Três palavras que descrevem o episódio desta semana de Blindspot: caneta, conspirações e flashbacks. Scientists Hollow Fortune é um episódio bem escrito que, finalmente, nos mostra um pouco de como a história militar de Jane pode ter sido, ao mesmo tempo que ficamos a conhecer melhor o vago, Oscar. Enquanto isso, o véu sobre uma conspiração, com possíveis repercussões, começa a ser lentamente levantado.
O episódio começa onde o último terminou, com Jane e Oscar no telhado. Ele ainda não pode revelar nada sobre o seu passado e o porquê de tudo aquilo, no entanto tem uma primeira missão para Jane, trocar a caneta de Mayfair por uma réplica. Jane face a este pedido mostra-se muito renitente, ao ponto de, mais tarde, desmontar a caneta para se certificar que não tinha uma escuta ou outro aparelho de vigilância.
Quanto ao caso da semana, este envolve um soldado Airbone que é encontrado a vagar fora da base, onde acaba por disparar sobre cinco soldados. Depois de o FBI o capturar, descobrem que este tem no seu corpo “zip“, o mesmo composto químico utilizado para apagar a memória de Jane. Mais tarde identificam o soldado como sendo o Sargento Charlie Napier e que este tinha sido declarado morto. Como não podia deixar de ser, o nome do sargento está tatuado no corpo de Jane, no entanto não é o único. Outros quatro nomes de soldados e respetivas patentes estão também tatuados no seu corpo e todos eles foram declarados mortos, por uma empresa particular. Como se não bastasse já todas as suspeitas relativas a este caso, o exército aparece e leva Napier consigo, ao mesmo tempo que Jane se opõe veementemente ao ato e acabando Mayfair a ordenar que esta se retire.
A equipa de Weller começa a investigar informações sobre os locais onde essa empresa privada poderá estar a atuar. Enquanto isso, a escolta militar de Napier é atacada e todos são mortos, exceto Charlie, que é levado para parte incerta. Mais tarde, a equipa de Weller encontra o edifício onde Napier se encontra preso e descobrem que ele é o único dos cinco soldados que sobreviveu aos testes. No seguimento do resgate de Napier, que devido ao zip se encontra fora de si, tenta matar Jane e acaba por ser alvejado mortalmente por Weller.
Durante o episódio, Jane tem direito a mais flashbacks, um dos quais mostra o seu treino militar, enquanto um instrutor a convida a desistir constantemente. Weller, finalmente, enfrenta os seus problemas com o pai e acaba por ter uma reconciliação emocional com o homem acusado de matar “Jane”. No fim, acabamos por saber que naquele dia trágico, o pai de Weller não raptou Shaw, mas tentou por termo à sua vida. No entanto, com o pensamento no sofrimento dos seus filhos, acabou por voltar atrás na decisão.
Patterson, mais uma vez, a mostra ser um membro importante para a equipa, apesar do stress da morte do seu namorado e das investigações sobre a sua conduta. A mulher reina em absoluto, não só no laboratório, como fora dele. Mas até quando?
Para terminar, Jane, embora hesitante, troca a caneta de Mayfair, chegando à conclusão que tudo aquilo não passou de um teste de lealdade por parte de Oscar. Como prémio por ter passado, teve direito a fazer algumas perguntas. Jane perguntou a Oscar o que é Orion. Até agora apenas sabíamos que Carter e Mayfair estiveram envolvidos nesta operação e que Carter (que se encontra morto) sempre mostrou muita preocupação sobre o que Jane poderia saber sobre Orion. Face a esta pergunta, Oscar, embora hesitante, revela que foi “onde tu morreste”.
Embora pareça suspeito, isto pode significar que existe algo semelhante entre a história de Charlie e a de Jane, uma vez que Oscar afirmou que outras empresas haviam feito a mesma experiência a que Jane foi submetida. Será que haverá por aí Jane versão 2.0?
Blindspot continua a desafiar-se e a ir além das tatuagens. No entanto, fica a dúvida levantada neste episódio: será Jane Doe única ou haverá inúmeras versões dela por aí? Sinceramente espero que não, pois seria, a meu ver, uma desilusão. Mais uma vez, excelente realização por parte dos produtores, com um impressionante tiroteio durante o resgate de Charlie.
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Fernando Augusto