Arrow – 04×14 – Code of Silence
| 21 Fev, 2016

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Após umas semanas de férias, Damien Darhk está de volta e isso só pode significar muito entretenimento. Para além disso, Arrow também teve fortes cenas de ação e bastante drama das suas personagens.

Stephen Amell, Paul Blackthorne e Charlotte Ross tiveram prestações brilhantes ao expressar os conflitos e vulnerabilidades emocionais das suas personagens.

James Bamdford realizou o episódio e, tal como em “Brotherhood” desta temporada, os resultados estão à vista. Esta semana as cenas de ação não estiveram apenas boas e bem coreografadas, foram mesmo excelentes. Todas as cenas de ação da série deviam estar no mínimo nesta qualidade. Grandes movimentos de Spartan, a luta entre Oliver e Conklin e todo o confronto com a Demolition Team.

Para além dos confrontos violentos, tivemos também um debate político. A esposa de Darhk, Ruve Adams, decide enfrentar Oliver pela concorrência à presidência de Star City. Apesar de ter sido interessante ver a troca de palavras e ameaças entre Ruve e Oliver envolvendo a sua relação com Darhk (como é que Darkh ainda não sabe que Oliver é o Green Arrow?), no fim ficou a faltar o debate em si. Eu sei que o episódio teve vários subplots e muita informação condensada, mas ver o playboy e vigilante transformado num verdadeiro político era algo que seria um estrondo de ver. Oliver ganhou o debate, mas resta-nos imaginar o seu poder de argumentação.

O drama de Oliver não acabou aqui. Lembrem-me para nunca pedir conselhos à Thea. Toda a história de “Às vezes uma mentira não é errada se for para o bem de alguém que amas”, todos sabemos que isso nunca dá certo. E Oliver já devia ter aprendido a lição, tantas foram as vezes que já se “queimou”. Uma coisa seria contar a William que é pai dele e impor-se na vida dele sem mais nem menos, mas já nos foi mostrado que estar próximo do Green Arrow pode ser bastante perigoso. Embora, mesmo assim, pessoalmente ache que sendo o pai, Oliver tem direito a calmamente desenvolver uma relação com ele e mais tarde contar-lhe a verdade, William também tem direito a saber quem é o pai (se um pai como Malcolm é importante para Thea, qual a lógica de William não ter direito a isso?).

Outra coisa totalmente diferente é partilhar com Felicity o que passa. A Olicity tem sido de extrema importância para o desenvolvimento, tanto de Oliver como de Felicity, e cada vez se apoiam mais um no outro. Como Donna diz, eles são como um casal de um conto de fadas. Ou pelo menos aparentemente, já que Oliver parece disposto a deitar isso tudo a perder. Pior é que ele já sabe o que acontece se não contar a verdade a Felicity e ela descobrir sozinha. No crossover com The Flash, antes de Barry voltar o tempo atrás, a Olicity tinha sido quebrada por causa deste mesmo segredo de William. Conta a verdade a Felicity! A Thea já sabe (ponto positivo para Thea ter descoberto e também para o fortalecimento da relação entre os irmãos) e a promessa a Samantha não é mais importante que a promessa a Felicity.

“Isto é na verdade muito simples, ou me respeitas o suficiente para me contares a verdade, ou não respeitas”, Donna Smoak.

Também o Capitão Lance teve que lidar com o fardo de guardar segredos. Apesar de a desculpa dele a Donna ter sido muito esfarrapada – dívidas de jogo? Sendo polícia podia ter inventado uma situação mais credível – tem desculpa por não estar habituado a mentir. E no fim conseguiu resolver as coisas com Donna. A presença dela nestes últimos episódios é bem vinda, não só pelo seu humor, mas porque temos vindo a descobrir muito mais sobre a sua personagem.

A traição de Lance levou Darhk a apontar a sua raiva para ele sob a forma da Demolition Team que quase conseguiam pôr o Capitão na campa. Esta equipa de mercenários com uma temática virada para a construção foi criada por Len Wein e Dave Gibbons e apareceram pela primeira vez em 1984 em Green Latern #176 (Volume 2). Se as cenas de combate com a Demolition Team foram extraordinárias, faltou, no entanto, um aprofundamento sobre a história da equipa que esperemos que seja feito no futuro.

Wooooow. Os poderes de Darhk são muito maiores do que se podia imaginar, ele pode matar pessoas a kms e kms de distância! Neal McDonough continua a dar um ar de pura malvadez a este vilão que parece matar à mínima provocação. Com Malcolm agora a ter direito a um assento na H.I.V.E., as coisas não parecem nada boas para a Team Arrow (será que Malcolm tem um plano escondido?). Os planos da H.I.V.E. cada vez parecem mais amplos e abrangem o mundo inteiro. Qual é a fase 5? A sede de vingança destes vilões resulta no rapto de William e o destino de Samantha só podemos imaginar que tenha sido bastante negro (terá sido isto a fase 5?).

Próximo do fim do episódio, tivemos um momento afetuoso com a invenção e prenda de Curtis para Felicity. Este momento criou uma ligação entre Curtis e Oliver, que realmente ficou agradecido pelo esforço dele de ajudar a sua cara-metade. Parece que graças ao bio-implante (tal como aconteceu com a Batgirl nos comics da DC dos New 52), Felicity pode voltar a andar outra vez. Já se estava à espera que Felicty recuperasse e não posso dizer que fico desiludido com isso, mas esse momento podia ter vindo mais tarde. Teria sido bom os produtores explorarem melhor que mesmo uma pessoa desabilitada pode contribuir para salvar o mundo.

Na ilha, a luta entre Conklin e Oliver foi emocionante de se ver. Mas de resto, continua a faltar contexto nos flashbacks para percebermos e nos ligarmos ao que lá acontece. Apesar de nos tentarem mostrar que Reiter é um homem muito espirituoso e supersticioso, é preciso um episódio que se foque apenas nessa história.

Outros aspetos interessantes ao longo do episódio:

– Lyla é a nova directora da A.R.GU.S.

– Felicity a usar uma T-shirt de S.T.A.R. Labs

– a piada de Slade Wilson como organizador de festas (ia ser uma coisa linda)

– a afirmação de Oliver para Curtis “Curtis, you’re terrific” (uma referência à transformação de Curtis em Mr. Terrific)

No fim de contas, tivemos um episódio firme, com ação mais que suficiente para encher a barriga, momentos negros, algum humor, drama intenso, um momento ternurento e um final em suspense. Mais uns dias de espera e chegará o próximo episódio de Arrow, em que nos será apresentada Vixen. Estou bastante curioso para ver como se desenrolará a história desta nova heroína.

Emanuel Candeias

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