The 100 – 03×16 – Perverse Instantiation – Part Two (Season Finale)
| 23 Mai, 2016

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Contém SPOILERS!

Mais um season finale! E que episódio! Acabou por conseguir dosear suspense e ação num guião muito bom que levou ao desenlace da situação de A.L.I.E., deixando ainda no ar um terrível cliffhanger para a próxima temporada. Algumas das minhas previsões bateram certo, outras nem por isso, o que acaba por demonstrar a imprevisibilidade que The 100 ainda consegue manter ao fim de três temporadas (o que vejo como excelente sinal).

Em Arkadia as coisas não estão fáceis.  Após a traição de  Jasper, ao ingerir o chip, o plano de Clarke vai por água abaixo. Por sorte, Monty acaba por inutilizá-lo enquanto Raven tenta aceder ao código de A.L.I.E. para a desligar. A conversa entre Jasper e o resto do grupo acaba por ser interessante e consegue cativar, mostrando que nem sempre é necessário estar no centro da ação para assistirmos a bons momentos.

A ação explosiva está em Polis. O grupo consegue barricar-se no topo da torre de comando, mas os seguidores de A.L.I.E. começam a trepar. Esta acabou por ser a cena menos conseguida de todo o episódio, já que se notava um certo amadorismo na realização dos escaladores. Trepadores esses que poderiam ter sido facilmente controlados, não fosse a sede de vingança de Octavia que magoa Pike com gravidade. Todos têm uma simples missão: segurar as marionetas de A.L.I.E. até que Clarke consiga desativar a inteligência artificial.

Anteriormente, tinha sugerido que colocassem a chama do comandante em Ontari para que ela conseguisse desativar A.L.I.E., mas a jovem sangue da noite está em morte cerebral. Para se aceder à cidade da luz e desativar A.L.I.E. há que se ter consumido os dois chipes. O plano de Clarke, de bombardear o sangue de Ontari para si, para poder controlar a chama dos comandantes, tem tanto de génio como de louco. O certo é que a jovem consegue aceder à cidade para desligar a vilã da temporada.

Na cidade da luz, Clarke não está sozinha! Eis que aparece Lexa para a ajudar e eis que se dá o famoso beijo de despedida. Embora timidamente, Raven acaba por ter um papel essencial na destruição de A.L.I.E., pois cria uma porta que permite a Clarke passar uma difícil firewall. Já na sala onde está o botão de desativação, Clarke consegue conversar com A.L.I.E. e Beca. É aqui que a inteligência artificial acaba por explicar o seu plano. As centrais nucleares da Terra estão prestes a explodir, pois não têm manutenção há cem anos. A radioatividade que libertarão, tornarão a vida no planeta impossível. Embora relutante, Clarke extermina A.L.I.E. e  assume que a humanidade terá de lutar por si pela sobrevivência, já que a cidade da luz não é uma realidade. Já no fim do episódio, todos voltam ao normal, apesar da sua consciência lhes mostrar os horrores que concretizaram enquanto dominados por A.L.I.E..

Com o fim de A.L.I.E., eis que a nossa série volta às suas raízes, onde skaikru e grounders terão de lutar pela sua sobrevivência num planeta inóspito. Sendo assim, a dinâmica apresentada pelas segunda e terceira temporadas, com Mount Weather e A.L.I.E. como vilões, fará parte do passado. Tudo indica que os conflitos explorados até agora serão postos de lado, que o povo do céu será a 13.ª tribo e o único com conhecimento para tentar travar o novo apocalipse que se aproxima.

Julgo que este cliffhanger final acabou por acicatar a curiosidade dos seguidores de The 100 para a nova temporada. Só espero que as zangas infundadas relativamente às mortes da temporada sejam postas de lado já que, num ambiente hostil como o que é caracterizado na série, dificilmente alguém viveria até à meia idade.

Quero agradecer a todos os que acompanharam estas reviews e pedir desculpa por algo que tenha corrido menos bem. Encontramo-nos na próxima temporada! Marcamos encontro lá?

Rui André Pereira

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