daqui para a frente não tentará derrubar Tom e tomar o seu lugar.
Entretanto, Hannah discute com um analista do FBI sobre a possibilidade de a bomba descoberta no episódio anterior não ter sido intencionalmente detonada, ou seja, que tenha sido colocada no local da explosão com o intuito de ser apenas encontrada. Este é um dos mistérios que vai ser descoberto ao longo da temporada e a sua resolução parece ser da responsabilidade de Hannah.
Descobrem-se então uns potenciais responsáveis pelo ataque, o grupo Al-Sakar, mas apenas com uma certeza de 75%, insuficiente para Tom assumir perante o mundo que foram descobertos os terroristas que destruíram a América. Hannah continua no entanto com a sua teoria de que estes não são os responsáveis, já que não assumiram crédito pelo ataque.
Tom vai visitar os escombros do Capitólio, de forma a agradecer o esforço de todas as equipas de trabalho presentes no local e homenagear as vítimas (grandes imagens do Capitólio totalmente destruído!) e é atualizado sobre o estado da investigação pelo chefe do FBI. Durante o discurso de Tom, um civil que aparentemente vai disparar contra o presidente é detido pelo serviço secreto. Porém não era uma arma, mas sim o telemóvel que o civil ia tirar do bolso.
Neste exato momento, em Michigan o problema agrava-se, já que um jovem muçulmano de 17 anos é morto pela polícia.
Após isto, Tom finalmente consegue falar com o Governador Royce, através de Kimble. Tom ordena a Royce que este retire toda a polícia das ruas, que pare de deter os cidadãos muçulmanos e que liberte todos os que tem presos. Royce recusa-se a fazer isso e Tom assume a sua posição de presidente e de soberania e, mentindo, consegue que Royce aceda ao seu pedido. Aqui vemos novamente que Tom tem capacidade para ser presidente! Fico com a ideia de que em cada episódio vamos ter uma situação delicada para Tom resolver (no primeiro episódio foi o ataque dos iranianos ao Estreito de Ormuz) e que vai mostrar a capacidade inata de Tom para liderar o país!
Vimos ainda o lado sentimental e paternal de Tom que decide ligar para os pais do rapaz muçulmano morto em Michigan (o rapaz tinha a mesma idade do seu filho Leo) e Tom volta ao local do atentado, agora disfarçado, para agradecer pessoalmente aos bombeiros.
No final do episódio continuamos sem saber quem é Scott e qual a sua ligação com Hannah. No entanto, ficamos com a esperança de que seja o sobrevivente encontrado nos escombros! (Sou só eu que tem imensa curiosidade para saber quem é Scott e qual o seu papel em toda esta história? Só espero não me desiludir!)
Continuamos a ter pouco de Maggie Q! Quero ver mais da sua personagem e descobrir o que ela vai dar à história. No início do episódio parecia que iríamos acompanhar mais um pouco a sua personagem, mas foi uma coisa muito fugaz.
No geral achei este episódio mais fraco do que o piloto. A narrativa não está tão fluída como eu gostaria, ainda que Kiefer não desiluda e que a série mantenha a boa realização.
David Pereira