Contém SPOILERS!
Mais um episódio de se lhe tirar o chapéu! Os desenvolvimentos do episódio anterior levantaram imensas questões e um cliffhanger ficou pendente para esta semana. Bem, digamos que os guionistas começaram a ouvir as queixas relativas às sucessivas ressurreições e começam a eliminar os personagens definitivamente. Caso assim se continue, duvido que tenhamos elenco para a próxima temporada, já que os personagens estão a cair que nem tordos.
Como seria de esperar, eis que se arranja uma solução para ressuscitar Davina. É verdade que Vincent e Marcel estão furiosos com Kol, mas a decisão de salvarem a bruxa sobrepõe-se a todos os mal-entendidos. Todos concordam em ajudar e Freya arranja uma solução: proteger a alma de Davina num círculo mágico, já que as bruxas ancestrais têm um objeto mágico que destrói as almas no purgatório das bruxas. O plano é bem-sucedido e eis que reparámos que Kol está livre da selvajaria imposta pelas bruxas ancestrais. Tudo estaria encaminhado para um final feliz, mas Freya e Elijah veem aqui uma oportunidade de ouro para canalizar o poder dos ancestrais para desfazer o feitiço que transformou Lucien num super-original.
A expressão “toda a magia vem com um preço”, já popularizada em várias séries, é proferida e esse preço é a alma de Davina. Desta vez não é Klaus que decide abdicar da vida de alguém para se sair bem, é o nobre Elijah e Freya que decidem que Davina é descartável neste jogo de poder. É engraçado ver a mudança de rumo escolhida pelos guionistas em relação à vida das personagens. Nas temporadas anteriores, embora morressem, havia sempre a oportunidade de voltarem à vida, e tal tem acontecido com bastante frequência, acabando por minimizar o efeito trágico que a morte tem sobre o nosso sentimento em relação ao desaparecimento de determinadas personagens. Ultimamente, contrariando esta perspetiva, eis que têm morrido personagens importantes e, pelo que vai sendo descrito, o regresso à vida foi-lhes vedado. A morte de Cami foi bastante (e bem) explorada e a de Davina veio criar o mote para um final de temporada explosivo.
A morte de Lucien desiludiu-me. Já na temporada passada a morte de Dahlia foi demasiado repentina… fácil! A hipótese explorada relacionada com a profecia mostrava-nos que Lucien tinha sido o eleito para a cumprir, sobretudo pelo facto de ter o apoio inigualável dos bruxos ancestrais, e deitada por terra em segundos. Aproveitar a reviravolta da situação durante mais alguns minutos poderia ter sido benéfico.
Em suma, esta nova conjuntura acaba por criar novos pontos de conflito para os nossos originais preferidos. Por um lado, Kol já não tem motivo para manter a sua postura humana e mata Van Nguyen pela incompetência de recuperar a alma de Davina. Teremos então a besta à solta em Nova Orleães! Aliás, este novo chefe das bruxas foi totalmente subaproveitado, ainda não percebi bem a sua nomeação, já que os seus antecessores acabaram por desempenhar elementos essenciais para a evolução da trama. Por outro lado, Vincent alia-se a Marcel pela morte de Davina e acontece aquele twist de que estávamos à espera: o bruxo entrega a Marcel sangue retirado do coração de Aurora… por outras palavras, soro que o transformará em super-original. Resta-nos esperar para saber se Freya conseguirá voltar a canalizar o poder dos ancestrais para desfazer o feitiço e se os guionistas terão coragem de matar mais um dos personagens mais queridos do grande público.
Questões em análise:
Rui André Pereira