The Flash – 02×20 – Rupture
| 06 Mai, 2016

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3 tristes tigres, os 3 pais de Barry

O estado de Barry sem poderes e o novo ataque de Zoom levam o nosso herói a ter de tomar uma decisão impossível. Será que foi a escolha certa?

Tivemos muito com que nos entreter neste episódio, entre Barry e os seus pais/mentores, o plano de Zoom de conquistar a Terra-1 e Cisco e os seus irmãos.

O enredo de Cisco esteve bastante bom e o ator Carlos Valdes não desiludiu de todo. Após ter uma súbita visão do seu irmão Dante, Cisco – com medo que algo lhe pudesse acontecer – decide entrar em contacto com ele. A tensão e o desconforto entre os dois era palpável, pois apesar de partilharem o mesmo sangue nada mais têm em comum e não existe aquele laço familiar. Foi desconcertante e emocionante ver dois irmãos que são praticamente desconhecidos um para o outro. Mas eis que no meio deste drama entra em ação um novo vilão e a razão da visão de Cisco, Rupture. Enviado por Zoom, que lhe disse que o responsável pela morte de Reverb foi Cisco, Rupture procura vingança pela morte do irmão (se bem se lembram, Reverb era o doppelganger de Cisco na T-2, fazendo de Rupture a versão de Dante). Segundo os comics, Rupture é na realidade Armando Ramon, que basicamente é a “ovelha negra” da família, enquanto Dante e Cisco são os irmãos exemplares. Rupture surgiu como um vilão de impacto poderoso, mas foi pena ter sido descartado tão rapidamente e não termos tido tempo de descobrir mais sobre ele e os seus poderes. Pelo menos soube fazer uma entrada.

Para além de tudo isto, Cisco ainda teve direito a um grande momento, quando utiliza a Weather Wizard’s wand e ativa os relâmpagos para a recriação da situação que deu os poderes a Barry, ao fazer referência a Harry Potter e gritar: “Expecto Patronum!”. Ahaha nunca mudes, Cisco.

Passando para Zoom, como já tinha anunciado no último episódio, o vilão decide mesmo pôr em prática o seu plano de conquistar a T-1, começando então com Central City. Começa assim a desenvolver ações que Wells refere que já tinha tomado quando conquistou a T-2: trazer super-vilões como Rupture e amedrontar o público em geral ao subjugar a polícia matando uma dúzia destes. Que sinistro e negro foi o momento em Zoom matou aquela meia dúzia de polícias ao partir-lhes o pescoço – “ele parte-me o pescoço!”. Foi mesmo arrepiante! Caitlin, apesar de continuar prisioneira de Zoom, vai tentando influenciá-lo no que pode para reduzir os danos que ele provoca, assim como tenta avisar a Team Flash dos planos dele. Pontos positivos pelo esforço.

Já Barry não teve uma semana nada fácil. Continua sem poderes, mas nem por isso os vilões decidem tirar uma pausa. De forma a tentar manter a ordem em Central City e a não dar a conhecer ao mundo que o Flash está fora de jogo, a Team Flash utiliza uma passadeira especial e uma projeção de holograma em 3D em tempo real para levar as pessoas a pensar que o Flash continua em ação e a proteger a cidade. E fiquei surpreendido com o sucesso que esse plano teve. Claro que, como Wells diz, isso não vai durar e com Zoom a iniciar o seu ataque, ele volta a pressionar Barry para tentarem recriar as condições que lhe deram os seus poderes de velocista. Se a escolha pode parecer simples à primeira vista, realmente não o é, e a intervenção das diferentes figuras paternas de Barry ajudou muito a adensar esta questão. Wells pressiona para avançarem com a experiência, Henry acha que é demasiado perigoso e Joe fica pelo meio a achar que não é a melhor escolha, mas não vê outra alternativa. Devolver os poderes a Barry dá-lhes hipótese de combaterem Zoom e futuros vilões, mas pode levar à morte de Barry e ainda à criação de mais meta-humanos caso a explosão não seja devidamente contida. Iris também teve um papel de apoio na decisão de Barry e revelou-lhe finalmente os seus sentimentos. Mas será que isto não é demasiado repentino? Porquê aperceber-se só agora, depois de Eddie ter morrido? Quer isso dizer que Barry é só um prémio de consolação? Embora não nos possamos esquecer que, numa linha temporal que depois foi apagada, Iris escolheu ficar com Barry, ou seja, esses sentimentos, embora escondidos, já existem há muito tempo.

A experiência foi toda ela muito bem representada (para os leitores de bandas desenhadas, o processo pode ter feito lembrar Flashpoint), com suspense e emoção e o final não podia ter sido melhor… claro que a contenção ia falhar e parece assim que o mundo vai ganhar dois novos velocistas: Kid Flash e Jesse Quick, mas será que terão sido os únicos a ser afetados? E o grande cliffhanger: o que aconteceu a Barry? Será que morreu mesmo? Nah, a minha teoria é que se juntou à Speed Force, tal como acontece nos comics. Quanto ao que vai acontecer enquanto está unido a essa força e como vai voltar, isso só saberemos na próxima semana.

Factos nerd e interessantes:

  • E aquela lista enorme de meta-humanos da T-2 onde a explosão do acelerador de partículas foi contida? Devem existir centenas deles em Central City da T-1! Ainda bem que se lembraram do plano do holograma, senão realmente era dia de “patrão fora, dia santo na loja” para todos os vilões da cidade.
  • Temos visto que muitas coisas são similares entre as duas Terras, mas os factos mais interessantes são aqueles que diferem. Depois de termos visto que a Beyoncé é uma senadora na T-2 e que o pai de Zoom combateu numa guerra que não existiu na T-1, neste episódio ficamos a saber que a série Fringe não existe na T-2! (não sabem eles o que perdem, é uma grande série).
  • “You killed my father, prepare to die”, a famosa frase do filme The Princess Bride (1987), que é usada em tantas ocasiões, foi usada também por Cisco quando Rupture aparece.
  • A importância das referências à anti-matéria e matéria negra: a explosão do acelerador de partículas deu origem a uma grande libertação, principalmente de matéria negra, responsável pela criação dos meta-humanos. No entanto, também já foi referido que a dita explosão libertou anti-matéria. E o que é que isso importa, perguntam vocês? Bem, depois desta tentativa meio falhada da nova explosão do acelerador de partículas, a presença de anti-matéria pode ser bastante significativa. Já vimos no jornal futurista de Eobard Thawne a possível introdução à história baseada nos comics: Crisis on Infinite Earths, onde a anti-matéria foi responsável pela morte do Flash e da maioria dos universos ao longo do multiverso.  
  • Com que então o nome de solteira da mãe de Henry Allen era Garrick. Hm, será que isso não é uma grande pista para a identidade do homem mascarado?

E quanto à notícia de que a Supergirl pode mudar para a CW, estão entusiasmados? Se assim for, com certeza que será uma adição regular no Arrowverse e veremos muitos mais crossovers entre os nossos heróis. Próxima semana, novo episódio (“The Runaway Dinosaur”) e de certeza que teremos novas revelações. Até lá, boas corridas.

Emanuel Candeias

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