Enquanto uns encontram a luz dentro de si, outros caem na escuridão.
Antes de mais, devo dizer que esta semana tivemos um Hat-trick, fiquei satisfeito com as três séries da CW/DC Comics.
Arrow deu-nos um episódio muito sólido e com respostas, ou pelo menos parte delas, a duas das grandes perguntas que se punham: o projeto Genesis é finalmente revelado e Oliver descobre uma maneira de anular a magia de Darkh.
Constantine não aparece, mas tudo aponta que sobreviveu à sua ida ao inferno e dá um contacto a Oliver de uma pessoa em Hub City (cidade fictícia do universo da DC) que o poderá ajudar com o seu problema de magia. Como fã da série de Constantine, acho todas as referências à personagem brutais e espero que possamos ver mais dele no futuro, talvez em Legends of Tomorrow ou assim. Felicity junta-se a Oliver e assim partem para uma noite no casino ou como Diggle refere “Oliver is leaving tonight on some magical mystery tour.” Aqui encontram Esrin Fortuna – uma personagem original do Arrowverse, mas que parece ter sido inspirada na personagem The Question (uma shaman residente em Hub City) e em Enchantress (a personagem mágica que irá aparecer no filme Suicide Squad). Fortuna é uma personagem bastante divertida, com um ar descontraído, muitas falas humorísticas (“We imortals like to stay out of the affairs of men. Unless someone owes you money.”) e uma forma de descomplicar o mundo mágico. Basicamente, o que Oliver tem que fazer para anular a magia de Darkh é simples – nada de varinhas ou palavras mágicas, já que a magia é uma energia primordial, ele tem de usar a energia positiva dentro dele e anular a energia negativa de Darkh, algo do género Ying e Yang. A permitir canalizar esta energia e libertá-la está a espetacular tatuagem que Constantine lhe deu, um presente muito útil, na verdade, e que faz com que não precise de um amuleto. O problema é que a escuridão de dentro de Oliver é demasiado grande e em rápidos flashbacks vemos os males que ele enfrentou e as perdas que sofreu. E realço aqui um desses momentos, que ainda não tínhamos visto, a imagem de Taiana com os olhos amarelos. Estando Oliver com tanto medo de que a magia o consuma, calculo que Taiana terá tentado usar o amuleto, mas também ela foi consumida pela escuridão. Terá sido isso? Teremos que esperar pelos próximos episódios.
A presença de Felicity nesta viagem de Oliver foi mais importante do que se podia pensar. Na discussão entre os dois, Felicity diz que Oliver irá sempre voltar ao seu lado negro e à pessoa que era na ilha. Isso, em parte, é verdade, mas apenas se não tiver Felicity. É ela que o completa e faz com que o seu lado bom brilhe mais intensamente. Para Oliver ser um verdadeiro herói e não um vigilante, para Oliver ser o Green Arrow e não apenas Arrow, precisa do apoio de Felicity. E isso é comprovado ao Fortuna revelar-se apenas devido a Felicty, quando Oliver falha o teste de Fortuna, mas consegue usar a magia positiva para combater Darkh (quando vai ao salvamento de Lyla), ao usar lembranças de Felicity.
“Just because we’re not together doesn’t mean you have to do this alone.”, Felicity para Oliver.
O dia de Thea também não passou sem as suas tribulações. Não tendo a Team Arrow nenhuma missão urgente que necessitasse da sua ajuda, ela decide tirar o fim de semana para o passar com o seu namorado, Alex, e assim recarregar energias. Esperem! Mas no episódio passado já não tinha ficado assente que Alex estava no lado de Ruvé e Darkh ou fui eu que sonhei? De todo o modo, gostei de Alex estar a ser controlado pelas pílulas amarelas e por causa disso ter drogado e raptado Thea para uns subúrbios completamente arrepiantes. Local esse que é, no final, revelado como a cúpula da H.I.V.E. para se abrigarem aquando do projeto Genesis, que foi revelado como um plano bem mais ambicioso que o normal, e ainda bem que os escritores deram este passo. Ou seja, os vilões não querem apenas conquistar Star City desta vez, o plano é destruir todo o Mundo através de ataques nucleares e depois reconstruí-lo do zero. Terá tido Malcolm um dedinho em pôr Thea neste refúgio? Para mim faz todo o sentido o pai-galinha ter exigido isso à H.I.V.E.
E apesar destas grandes revelações envolvendo Oliver e Thea, o verdadeiro MVP do episódio foi o nosso destroçado Diggle. David Ramsey tem estado em alta. A perda de Laurel e o envolvimento de Andy Diggle nessa morte continuam a consumir John. Se no último episódio ele tentou matar Ruvé a sangue frio (não fosse Oliver tê-lo impedido), esta semana ele continua à procura de Andy para ter a sua vingança. Mas não é só isso que está em jogo, pois Lyla e Sarah, mulher e filha, também podem estar em perigo enquanto Andy estiver por aí à solta. O confronto entre os dois irmãos deu-nos grandes cenas de ação neste episódio, assim como ainda vimos Lyla a distribuir um pouco de porrada. Oh yeah e vimos a baby Diggle já a treinar para a sua carreira de vigilante. Se o irmão no futuro se torna o Green Arrow, quem diz que Sarah também não pode vir a ser uma heroína? O confronto final Diggle vs. Diggle serviu como antítese ao percurso de Oliver, que conseguiu descobrir a luz dentro de si, enquanto John se deixou cair por completo na escuridão ao matar Andy. A conversa entre John e Oliver após o assassínio de Andy foi uma excelente cena emotiva em que John lhe diz que matou o irmão, porque ele nunca ia parar de o perseguir e à família. Malditos ninjas cortadores de cebola, quase que tiravam umas lágrimas ao público neste momento. Já a versão que John contou a Lyla não foi bem essa e como “mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo”, as consequências desta escolha de John irão apanhá-lo em breve.
“Right now, you are not acting like the man I married. You’re acting like the man I divorced.”, Lyla para John.
Factos nerd e interessantes:
No próximo episódio, “Monument Point”, o pai de Felicity, Noah, vai dar uma ajudinha à Team Arrow para tentarem impedir os planos de Darkh. Até lá, salvem a vossa cidade.
Emanuel Candeias