Arrow – 04×15 – Taken
| 27 Fev, 2016

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Quem quer ver um team-up entre Oliver Queen e Liam Neeson?

Houve muita coisa a acontecer em Arrow esta semana. Sendo o foco o rapto de William e, como consequência, todo o drama que recaiu em cima de Oliver, tivemos ainda o aparecimento de Vixen, bastante de Damien Darhk, a relação de Thea e Malcolm e um grande desenvolvimento na Olicity.

Neal McDonough interpretou um Darhk bastante alegre esta semana. Enquanto atormentava a vida de Oliver, vê-se que é um vilão que gosta das suas malvadezas. Quando ele aparece no parque de estacionamento para dar a notícia a Oliver que lhe raptou o filho e casualmente refere a situação em que tentou matar tanto Oliver como Felicity, ali temos a interpretação de um lunático.

Oliver decide entrar em modo Liam Neeson e andar mais uma vez pela cidade a partir cabeças aos ghosts até encontrar Darhk, mas Felicity relembra-lhe que ele já tentou isso e que no fim acaba sempre por ser completamente derrotado. Insanidade, refere ela, seria repetir o mesmo. E então Oliver decide pedir ajuda a alguém com mais aptidões mágicas. Constantine, pergunta Diggle? Seria uma escolha acertada, mas parece que ele está numa visita ao inferno (literalmente sim. Devo dizer que fiquei interessado em saber mais sobre isso, mas não me parece que vá acontecer. Volta, Constantine!). Abre-se assim o palco para a estreia em live-action de Vixen.

Vixen é uma heroína que mora em Detroit (sim, também existem cidades verdadeiras neste mundo de super-heróis. Eles não se ficam só por Star City, Central City, National City e por aí fora. Vejam se não haverá nenhum herói a proteger a vossa cidade) e cujos poderes vêm dum amuleto deixado pelos seus pais e que lhe conferem poderes de animais através dos seus espíritos. Apesar de numa série animada ser muito mais fácil mostrar os poderes de Vixen, aqui pudemos, ainda assim, vê-la voar, usar a força de um rinoceronte e o poder de um gorila (nada mau).

Vixen foi criada por Gerry Conway e Bob Oksner e apareceu pela primeira vez em Action Comics #521 (Julho, 1981), publicada pela DC Comics. A introdução desta personagem no Arrowverse foi feita através da minissérie animada Vixen (2015), onde Mari conheceu Oliver e Barry, daí a expressão de Oliver de que o encontro dele com Mari foi “animado” (nessa 1.ª temporada da série animada, Mari, no entanto, não conhece Laurel, apesar de estas se conhecerem neste episódio, pelo que na 2.ª temporada talvez descubramos como se conheceram).

Tal como aconteceu com Constantine, quem não viu a série animada pode ter ficado meio perdido e achado que Vixen caiu do nada e sem ter uma história de origem nem nada do género. Megalyn Echikunwoke dá tanto a voz a Vixen na série animada, como é também a atriz a aparecer neste episódio, algo não muito comum. No entanto, depois de a vermos no papel da heroína, vemos que foi uma escolha acertada. Esperemos que tenha direito a mais aparições aqui ou em The Flash.

Vixen teve aqui um papel bastante central. Graças a ela, a Team Arrow pôde descobrir onde William estava, descobriram também a origem dos poderes de Darkh e no fim Vixen destrói mesmo o totem de Darkh, deixando-o impotente. Darkh é assim preso pela polícia e fica a questão se é o fim do vilão ou o que mais resta para ele nesta temporada. Poderá recuperar os poderes sem o totem? Terá outra fonte de poder? Teremos a revelação de Malcolm como o verdadeiro final boss da temporada?

Darhk para o Green Arrow: “Já consideraste preto em vez de verde?”. Referência a Batman, talvez?

O drama do filho de Oliver teve pano para mangas. Primeiro, tivemos Felicity a descobrir a verdade. Não sei se repararam, mas no confronto entre Oliver e Felicity, logo após descobrir sobre William, muitas das frases que ela usa são exatamente iguais às usadas no crossover Flash/Arrow, na realidade que foi depois apagada por Barry.

