Vinte episódios depois, a primeira temporada de Supergirl chega ao fim. Ainda não há notícias da renovação, mas as perspetivas são animadoras. Creio que a CBS vai dar outra oportunidade às aventuras de Kara Zor-El e companhia limitada.
Depois de um mediano penúltimo episódio, estava com esperanças que a série arrebitasse e nos desse uma season finale memorável. Bom… não posso dizer que tenha sido fantástica, mas teve os seus momentos fortes. O grande problema foi o mesmo do episódio anterior: Myriad.
Pois, eu estava mesmo a adivinhar que Kara iria acordar o povo de National City através de um discurso recheado de esperança e força para conseguirem despertar do transe. Foi uma resolução muito ao estilo da série, mas deveras desapontante e fácil de solucionar. Estava à espera de mais ação e essa ficou só reservada para o fim.
Com o plano a dar para o torto, Non resolve cortar o mal pela raiz e matar todos os humanos no planeta Terra e oferecer os seus planos megalómanos noutro sítio que queria a ajuda dele. Se é que esse planeta hipotético o queria.
Lord parece ter oficialmente passado para o lado dos bons (parece, atenção!) e avisa Supergirl acerca do perigo mortal de enfrentar Non e Indigo (ela consegue ser mais irritante do que ele) sozinha. Como tal, Kara começa as suas despedidas. E aqui sim, Better Angels esteve no seu melhor, assim como Melissa Benoist. As despedidas a Winn, James e especialmente a J’onn e a Cat Grant foram sentidas e mostraram que família nesta série não tem nada a ver com sangue.
No final, J’onn foi incapaz de deixar Kara lutar sozinha. Como qualquer pai faria, certo? Foi tão gratificante vê-lo partir, literalmente, Indigo em duas. Ainda bem que morreu de uma vez. Já a luta entre Kara e Non foi bem mais renhida. Não sei se acredito que Kara ganhasse em circunstâncias normais. Contudo, ela lutava com tudo o que tinha, como uma pessoa que não tem mais nada a perder, que fazia de tudo para não ver o segundo planeta que considerava casa morrer. E isso foi ainda melhor.
Fiquei contente por ter sido Alex a salvar Kara no espaço com a própria nave. A despedida delas foi a minha favorita, mesmo tendo sido por via telefónica. Alex precisa mesmo de sair da sombra da irmã e de ter mais vida fora do DEO. Já nos foi prometido mostrarem mais da vida normal de Alex numa possível segunda temporada.
Tudo fica bem quando acaba bem. Kara é promovida e Cat chama-a pelo nome correto pela primeira vez. Ninguém morreu. Kara e James deixaram de engonhar e ficaram novamente juntos. Um bom (vá, médio, neste caso) final não precisa de ser trágico.
Se Supergirl teve uma temporada de estreia memorável? Não, não teve. As outras séries de Berlanti, Arrow e The Flash, entraram na televisão a todo o gás e esta ficou só a meio. No entanto, Arrow perde qualidade a olhos vistos a cada temporada que passa, por isso pode ser que aconteça o inverso com Supergirl. Tenho fé que sim. A série precisa de vilões semanais melhores e de um vilão principal mil vezes melhor do que Non.
Quem acham que está na nave vinda de Krypton? Será o [SPOILER] Superboy?! Espero que não seja um cliffhanger que depois não dê em nada.
Será que nos vemos no outono? Vamos esperar que sim! Até lá.
Maria Sofia Santos