Contém SPOILERS!
Uma batalha evitou-se com a morte de Nia, a rainha da Nação do Gelo, mas depressa outra surgiu no horizonte com a eleição de Pike como Chancellor. Com a reviravolta da semana passada, eis que era necessário um episódio mais calmo para contextualizar a nova (des)ordem instalada. Confesso que há personagens e elementos do enredo que me estão a irritar solenemente, o que vejo como um bom sinal. Isto porque a série evoluiu ao ponto de se tornar imprevisível e o que daí virá é território completamente desconhecido. Que The 100 continue assim por muitas e longas temporadas.
Começando pelo regresso de Murphy! O regresso enfadonho e completamente inútil de Murphy e Emori. O duo está de boa saúde e recomenda-se. Como bons trapaceiros, iniciaram uma vida de atividade ilícita a assaltar pessoas que viajam pelas parcas estradas da floresta. Há ali um pequeno desentendimento, já que Emori quer ir resgatar o irmão do domínio de Jaha e A.L.I.E.. A total inutilidade destes dois talvez se venha a alterar, já que Murphy se tornoue prisioneiro daqueles que penso que são uma espécie de polícia a cargo de Lexa. Sendo assim, Emori terá de esperar para ir resgatar o irmão, já que o seu amado precisa de ser libertado.
A eleição de Pike elevou os problemas do povo do céu a um nível nunca antes visto. Tratando-se de uma sociedade democrática, a maioria do grupo pronunciou-se e aceitou uma guerra com os grounders que os têm ajudado ultimamente. Esta não aceitação do estatuto de 13.º clã acaba por definir o resto da temporada e faz com que por este mundo fora surja uma revolta quase generalizada em relação ao rumo escolhido para um dos personagens preferidos dos fãs, Bellamy. Para quem não se recorda, Bellamy foi o déspota da primeira temporada, fazendo a vida negra a todos e assegurando estabilidade a muitas das meninas figurantes em troca de sexo. É verdade que ele evoluiu bastante, mas ninguém passa de pecador a santo tão repentinamente. Bellamy teve, e sempre terá, uma nuvem negra sobre a sua cabeça. Embora ele assuma que Pike está a radicalizar demasiado, continua a segui-lo e acaba por ser o personagem chave que o colocou no poder.
A morte do exército de Indra, que estava nos arredores de Arkadia para os protegerem, faz com que Lexa convoque o exército dos clãs sob sua autoridade. Situação que se altera no fim do episódio, quando Clarke e Octavia a chamam à razão. Lexa percebeu que as armas do povo do céu são quase invencíveis e levariam à morte centenas dos seus guerreiros. No entanto, cheira-me que esta tomada de posição não é totalmente verídica e que não passa de pura estratégia militar. Não nos podemos esquecer da mudança súbita de posição dos grounders no fim da temporada passada. Julgo que, contrariamente ao que Lexa assume, teremos brevemente uma guerra e muitos – tanto grounders como membros do povo do céu – cairão por terra.
Nestes episódios que daí virão seria importante, para elevar a carga emocional, que morressem duas ou três personagens chave, nomeadamente Bellamy, Abby, Kane ou até mesmo Jaha e Raven. São cinco personagens já demasiado desgastadas. Por outro lado, dado que Ricky Whittle está de malas aviadas para outra série, teremos aqui uma morte certeira. De qualquer dos modos, Lincoln tem estado bastante apagado, mas mesmo assim desejo-lhe uma morte tão fantástica como a de Finn, daquelas que nos deixa com o coração apertadinho.
Já nos apercebemos que a administração de Pike tem bastantes opositores, sabendo que Octavia, Kane e Abby serão a pedra no sapato do Chancellor e tudo farão para o fazer cair.
O regresso de Jaha a Arkadia tem uma agenda bem definida: espalhar a “religião” da cidade das Luzes. A.L.I.E. escolhe Raven como a primeira a converter. A jovem, que tem sofrido graças ao agravamento da sua condição de saúde, fica instantaneamente curada mal toma o misterioso comprimido. Além da possível alucinação/visão da cidade das luzes, aquele comprimido tem ainda muitos mistérios por desvendar.
Questões em análise:
Rui André Pereira