Contém SPOILERS!
Como o que é bom acaba depressa, lá chegou o season finale de Preacher! Com um ritmo lento, próprio da série, o enredo foi cuidadosamente desenvolvido até ao clímax final… e que final! Talvez não tenha sido o melhor episódio, mas na sua globalidade, a série foi muito boa do princípio ao fim. Quase que podíamos mencionar que esta foi a temporada zero, já que a verdadeira missão de Jesse, Tulip e Cassidy apenas vai começar na próxima temporada.
Já sabíamos que Carlos estava à mercê de Tulip e que a morte o esperava, mas a vingança é um prato que se serve frio e Tulip quer saboreá-lo ao máximo, sobretudo se isso a aproximar de Jesse. Afinal Carlos fugiu apenas por ciúme, porque Tulip e Jesse estavam felizes, à espera de um filho, e ele continuaria sozinho. E finalmente é-nos exposta a verdadeira razão do desejo de vingança: Carlos estragou a felicidade plena de Tulip.
Já em Annville, Tulip vai a casa de Donnie para procurar Jesse e faz uma entrada em grande. Pela primeira vez vimos Donnie e a esposa em ação. Afinal a senhora gosta de tau-tau e de frutos vermelhos congelados no rabo na manhã seguinte. No entanto, aconteceu aqui uma reviravolta desconcertante e o casal agora ajuda o nosso pastor… e serão eles os elementos-chave que conduzirão a missão até ao fim com sucesso. Carlos é posto em liberdade após uma valente tareia. Afinal Carlos acabou por completar a sua missão: reaproximar Tulip e Jesse!
Uma das cenas mais interessantes acabou por ser novamente com Cassidy… o nosso vampiro tem o condão de estar em quase todas as cenas inesquecíveis da série! O Xerife Root sabe que ele é vampiro e que poderá saber da localização de Eugene. Apesar dos sucessivos disparos, Cassidy sai em liberdade sem qualquer tipo de ressentimento em relação ao seu captor; afinal ele é apenas um pai que adora e procura o seu filho.
Jesse consegue regressar à igreja e começam os preparativos para o telefonema para Deus. A cidade aperalta-se e acorre em peso à igreja na hora marcada. O telefone divino é acionado e Deus aparece! Confesso que fiquei desiludido com os efeitos especiais, o guião e toda a envolvência desta cena, esperava algo mais grandioso. Mas o choque chega no fim, quando Jesse questiona a verdadeira identidade da entidade que se apresenta como Deus. Afinal Deus desapareceu há imenso tempo! Bem, parece que o enredo de Supernatural afinal ainda faz sucesso e contamina outra série com esta teoria. A comunidade fica em choque com a revelação e o nosso trio aproveita para sair durante este período.
Confesso que nos minutos finais fiquei preocupado com aquela explosão, pois tudo indicava que Jesse, Tulip e Cassidy estavam em Annville quando esta foi pelos ares. Todos morreram… que ironia! Quando estavam prestes a revelar ao mundo a verdade sobre Deus, eis que morrem graças à explosão da central de produção de energia.
O trio salva-se da explosão e parte numa missão: encontrar Deus. Enquanto isso, Fiore regressou do inferno com o Santo dos Assassinos que testa as suas habilidades ao matar aquela anjo superior que apareceu anteriormente na série.
Em suma, a primeira temporada terminou em grande e definiu a linha orientadora principal da próxima temporada (ou até mesmo da série). Só espero que os Winchester, com a sua vasta experiência, ajudem este trio a encontrar aquilo que procuram. E por aqui terminam as reviews da melhor série da summer season deste ano! Vemo-nos na próxima temporada!
Rui André Pereira