Legends of Tomorrow – 01×15 – Destiny
| 14 Mai, 2016

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Legends of Tomorrow parece ter guardado o melhor para último ou, neste caso, para o penúltimo episódio. Se o episódio da semana passada pareceu ter sido o final de temporada, com aquele enorme cliffhanger, esta semana foi ainda mais digno de tal final. Destiny teve bons momentos de ação, verdadeiras reviravoltas, excelente narrativa, probabilidades impossíveis, vilões verdadeiramente vilões, sacrifícios heroicos, heartbreaking e a premissa da série completamente mudada. O melhor episódio, sem sombra de dúvida, desta primeira temporada até agora.

Em The Vanishing Point, os nossos heróis – à exceção de Snart, Sara e Jax – são presos. Kendra é levada por Savage; Mick é levado pelo Time Masters para sofrer uma lavagem cerebral e voltar a ser Chronos; e Rip vê a sua mente ser bombardeada com revelações chocantes pelo Time Master Druce.

Primeiro, em 2175, uma raça de seres alienígenas chamados de Thanagarianos irão atacar a Terra e acabar com a humanidade se Savage não for o seu líder unificador. Além disso, fica a saber que o Oculus, a fonte de todo o conhecimento sobre e da timeline, também permite que o Time Masters consiga manipular o tempo e as pessoas nele (basicamente a razão porque estas viagens no tempo são no mínimo estranhas nas suas leis). Assim, enquanto os Time Masters têm vindo a apoiar e a ajudar Savage, também eles têm vindo a manipular Rip e a sua equipa para fazerem determinadas coisas, inconscientemente, começando com a rebelião de Rip devido ao assassinato da sua família. Sim é isso mesmo, os Time Masters ordenaram que a esposa e o filho de Rip fossem mortos.

Entretanto, Sara e Snart, com ajuda de Gideon, causam alguns problemas no funcionamento de todas as naves e resgatam a equipa. Depois de ficarem a saber sobre o Oculus, a tripulação opta por destruir a fonte de todo o conhecimento e devolver o livre arbítrio a eles próprios. No entanto, esta decisão também foi prevista e, quando a tripulação da Waverider estava à beira da morte, Jax chega de volta de 2016 para salvar os seus colegas. Outra coisa prevista pela fonte do conhecimento foi que Ray morreria a destruir o Oculus. No entanto, tal fardo passou para as mãos de Rory que, por sua vez, deu lugar a… Snart! Snart, o nosso vilão com coração de ouro, morreu! Morreu, mas não sem antes se despedir de Sara com um beijo. Iremos todos sentir saudades tuas, Snart. Apesar do sacrifício do nosso herói, a família de Rip acaba morta. Savage está com Kendra, Carter e com uma nave para viajar no tempo e alterar o que atender às suas necessidades. Rip e a equipa estão completamente à deriva. E nada está feito.

Neste episódio, a necessidade dos escritores de terem todos os personagens envolvidos realmente funcionou e bem: todos tiveram um papel a desempenhar durante o desenrolar do episódio e nenhum screentime que lhes foi dado foi desperdiçado. Nesta temporada, muito raramente isso aconteceu. Havia sempre algum screentime forçado em todos os episódios. Por exemplo, o tempo de Jax foi curto, mas foi do melhor Jax que houve, o mesmo para Kendra. A diferença neste episódio foi que os escritores não colocaram os nossos heróis a queimar tempo, com algo que cortava a ação e enfraquecia a narrativa do episódio, como aconteceu em tantos outros. O screentime que tiveram, usaram-no apenas para brilharem e, desta forma, todo o episódio ocorreu num ritmo acelerado, numa agenda apertada e muito, muito agradável.

Como já referi, um dos cliffhangers neste episódio foi a revelação feita a Rip sobre o Oculus. Este meio, este conhecimento sobre a timeline, usado para manipular pessoas e eventos só tinha mesmo um único fim possível. No entanto, fiquei curioso acerca do seu surgimento e como o começaram a usar para fins pessoais. Não sei se a série voltará a falar sobre o Oculus, mas seria interessante saber mais acerca desta “máquina”.

Mas debrucemo-nos agora no momento principal do episódio. As personagens no corredor da morte foram, também, uma excelente escolha por parte dos argumentistas. Ray, é claro, está sempre disposto a dar a sua vida pela equipa e pelo mundo, tem sido o nosso otimista desde sempre, o nosso herói com o lema: faça tudo de maneira correta desde o primeiro dia. Além do mais, a sua morte foi vista por Rip no Oculus no início do episódio. Segue-se Mick, perfeito para o nocautear, uma ótima escolha após ter resistido à lavagem cerebral, por ter o pensamento na equipa, por sentir que está de corpo e alma com os seus colegas. A juntar a tudo isto, ainda temos o momento entre ele, Ray e… muffins. É a oportunidade de Mick compensar todos os seus erros contra a equipa e também ao longo da sua vida. Mas a verdadeira surpresa (ou nem tanto) acontece quando Snart se recusa a deixar o seu parceiro e amigo para trás e, então, toma o seu lugar, depois de o naucatear. Honestamente nunca pensei que tal viesse a acontecer, quando ele e Sara voltaram para trás. Foi um choque. Literalmente fiquei destroçado. Miller é de facto um excelente ator. É impossível não termos ficado cativados pela sua personagem. Ele conseguiu ser sempre independente e, até quando ajudava e trabalhava com a equipa, fazia sempre tudo para ter a sua própria agenda. Um herói sempre vilão, que constantemente se guiou pelo seu código, a amizade, salvando assim o seu eterno amigo. A sua frase da despedida para o Time Master, ficará para sempre eternizada:

There are no strings on me!

Apesar do seu sacrifício não ter sido em vão, teve um sabor amargo. Savage matou à mesma a esposa e o filho de Rip e ainda tem o controlo do mundo. Acho que pela primeira vez sinto pena de Rip. Depois de tudo o que fez, vê negada outra vez – e quiçá para sempre – a oportunidade de salvar a sua família. A sua raiva, devastação e choque foi do mais real que houve neste episódio. Bom trabalho, Arthur Darvill! Espero que a maré possa mudar para Rip, que de alguma forma traga a família de volta ou consiga mudar o rumo dos acontecimentos. Após criticá-lo tanto, ele merece. Realçar ainda a vontade que Mick mostrou em matar alguém de valor (que tomou a forma de Savage), não só pela morte do seu amigo, mas por tudo.

Na única narrativa que aconteceu fora do presente, Jax esteve em destaque. Mostrou-nos, finalmente, mas sem ser demasiado evidente, o quanto ele e Stein têm crescido e mudado nos últimos meses a bordo da Waverider. Está mais confiante, aprendeu muito sobre viagens no tempo e já não tolera o tom mandão de Stein, impõe também a sua ideia e opinião. Depois de voltar para Central City em 2016, ele não desiste, não vai apenas para casa, tem um plano e sabe como o executar, só precisa de recursos para o fazer. Foi bom, finalmente, ver algo de positivo vir de Jax.

Para terminar esta longa review: Kendra. Não teve muito screentime, mas teve o seu momento para brilhar quando os guardas a tentaram arrastar e ela resistiu. Também o choque ao ver Savage matar a família de Rip foi algo de positivo na personagem de Kendra.

Legends of Tomorrow tem realmente subido a qualidade nas últimas semanas e neste episódio isso foi demasiado evidente. Destiny recheou o episódio de momentos dramáticos de grande qualidade, de ação e de evolução dos personagens. Snart roubou o episódio, mas todo o restante elenco teve o seu momento para brilhar.

Fernando Augusto

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