Esta semana Blindspot teve um surpreendente twist perto do final do episódio, Swift Hardhearted Stone. Ironicamente, Mayfair agora tem muito mais em comum com Reade do que a priori poderia ter pensado. A reviravolta foi um momento chocante e fica claro que Carter ainda é uma ameaça, mesmo depois da sua morte.
O caso da semana lida com uma menina autista, mais precisamente uma criança com Síndrome de Asperger, cuja capacidade para recriar imagens perfeitas das coisas que vê a coloca em perigo. Mya (Oona Laurence) também é filha de um dos terroristas mais perigosos do mundo, o que aumenta a sua situação precária.
A rapariga é encontrada a vaguear pelas ruas, coberta de sangue, com imensos arranhões e dilacerações. O Dr. Borden aceita trabalhar com a criança para quebrar as suas barreiras e descobrir quem ela é. Enquanto tentava interagir com a criança, Borden descobre uma das tatuagens de Jane, num dos desenhos de Mya. Após a equipa do FBI investigar, chegam à conclusão que Mya escapou, depois de a sua mãe ter sido morta por causa dos desenhos da filha. Os desenhos de Mya conseguem identificar membros do grupo de terroristas, desde que esta tenha estado em contacto com eles. Mya não é afinal uma vítima de guerra, mas sim o próprio alvo.
Por este motivo, a equipa decide levar Mya, acompanhada de Patterson, Borden, Jane e Weller até uma pequena casa no campo que pertence ao psicólogo, até conseguirem contactar a avó da menina. Mya não está segura e a sua vida ficará por um fio assim que os terroristas descobrirem onde está.
De volta ao escritório do FBI em NY, Reade adverte Zapata sobre esta andar a vasculhar a morte de Carter. Mayfair, Reade e Tasha ficam a saber que Mya é um alvo, à medida que os desenhos vão identificando todos os terroristas do grupo. Quando Weller e Jane estavam a caminho da cidade para comprarem algumas provisões, recebem uma chamada de Mayfair a alertá-los que Mya era o alvo, deixando Patterson e Borden sozinhos com a criança, completamente desamparados.
Antes que Jane e Weller pudessem chegar à casa de campo, os terroristas apareceram com armas em punho e metralhadoras ao ombro, com Patterson e Borden a terem de enfrentá-los sozinhos.
E Patterson mais uma vez é gigante, enorme, magnífica. Não só prova a sua coragem com uma arma, como prova que é bem capaz de matar alguém para proteger aqueles que precisam e ainda tem uma performance digna de MacGyver mais tarde. Borden mata um terrorista, com uma pistola de pregos, ficando claramente abalado por isso, mas imediatamente é reconfortado por Patterson. Depois Weller e Jane aparecem e segue-se um intenso e prolongado tiroteio.
No final do tiroteio, a “nerd” da equipa explode a casa e com ela vão quase todos os terroristas, boa a hora em que se lembra que o gás da lareira está ligado, mas por acender. No final, Borden é colocado numa situação de refém por um traidor a trabalhar para o governo americano, Franklin (William Ragsdale). No entanto, Mya, que até lá ganhou empatia pelo psicólogo do FBI, bate com a parta do carro em Franklin, salvando o dia.
Focando agora a narrativa extra caso da semana. Zapata decide investigar Mayfair e Jane coloca a pen drive num computador do FBI, como Oscar solicitou e, em seguida, junta-se a Weller para jantar com Sawyer, numa noite de jogos.
Mayfair vai ao seu primeiro encontro com a mulher que conheceu há dois episódios atrás, Alexandra. Só que não termina bem. Após ir buscar gelo, Mayfair encontra a sua acompanhante morta. Alexandra foi esfaqueada na garganta. Quando Mayfair fica alerta, puxando da sua arma, o telefone toca. Alguém do outro lado lhe faz um ultimato: ou para de investigar a morte de Carter ou irá ser a próxima.
Outra reviravolta ou talvez não, é Jane não confiar em Oscar. Com o intuito de proteger Weller ou querer saber mais sobre Oscar, Jane persegue-o e descobre o local onde este está a morar. Ainda não é claro para que lado Jane pende.
Outra das surpresas do episódio é o possível relacionamento entre Borden e Patterson. A maneira como estes se olham, a forma como interagem um com o outro, o facto de ambos gostarem de jogos de tabuleiro, aproximou-os bastante neste episódio. Sim, não é um David, mas ainda assim… ficariam bem.
Para terminar, Tasha começou a investigar Mayfair, o que poderá acabar mal para a agente do FBI que é, até agora, o único que não recebeu qualquer ameaça de morte, apenas de prisão.
Blindspot continua a variar a sua entrega relativamente ao tema “tatuagens”, com uma multiplicidade e inovação a vários níveis. Mais um bom episódio, com sólidas performances e uma boa realização.
Fernando Augusto