A cada semana Blindspot lança-se num episódio cheio de ação, contudo desta vez esse departamento foi enfraquecido um degrau, ao passo que a vida pessoal dos nossos agentes teve uma melhoria significativa. A única desvantagem foi a história do caso da semana. Contrariamente ao que tem acontecido, foi desinteressante e não cativou.
Any Wounded Thief, como de costume, inclui um caso de semana, com a equipa do FBI a trabalhar no roubo de uma carrinha armada. Este roubo conecta-se a uma das tatuagens de Jane e a equipa é forçada a lidar com as ramificações depois de ficarem a saber que o conteúdo da carrinha eram armas químicas. No entanto, não há muito mais de interessante a dizer sobre o caso.
Desde que David, o namorado de Patterson, morreu no início da temporada, que esta tem vindo a trabalhar para fugir às suas emoções em vez de lidar com elas. No entanto, esta semana decide finalmente encará-las. Depois de receber um telefonema sobre uma reserva num restaurante feita por David antes deste morrer, Patterson procura o Dr. Borden a fim de a auxiliar com alguma dica sobre como lidar com a reconciliação dentro de si mesma. O psicólogo do FBI sugere-lhe manter a reserva e honrar a memória que eles tinham juntos. Foi provavelmente uma das melhores cenas de todo o episódio e que no final valeu mesmo a pena. Patterson compareceu e teve a visita surpresa de… David. Claro que David está morto, a sua presença foi em “espírito”, uma conexão psicológica imaginária entre o seu amado e ela, um diálogo. Foi heartbreaking, mas acabou por ser muito bom, não só voltámos a ter Joe Dinicol (que é fantástico no papel que desempenha), como o dialogo também foi fantástico. Foram minutos fortes e que mexeram com o público.
Quando Patterson se encontra na sobremesa, ela aceita o desafio de David e tenta terminar o enigma das palavras cruzadas do New York Times. No fim de as completar, Patterson descobre que o seu namorado, mesmo antes de morrer, descodificou uma das tatuagens de Jane. Claro que se pensarmos um bocado, essa tatuagem será talvez a mais importante do corpo de Jane, mas para confirmar tal suspeita teremos de esperar uma semana.
O outro drama da semana foi Weller, que recebeu a notícia da separação da sua irmã de Reade e a mudança desta para casa do sobrinho. No entanto, sinceramente fiquei desapontado com Weller. Quando descobriu que estavam a namorar, reagiu bruscamente e exigiu aos dois o fim da relação, nem sequer colocou no tabuleiro os sentimentos da irmã. Agora que Reade terminou o namoro, em vez de Weller ficar contente, o seu estado de humor piorou ainda mais, porque Sarah está infeliz. Por este motivo, o clima de tensão entre Kurt e Reade aumentou para níveis preocupantes. A equilibrar Weller temos cada vez mais Allie e parece que este reatamento veio para ficar. Pelo menos para já.
No entanto, a vida nunca é um mar de rosas e Oscar, perto do final do episódio, pede a Jane para se aproximar de Weller a fim de… pois, não sabemos o motivo por detrás de tal pedido. Sabemos apenas que quer Jane quer Weller já tinham concordado em manter a sua relação estritamente profissional. No entanto, veremos que progresso este pedido trará ao quadro. Sabemos também que Jane está a cada episódio que passa mais conectada psicologicamente a Oscar.
Tivemos ainda direito a mais flashbacks de Taylor Shaw, desta vez a comparecer a um memorial que foi realizado para ela. Como é que consegue alguém estar ali, ver toda aquela dor e simplesmente refugiar-se nas sombras? Com o aproximar da season finale esperemos obter todas estas respostas e ficarmos a saber a verdadeira razão por trás da missão de Taylor. E tenho tantas expectativas para tal.
O episódio desta semana, em vez de se focar na ação, como tem sido usual, abordou fortemente o lado emocional dos personagens. Patterson e Weller foram os principais destaques, mas também tivemos tempo de ver Zapata voltar ao vício do jogo e ainda Mayfair a agir sempre de forma suspeita. A narrativa foi boa, a execução de episódio satisfatória e Ashley Johnson é fantástica.
Fernando Augusto