Once Upon a Time – 05×21 – Last Rites
| 12 Mai, 2016

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Lembram-se quando eu no episódio anterior fiquei toda feliz quando vi Rumple a “matar” Robin, mas depois não passou tudo de uma artimanha para enganar Peter Pan? Ok, bom, essa morte acabou por ser adiada por um episódio, mas não me deixou tão feliz como estava à espera. Na verdade, deixou-me zangada. Mesmo muito zangada. Não por achar que Robin era uma personagem espetacular, mas por ter sido outra vítima de Horowitz e Kitsis.

Mas antes de entrarmos em Hades e na confusão que os aguardava em Storybrooke, vamos lá falar um bocadinho do rei Arthur. Honestamente, já nem me lembrava dele. A história em Camelot foi tão boa que já quase me esquecera dela. Que desperdício de história, atores e personagens. Camelot está para Once Upon a Time como Dorne está para Game of Thrones. Tenho dito.

O episódio começa então com Arthur acabadíssimo de fugir da cadeia. (Mais alguém não se lembrava que Merida continuava em Storybrooke ou era só eu?) Claro que ele teria de voltar de uma maneira ou de outra, mas, mais uma vez, foi apressado e feito às três pancadas. E claro que a primeira coisa que Hades fez quando o viu foi matá-lo. Ficámos assim com uma ideia de quais eram os planos do Deus da Morte no mundo dos vivos.

Arthur acabou por se redimir no Submundo quando fez parelha com Hook. Não sei porque não fazem estas duplas improváveis mais vezes. Metam na cabeça de uma vez por todas que esta técnica resulta na perfeição nesta série. Mesmo inimigos como Hook e Arthur.

Resumindo e concluindo: o arco do lendário Arthur foi parar ao Submundo porque é esse o Reino que ele está destinado a salvar? Oh, por favor! Nem sequer lhe deram oportunidade de pedir desculpa à Guinevere e ao Lancelot nem de lhes dar a sua bênção (não que eles precisem, mas adorava ver) nem nada! Arthur limitou-se a ajudar a salvar Storybrooke depois de estar episódios infinitos sem aparecer. Um mau fim para uma má história. Só me apetece dizer asneiras.

Já o outro pessoal no mundo dos vivos andava a tentar derrotar Hades. A primeira paragem foi a de sempre. A biblioteca (grande falha não se terem queixado da ausência de Belle. Ela teria conseguido a informação em cinco minutos). Que conveniente que a única maneira de derrotar o Deus era uma que ele andava a guardar. Só em Once Upon a Time para tornarem tão banal a morte de um Deus. Um deus, gente. UM DEUS.

Pobre, pobre Zelena. Ela sempre quis alguém que a amasse, mas para Hades nunca será suficiente o amor da sua alma gémea. E Zelena provou sê-lo com o beijo que lhe deu. Mas para algumas pessoas nunca será o suficiente. Faz lembrar Rumplestiltskin. (O que é que esse anda a fazer, já agora? Juro que não entendi quais são os planos dele, para além de querer obrigar o pai de Belle a acordá-la. Porque é que não mencionou que ela estava grávida? Tinha sido um bom incentivo para o sogro beijar a filha.) Nem eu quis acreditar que Hades pretendia dominar Storybrooke e tinha traído os outros. Ainda receei que ela ficasse do lado de Hades, mas Zelena nunca foi má por natureza. A inveja da vida que nunca teve é que a cegou. Ela encontrou a paz ao lado de Robin (a filha, não o pai) e está pronta para virar a página. Ver Zelena matar Hades com o raio fez-me sorrir de alegria e chorar de tristeza por ter sido ela a acabar com a vida do amado.

Soube qual seria a personagem a morrer no momento em que Regina e Robin tiveram aquele momento querido e romântico. Se fiquei feliz por já não haver Robin a roubar tempo de antena a outras personagens bem melhores? Fiquei, sim senhora. Se acho que havia atores que teriam sido muito melhores para o papel de Robin Hood? Podem acreditar que sim. O problema a sério é outro. Kitsis e Horowitz nunca deram uma história a Robin que nos fizesse apaixonar por ele. Quem se apaixonou por ele foi Regina e ele veio por acréscimo. Não vejo ninguém a chorar a morte do Robin por ele ser tão fabuloso. Choramos por Regina que vê outro companheiro falecer. Isso sim é injusto!

Muitos teorizam que Regina vai voltar aos velhos maus hábitos. Se o fizerem, é um enorme erro. Regina virou Bruxa Má por Snow ter contado o seu segredo a Cora e isso ter resultado na morte do amado. Regina era jovem e imatura e ter-se virado para as trevas não foi descabido. Mas agora?! Depois de tudo o que passou, do quanto teve de lutar para ser aceite? Regina já não é aquela jovem que só tinha Daniel para quem se virar. Regina tem amigos. Tem Henry e Zelena. Desta vez a única pessoa responsável pela morte de Robin sofreu o mesmo destino. Vai culpar quem? Emma por tê-los arrastado para o Submundo? Ela deixou bem claro que foi por livre e espontânea vontade. Não, Regina ficará do lado do bem. Vai custar-lhe e muito. Mas se Regina voltar a ser má mostra que é preciso um homem para manter uma mulher do lado do bem e para ser feliz. Será justo deixar que um homem decida a personalidade de uma mulher? Não, não é.

As manas não tiveram sorte nenhuma neste episódio. Num momento estavam felizes ao lado dos companheiros. No outro vêem-nos mortos ao seu lado. Aquele abraço foi poderoso. Peço por favor que elas se apoiem uma à outra e não caiam no mal. Essa fase já passou.

O reencontro de Emma e Hook foi a única consolação num episódio marcado pela tragédia. Foi um bocado a puxar o forçado que trouxeram Hook de volta, mas Hook é mil vezes mais popular do que Robin. Era mau demais três personagens principais ficarem sem os interesses amorosos num par de episódios, mas sinceramente? A escolha não foi mal feita. Eu também escolheria Hook. Temos de ser sinceros aqui. Alguém tinha de morrer para além de Hades. Haver uma história toda à volta do Deus da Morte e do Submundo e ele não matar ninguém importante era demasiado ridículo. Robin foi o elo mais fraco. Adeus.

Maria Sofia Santos

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