E aqui está ele! O crossover mais esperado de 2016. Barry Allen e Kara Danvers juntam-se neste divertido e bem aproveitado episódio de Supergirl. Berlanti ainda hesitou em juntá-los, mas a vontade de renovação é demasiada e um crossover com o melhor super-herói da The CW foi uma maneira de trazer fãs de The Flash para a CBS e para a Supergirl.
Barry chega a National City sem querer e descobrir que, afinal, Kara não vive no mesmo universo do Flash, do Arrow e da Black Canary. Canais diferentes, universos diferentes. No entanto, abre a porta para Kara visitar o mundo deles. Só é pena que as outras personagens não se misturem. Quem não gostava de ver um episódio em que se juntava a Felicity, o Cisco e o Winn? Eu adorava!
O primeiro ponto positivo do episódio foi não terem perdido muito tempo com a explicação dos universos paralelos. Tanto James como Winn já aceitam de tudo desde que conheceram Kara (e no caso de James, Clark também) e estas trivialidades foram resolvidas logo, assim como a explicação dos poderes de Barry. Ele encaixou tão bem no elenco! Kara e Winn ficaram logo fãs do Flash, especialmente Kara. Mais ninguém viu a parte romântica que tanto incomodou James. Eu cá vi Kara deliciada por finalmente conhecer um meta-humano que não está do lado do mal e que realmente pode “competir” com ela.
E Kara está a passar por um mau bocado, ainda a sofrer as consequências da Kryptonite Vermelha. A cidade continua a não confiar nela e, com Flash em cena e duas vilãs à solta na cidade, Kara tem aqui a sua chance de ganhar novamente o amor das pessoas!
Siobhan foi levada para o DEO para saber de onde tinha surgido aquele grito supersónico, mas saiu de lá sem saber o que se passava consigo. Afinal, desde que saíram da Irlanda que os Smythe são amaldiçoados por uma Banshee e o poder é despertado quando alguém lhes faz mal. Neste caso, Kara. Como tal, ela liberta Livewire para ter uma side-kick. E foi nesta parte que as coisas tremeram um bocadinho.
Primeiro, o fato e a maquilhagem da Banshee Prateada parecia um disfarce de Halloween. A atriz foi muito mal caracterizada para o papel. Para além disso, Siobhan era novata na vida de vilã. Apesar de ter conseguido neutralizar Kara com o seu grito irritante, Barry resolveu o assunto e não houve muito que ela pudesse fazer. E com os bombeiros a chegar com as suas mangueiras, Livewire não durou muito mais. Cat tem realmente jeito para escolher os seus empregados.
Fiquei meio desiludida por as vilãs não terem sido o desafio que super heróis como Kara e Barry mereciam. No entanto, foi ele que a ajudou a lidar com os problemas da falta de confiança da população da cidade e, claro, com James. Já estava na hora de darem um empurrão naquilo. Pareceu-me muito forçado Lucy tê-lo incentivado, mas pronto. Ainda bem que a rapariga já se conformou.
No final, o beijo que demorou dezoito episódios a acontecer. Obviamente, nada acabou como se esperava, visto que Non colocou finalmente em andamento Myriad e todas a gente (exceto Kara) virou um “robô”. E agora, Kara?!
Já não me enganam mais. Se Cat sabia que Barry era o Flash, tem de saber que a Kara é a Supergirl. Deve estar a armar-se em ignorante para não pressionar Kara. A Kara sai do escritório sem avisar, tem atitudes estranhas, sabia que a Livewire estava livre. Era um insulto à inteligência de Cat se não soubesse. Mas compreendo que se mantenha em silêncio. Até quando…?
Por último, tenho de dizer que o comentário sobre a The CW mandado pela Cat foi das melhores pérolas desta série. Adorei!
Cat Grant: Vocês os quatro aí especados sem fazer nada parecem o elenco racialmente diversificado, atraente mas não muito intimidante de uma série da The CW.
E assim me despeço!
Maria Sofia Santos