A nossa série mágica está de volta, pessoal! A temporada passada acabou com a introdução de uma das histórias mais icónicas da literatura inglesa e universal, Dr. Jekyll e Mr. Hyde, e é nesse tom que vamos continuar. Os contos de fadas vão ter uma pausa, Once Upon a Time vai apostar noutra vertente no seu sexto ano. E visto que eles por vezes só faziam disparates com as minhas histórias favoritas, até aprecio a pausa. Vamos ter Mosqueteiros, Conde de Monte Cristo, Capitão Nemo, Aladdin, Jasmine e Jafar. Depois da desilusão que foi a temporada passada (especialmente a primeira metade), espero que Once Upon a Time volte a encontrar o seu caminho.
Não sei quantas vezes já disse isto, mas Emma Swan é a pior personagem feminina desta série. Não dá. Quando penso que ela está a melhorar, lá vem ela com os seus choradinhos, lamúrias e segredos. Agora são as visões do futuro em que morre nas mãos de um vilão desconhecido. Se Emma morrer terei de bater palmas a Horowitz e Kitsis pela ousadia. Uma coisa é matar Robin Hood, outra é a personagem central de toda a história. Será? De qualquer das maneiras, o que me chateou mais aqui foi ela ter ficado calada… mais uma vez! Porque esconder coisas dos outros resultou tão bem em Camelot!
Já Regina lidou com o que lhe aconteceu na temporada passada… A morte do amor da sua vida e Zelena. Assuntos que, tristemente, não são mutuamente exclusivos. Logo quando eu pensava que as manas iam ter uma relação próxima como as irmãs devem ter, Regina explode e culpa Zelena da morte do companheiro. Fantástico! Apesar de isso ser tecnicamente verdade, Zelena não se aliou a Hades no mal, mas pensou mesmo que ele era um homem mudado. Como tal, Zelena e Regina regrediram para os velhos tempos. Contudo, Zelena não ficou sozinha, porque a metade má da irmã anda à solta e com muita vontade de formar alianças… Que estragos causarão esta versão das Rainhas das Trevas?
Belle e Rumple tiveram uma história à parte do grupo e, devo dizer, a melhor do episódio. Belle está mergulhada num sono profundo e Rumple está desesperado por a acordar. Assim, vai ter com Morpheus e entra nos sonhos da esposa.
Tudo foi perfeito, desde a maneira como Belle idealizava o castelo, à dança (o VESTIDO, A MÚSICA!!) e à maneira como se rendeu aos encantos do seu Monstro. O problema foi mesmo Morpheus… que, na verdade, era o filho do casal em adulto e que estava ali para testar se a mãe voltava a cair na conversa do pai. Não deve ter sido fácil para Rumple ver outro filho a virar-se contra ele desta maneira. O problema de Rumple é que, apesar de amar a mulher e os filhos, tudo o resto vira-se contra ele. Se não consegue ser um bom homem, como pode amar a família? Belle parece mesmo ter fechado a porta ao marido. Sendo assim, o que está reservado para Belle e Rumple esta temporada?
Estou com Zelena, ainda bem que apanharam o Mr. Hyde logo no primeiro episódio. Agora que um problema está resolvido, resta saber o que saiu na encomenda a Storybrooke com a chegada dos novos habitantes. Aqui pode sair-lhes tudo na rifa e é da praxe que alguém tenha alguma relação com as outras personagens. Rumple é sempre aquele com mil e um inimigos, mas Zelena e Regina também têm os seus esqueletos no armário.
Apesar da Emma Coitadinha ter sido a figura central do episódio, a conversa entre Regina e Snow, a parte do Rumple e Belle, o aparecimento de Aladdin e Jafar e a aliança entre a Rainha Má e Zelena tornaram a estreia da sexta temporada mais forte (mas nem de perto perfeita) numa série que precisa de um abanão para voltar aos eixos.
Maria Sofia Santos