SHAWWWWWW IS (KIND OF) BACK!
Mas QUE episódio!
Depois de tantos meses a imaginar como seria o regresso da nossa Compact Persian Sociopath, comecei a duvidar que Person of Interest me conseguisse surpreender, mas é por episódios como este que esta série, embora subvalorizada, é uma das melhores de sempre! Quando se começa a pensar que não há forma de conseguir elevar mais a fasquia, eis que nos é oferecido um episódio de génio para nos provar o contrário.
Sob as garras de Samaritan, encarnada sob a forma Greer e Lambert, Shaw é torturada psicologicamente, drogada e submetida a várias experiências pseudo-biónicas para a “quebrar” e converter às ordens da Inteligência Artificial adversária da nossa Team Machine.
O episódio foi uma combinação explosiva de ação, drama, tragédia, sentimentos e mistérios, uma receita perfeita. Diria, até, um enredo de um filme comprimido num episódio. É esta uma das grandes qualidades de Person of Interest, ter episódios tão cheios e bem desenvolvidos que parecem produções cinematográficas de quarenta e poucos minutos.
Embora não tenha sido o regresso de Shaw à equipa no sentido que muitos já queríamos que fosse (isto é, no sentido real), foi um regresso fenomenal de Sarah Shahi. E quando digo fenomenal, é com todas as letrinhas da palavra bem decalcadas. Sem dúvida que Person of Interest melhorou exponencialmente desde a entrada de Shahi no elenco (coincidência ou não) e a atriz tem evoluído imenso ao longo das temporadas, a mostrar-se cada vez mais solta para grandes cenas de ação e, quem diria, emocionais também. Para além de Shahi, a falta de Lambert também já me deixava algumas saudades. Foi bom ver o ator e o seu sotaque britânico de novo.
Não posso deixar de mencionar o tão aguardado momento da reunião entre Shaw e Root, que me deixou em pulgas, de boca aberta, incrédula e estupefactamente surpresa. Embora dentro da virtualidade da coisa, que reunião!
Os produtores e realizadores de POI e também os próprios atores já disseram que esta temporada ia ser para os fãs e os momentinhos Shoot deste episódio foram, sem dúvida, para todos aqueles que já torciam pela dupla desde a sua primeira interação na série. Shahi e Acker estão de parabéns pelas representações que tiveram neste episódio (e fora este, nos outros todos, sejamos sinceros!). E por falar em realizadores, alguém dê um prémio ao Chris Fisher por esta obra de mestre.
Depois tivemos, claro, todos os momentos de choque do episódio. Andei incrédula o episódio inteiro, não queria acreditar no que estava a ver, mas ao mesmo tempo não sabia bem o que estava a acontecer para poder não acreditar. Não consegui evitar os pequenos ataques cardíacos que me iam dando de todas as vezes que algo inesperado acontecia. Quem viu o episódio sabe a que me refiro, principalmente àquelas partes finais. MEU DEUS!
Foi, em suma, uma episódio nota 10, cujo desfecho desafia o brilhantismo de If-Then-Else.
P.S.: Só não dou nota máxima à banda sonora porque aquela musiquinha na cena da loiça a partir (if you know what I mean) podia ter tido uma vibe mais apropriada.
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Mélanie Costa