The Get Down – 01×01 – Where There Is Ruin, There Is Hope for a Treasure
| 17 Ago, 2016

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A história de The Get Down, da Netflix, circula em torno da vida de um grupo de jovens da parte sul do Bronx. Nova Iorque, ano de 1977. As ruas fervilham, em diversos aspectos, desde a guerra entre gangues pelo controlo do negócio da droga, à música, dança, e o sonho dos jovens vingarem na vida.

Precisamente por esta série ser um musical, creio que a palavra que melhor se adequa para a caracterizar é que é frenética, tem flow, um seguimento contínuo, não é de todo aborrecida.

No seio de uma sociedade cada vez mais egoísta, onde donos de prédios pagam para que ateiem fogos aos mesmos, de maneira a receberem dinheiro dos seguros, existe a promiscuidade com a classe política da zona. Vemos uma Bronx destruída, mas onde palpitam os sonhos dos jovens, aqueles que não se querem entregar a uma vida a praticar ilegalidades. Nesta série vemos o surgimento de vários movimentos, a vida nos loucos anos 70, desde a música disco, ao hip-hop, até ao grafiti e à dança, no panorama cultural de Nova Iorque.

A trama gira em torno de um grupo de jovens, mas mais concretamente em Zeke que, apaixonado, vai demonstrando a sua habilidade para fazer rimas, participando até numa batalha de hip-hop numa festa underground, à qual dão o nome de The Get Down. A sua apaixonada, como qualquer jovem adolescente com o sangue a ferver, quer ser uma cantora famosa.

Para quem gosta deste género de séries, esta é muito boa, tem uma fotografia excelente e um argumento que todo ele parece cantado, tudo muito bem pensado. A dado momento vemo-nos desconcentrados da trama da série, para nos concentrarmos nos passos de dança da malta que se diverte na pista de uma discoteca, até serem interrompidos por um ataque de um gangue. Divertida e descontraidamente, mostra uma cidade falida e a decair; a mistura entre a música e o drama é genial.

Gostei muito deste primeiro episódio, faz-nos lembrar Fame, diverte-nos e mostra o Bronx daquela época, as dificuldades das famílias e a revolta típica dos jovens daquela idade (adolescência) contra tudo e todos. Digamos que é uma série que, se estivesse a passar na televisão, vê-la-ia e divertir-me-ia muito com ela. No entanto, não é das que iria procurar para ver… Espero que me tenha feito entender.

Ah, e perdoem-me, mas voltar a ver o Giancarlo Esposito, mesmo que por muito pouco tempo, foi uma alegria, que saudades tinha dele! Continua maravilhoso, a trazer-nos à memória Gus Fring.

Ana Galego Santos

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