Alabama Girl in the Big City
Too Close to Home é a primeira série com guião original da TLC, criada, escrita, realizada e produzida por Tyler Perry (este homem faz tudo). Trata-se de um drama político, envolvendo um escândalo sexual com o Presidente dos Estados Unidos da América, assim como também segue a conturbada vida de uma família no Alabama.
Tyler Perry é conhecido por ser bastante multifacetado, com trabalhos desde ator, produtor e escritor de músicas e peças de teatro. Na televisão destacam-se os seus trabalhos em Tyler Perry’s House of Payne e a sua parceria com a Oprah Winfrey Network de onde surgiram séries como The Haves and the Have Nots.
Em relação ao cast temos: Danielle Savre (Heroes, Kaya) como protagonista no papel de Anna; a famosa Heather Locklear (Hannah Montana, Two and a Half Men) como Primeira-Dama (pode não parecer a atriz à primeira vista, mas é o que as plásticas fazem a uma pessoa); Kelly Sullivan (General Hospital, The Young and the Restless) como Bonnie, a irmã de Anna; e o pouco conhecido Brock O’Hurn como Brody.
Com uma première bastante longa, ganhamos uma overdose de drama que demora um pouco a digerir. Será isso bom, será isso mau? Acho que só o tempo o dirá. A história passa-se em Washington DC, com Anna e os seus colegas, colegas esses bastante estranhos. Não só por causa daquela situação no bar, mais do género de bullying e não de amigos, mas também pela maneira como reagiram quando descobriram do caso de Anna. Wow, mas que amigos da onça!). É aí que o grande incidente acontece – Anna é apanhada num caso com o presidente dos EUA quando, numa das suas “sessões tardias”, o presidente tem um ataque cardíaco. E entretanto seguimos também as histórias das personagens no Alabama, onde a vida não é de todo fácil (e não sei como é que alguém lá dorme com tanta gente sempre a berrar durante a noite toda).
O melhor do episódio:
- A conversa entre Anna e a Primeira-Dama, Heather Locklear, mostra que foi uma escolha acertada para o papel.
- O momento emotivo em que o pai de Brody pede ao filho para o matar. Vemos o quão devastadoras podem ser as doenças neurodegenerativas e levanta também questões quanto à eutanásia.
- A história no geral de Bonnie. A senhora não tem de todo uma vida facilitada. Entre ter de tratar da mãe, dos filhos, dos filhos da irmã, do namorado drogado e da irmã drogada ainda se vê a começar a envolver-se com o ex-namorado de Anna.
A realização esteve um pouco fraca no seu todo e a interpretação de alguns atores também podia ser melhor, principalmente da protagonista. No entanto, o argumento do episódio piloto, apesar do excesso de plots, tem o suficiente para deixar alguma curiosidade sobre o que vai acontecer a seguir. O problema é que a competir com séries como Scandal e The Good Wife, Too Close to Home precisa de trazer algo novo e muito original para manter o público interessado e fazer valer a pena ver a série.
A série contará em princípio com oito episódios e, para quem estiver interessado, podem ver o segundo, que também já estreou. No próximo episódio, “Alabama”, seguiremos a vida de Anna, agora que teve que voltar à sua terra natal para se refugiar do escândalo com o presidente.
Emanuel Candeias