Quantico – 01×12 – Alex
| 10 Mar, 2016

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Este artigo pode conter SPOILERS!

Após a midseason finale, Quantico volta com um novo drama.

O enredo parece voltar aos primeiros episódios da série, onde Parrish está – outra vez – sozinha e sem ninguém que acredite no seu ponto de vista. Tirando o facto que pintar Parrish de ovelha negra a cada mudança de eventos é pouco imaginativo, o episódio tornou-se um verdadeiro tormento de ver por causa disso mesmo. E adivinhem o que acontece no final? A Vazquez vai ser obrigada a acreditar na teoria que Elias não é a verdadeira mastermind atrás dos atentados.

Mas voltemos ao início do episódio. Passaram-se três meses desde o último atentado e o  FBI está a ser investigado pelo último atentado e, embora Alex não tenha qualquer apoio dos seus camaradas na sua visão dos factos, o público está todo – de uma maneira demasiado idílica – do seu lado.

E sejam bem vindos à roleta russa que é Quantico, façam as vossas apostas: Mudarão as pessoas de opinião sobre Alex ainda neste episódio? Alex é pressionada por todos os lados para ver a verdade como eles querem; a mudar a sua visão dos acontecimentos para poder voltar para o FBI e para o processo ser de uma vez por todas fechado. Mas Parrish não o faz, fiel à sua atitude independente e capacidades superiores mantém a sua posição.

Ora, ignorar toda e qualquer possibilidade de Elias estar correto é um pouco apressado. Sim, eu sei que se passaram três meses, mas dada a possibilidade de seguir um caminho diferente e recomeçar o enredo qual das opções é a mais inovadora? Além de nenhum espectador acreditar por um segundo que Alex está errada, esta postura que os realizadores lhe querem dar torna-a um pouco sobre-humana: Parrish, a agente do FBI que vê o que mais ninguém vê porque têm todos miopia (de frisar que isto é uma piada).

Mas é quando Alex muda a sua posição, cansada – como nós – de lutar contra a corrente, que o episódio ficou mais interessante. Primeiramente o público virou-se todo – agora numa postura mais distópica – contra ela. Já não é uma espécie de salvadora da Humanidade e da Verdade, mas uma traidora e mentirosa. Depois, já em sua casa, o verdadeiro terrorista – espero por Deus que seja o verdadeiro e não mais um peão usado pelo terrorista – telefona-lhe e marca um encontro, ao qual Nathalie aparece com um colete bomba e o episódio acaba.

Finalmente alguma emoção nas minhas veias – tirando o facto de agora ser Parrish e Vazquez contra os outros todos que não acreditam -, o terrorista iniciou contacto e meteu a Nathalie num colete bomba (não, não gosto da personagem!).

Tirando o fim, o episódio quase todo é um hino ao aborrecimento. Ok, a color wars foi uma das partes mais engraçadas, e educacionais, do episódio. Fora isso, toda a história atual esta a perder – por muito – para os flashbacks da Academia.

Ah, e de frisar que o nome do episódio só reforça a ideia de que é a Alex a superior de todo o episódio. A melhor da turma, a que vê coisas que o comum dos mortais não consegue ver. Por exemplo, nos primeiros 5 minutos do episódio, onde ela – mais uma vez – lê uma pessoa como se fosse psíquica. Uma visão mais humana da personagem apenas nos fará relacionar melhor com ela. Espero que um episódio que a humanize esteja para breve!

Tiago Cortinhal

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