Orphan Black – 04×03 – The Stigmata of Progress
| 02 Mai, 2016

Publicidade

Neste episódio, Orphan Black sofreu aquilo que muitas vezes acontece em séries com demasiadas personagens principais. Tivemos os cinco clones centrais, Felix e ainda Art e Siobhan em destaque. Demasiado para um episódio de 45 minutos. Demasiado pouco quando há tanta coisa a acontecer.

Sarah está desesperada e ninguém a pode culpar. Ter uma espécie de minhoca na bochecha deixaria qualquer pessoa à beira de um ataque de nervos. Mesmo assim, por muito que andasse de cabeça perdida, não justifica o facto de não ter hesitado em confiar na dentista para lhe retirar aquilo da boca. Depois de tudo o que ela já passou, não é muito credível que se atire de cabeça num assunto tão delicado. Aliás, mostra até que a série está a ter dificuldades em encontrar um rumo nesta história. Sim, no final apareceu Ferdinand e é sempre muitíssimo bem-vindo. E é ele que vai desmistificar todo este esquema dos neolistas.

Uma das coisas que este episódio mostrou foi um certo narcisismo da parte de Sarah. Talvez narcisismo seja uma palavra muito forte, mas vê-la a “desprezar” a filha quando há obviamente algo de errado com ela, não ter cinco minutos para atender as chamadas de Helena e colocar Felix de parte só porque uma vez na vida ele não está disposto a segui-la para todo o lado não foram atos propriamente altruístas. Sim, Sarah tem muito com que se preocupar e a sua vida é uma enorme confusão. Só acho que às vezes ela devia ser mais sensível em relação às pessoas que tanto fazem por ela.

Aprovo o rumo que estão a dar a Felix esta temporada. Claro que prefiro quando ele se mete nos esquemas do Clone Club e passa tempo com a Alison e manda as suas piadas fabulosas. No entanto, depois de três temporadas embrenhado nos dramas da irmã e das suas irmãs, ninguém o pode culpar por querer espaço e viver um pouco da vida sem preocupações. Pode ter sido demasiado agressivo com Sarah, mas ela também não se esforçou muito para ser tratada de outra maneira.

Donnie Hendrix, Donnie Hendrix. Quem diria na primeira temporada que te tornarias uma parte tão importante da série? O Felix será sempre o meu “side kick” favorito, mas Donnie está a tornar-se cada vez mais indispensável. É impossível não concordar que o melhor do episódio foi quando ele e Alison desenterraram literalmente o passado. Toda a sequência foi fantástica, desde Alison a tomar a decisão até contarem a Cosima o que tinham feito (todos sujos de terra e enojados com o cheiro. L-i-n-d-o). Porém, os Hendrix têm bastantes esqueletos no armário e o assassinato da família portuguesa já voltou para os perseguir. Helena safou a coisa por agora, mas isto não ficará por aqui… Já agora, a Alison não ganhou a eleição o ano passado? Não vamos voltar a essa história? E em relação ao negócio da droga? Eles já fizeram o seu serviço ao entregarem a Cosima material de estudo… agora temos de voltar à vida secreta dos Hendrix. É demasiado boa para se perder por causa do neolismo…

Rachel continua a ser uma presença forte na série, especialmente agora que o neolismo voltou a ter um lugar de destaque. Susan voltou a lembrar-nos os objetivos do neolismo: o ser humano perfeito. Vendo o que aconteceu com o Projeto Castor e as dificuldades das nossas meninas da Leda, não estão a safar-se assim tão bem. Relativamente à prisão de Rachel, cá para mim é uma questão de tempo até ela se meter a andar. E dar uma chapada a Ira antes de ir por ele ser um idiota ciumento.

Maria Sofia Santos

Publicidade

Populares

estreias posters calendário novembro 2024 séries

silo s2 Rebecca Ferguson

Recomendamos