Apesar de Felicity ficar com Oliver até ao fim do problema com William, depois põe então fim à relação e sai, a andar, para fora do apartamento. Acham que ela tinha razão para acabar com tudo? Gostei do pormenor de a série realçar que as tentativas de Oliver explicar o porquê da sua lógica de guardar a verdade de Felicity não tinham, bem, muita lógica.

Hmm, revelar a identidade secreta a uma mulher histérica… talvez não seja a melhor ideia. Samantha não está de todo na minha lista de pessoas populares. Com a cena do ultimato e tudo mais, sempre que a vejo, irrita-me. Embora se redima um pouco na conversa com a Felicity. O seu papel no geral não foi muito desenvolvido, mas vem dar luzes às consequências da antiga vida de playboy de Oliver Queen. Como o Capitão Lance diz, até é de admirar que não haja um batalhão de filhos espalhados por aí (e será que não há?).

Laurel teve também um momento no drama, ao relembrar o quanto Oliver foi um péssimo namorado. Mesmo já não estando eles juntos e ela sabendo que ele a tinha traído (com a irmã!), saber que a traição foi maior teve o seu peso. A melhor parte do drama de Laurel foi vê-la confidenciar com o pai e ver a ótima relação pai/filha deles.

Stephen Amell brilhou esta semana, especialmente na mensagem que Oliver deixa a William. Depois de ouvir os conselhos de Diggle e Mari (mas não de Felicity, realmente estava a pedi-las o Oliver), decide não ter o filho na sua vida e dar-lhe a oportunidade de ter uma infância normal. Não posso dizer que não seja um raciocínio válido. Concordam com a escolha?

Quanto a Malcolm e Thea, depois de Thea descobrir que foi o pai que revelou a Darhk que William era filho de Oliver, decide confrontá-lo. Claro que Malcolm vem com a conversa de que ama Thea e que fez tudo para a proteger e para o bem dela… Blá blá blá, Malcolm, essa história já é velha. É verdade que é graças a ele que Thea é uma badass (viram aquele pontapé na cabeça de um dos vilões e a seta disparada na mota? Brutal! Polegar para cima para as cenas de ação), mas isso não compensa por tudo o resto. Num confronto que já há muito se estava à espera, e depois de Malcolm ter tido mais que muitas oportunidades para se redimir, Thea diz que o quer fora da vida dela. Foi interessante ela ter referido Robert e como ele estaria envergonhado por ela continuar a ouvir o que Malcolm tem para dizer. Malcolm perde assim a sua legião de assassinos, perde uma mão e agora perde a filha… a vingança será terrível?

Em Lian Yu é descoberta uma caverna de onde sai um zombie de Conklin com a voz da Múmia (1999), Oliver brilha dos abdominais e a múmia desaparece. Ok…

Outros factos interessantes:

– Já tínhamos visto o boneco do Flash e agora temos também o boneco do Green Arrow! Quero os dois!!

– Curtis tem as habilidades de um atleta olímpico. Mais uma ligação com Michael Holt, a personagem nos comics que corresponde a Curtis e cujo alter-ego é o herói Mr. Terrific. Este herói usa também T-Spheres, que vimos Curtis a desenvolver, e normalmente veste um casaco a dizer “Fair Play”, que Curtis também apareceu a usar anteriormente.

– para quem segue Legends of Tomorrow, no último episódio apareceu um Green Arrow cujo nome era Connor. Connor é o nome do filho de Oliver Queen nas bandas desenhadas.

– nos comics, Vixen faz parte da Liga da Justiça de Detroit, juntamente com J’Onn J’Onzz, que podemos ver em Supergirl, e Vibe, o nosso querido Cisco de The Flash.

Bem, desculpem pela review longa, mas animei-me. E assim serve para compensar o mês de folga que teremos de Arrow. O próximo episódio será só a 23 de março. Até lá, salvem a vossa cidade.

Emanuel Candeias

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