Blindspot – 01×19 – In the Comet of Us
| 28 Abr, 2016

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Esta semana, Blindspot desvia-se da sua habitual realização, mais linear, para nos dar uma outra perspetiva, a história a partir da visão dos nossos quatro agentes de campo: Tasha, Jane, Weller e Reade. A destacar ainda o facto de este ter sido o primeiro episódio a fornecer simultaneamente um mini-arco à maioria dos personagens.

In the Comet of Us começa com Sofia Varma, a ex-namorada de Mayfair que supostamente cometeu suicídio, a voltar dos mortos diretamente para o carro da chefe do FBI em NY. Afinal Sofia está definitivamente viva e precisa da ajuda de Mayfair. Parece que alguém descobriu o seu envolvimento no projeto Daylight e agora corre perigo de vida, o que a deixa completamente apavorada. Está aberta a caça às pessoas envolvidas neste projeto? Agora com Carter fora do baralho (para já) resta-nos Sofia e Mayfair. Sofia precisa de ajuda e recorre a Mayfair para obter documentação e dinheiro; ao mesmo tempo tenta convencer Mayfair a ir com ela, argumentando que esta também se encontra em perigo de vida. No entanto, Mayfair recusa-se a acompanhar Sofia, embora a ajude. A chefe da divisão do FBI de NY não perdoa a suposta traição da sua antiga paixão.

Tasha descobriu uma tatuagem num jornal. Na tentativa de superar o seu problema, Zapata comparece a uma reunião para pessoas com problemas de vício ao jogo. Não podia estar mais contente com este avanço por parte de Zapata, ao mesmo tempo que ficámos a perceber melhor o porquê de ela recorrer ao jogo. Tasha nunca ultrapassou a morte do seu parceiro de quando era polícia em NY e o jogo é uma forma de estar no controle de uma situação, ao contrário do momento que a marcou para sempre.

Mas voltando ao jornal. Ela recebe-o depois da reunião e encontra uma pista na secção de desporto. Mas foi apenas curiosidade que levou Tasha a ver aquela secção ou era o bichinho das apostas a falar mais alto?

O caso da semana envolve uma equipa de futebol da Universidade de Hudson e uma investigação ao seu programa de bolsa de estudos. Quando a equipa se preparava para abandonar as instalações, eis que ouve tiros, com os estudantes a correrem para fora da escola.

E é aqui que toda a equipa se separa. Zapata vê-se envolvida num tiroteio enquanto tenta salvar o treinador da equipa da escola, Jonas (antigo treinador de Reade e seu aluno). Jane, para bem de Sasha, acabou por ir ao encontro desta e eliminaram um dos atiradores, levando Jonas para fora do recinto. Quanto a Reade, acaba por se ver envolvido numa explosão, uma porta armadilhada, e de seguida é capturado pelo segundo atirador, Hurt, que exige que lhe tragam o treinador Jonas para este o matar. No caminho até Jonas, Kurt acaba por matar Hurt, não sem antes este confessar que o treinador abusou sexualmente dele e não só, sendo este o motivo que o levou a fazer tudo isso. Tudo isto deixou Reade devastado.

De realçar a técnica de edição do episódio usada neste episódio. A meu ver foi brilhante e funcionou na perfeição. É chamada de Rashomon e consiste em apresentar a mesma história em quatro perspetivas diferentes, aqui pelos nossos quatro agentes de campo. Manteve os telespectadores sem nunca saber o que esperar e na ânsia do que estava para vir. Quando a ação estava no auge, o episódio remetia-nos para um flashback (calmo) de um personagem, umas horas antes, e centrava nele toda a ação que viria. E assim sucessivamente até perfazer as nossas quatro personagens. Até agora uma das minhas estruturas narrativas favoritas na série.

Voltando aos flashbacks: Reade está a tentar adquirir uma nova imagem, após o rompimento com Sarah, embora tenha sido quase insignificante para entendermos a personalidade do personagem. Kurt continua as visitas emocionadas ao pai, que continua na cama do hospital. E para terminar, Jane fica a saber que é amante de chá.

Perto do fim, Jane confessa a Oscar o quanto precisa dele, por sentir que é a única coisa real na sua vida, que é a única pessoa que realmente a conhece. No entanto, será que Jane pode confiar tanto assim em Oscar… a última cena, com o corpo de Carter, é demasiado duvidosa.

Tudo somado, In the Comet of Us foi outro bom episódio de Blindspot. Não chegou a atingir os altos níveis dos dois últimos, mas foi um dos mais fortes nesta segunda parte da temporada. Desde que voltou do seu hiatus de inverno, Blindspot subiu de nível e com o aproximar do fim da temporada o mistério é cada vez maior.

Fernando Augusto

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