Limitless – 01×12 – The Assassination of Eddie Morra
| 09 Jan, 2016

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Eddie Morra para Presidente!

Ano Novo, novo episódio de Limitless. E que maneira de começar a 2.ª metade da temporada. Com a 3.ª aparição de Bradley Cooper é-nos apresentado o melhor episódio da série até à data. Para além do regresso de Eddie Morra, outro grande ponto alto da semana foi a introdução da nova personagem, Piper Baird. Interpretada por Georgina Haig, que podem conhecer como a Elsa de Once Upon a Time, esta personagem vem revolucionar por completo a dinâmica da série e dá a Brian um possível novo caminho a seguir.

Tal como o título sugere, o episódio começa com uma tentativa de assassinato ao senador Morra. Eddie está num nível tão avançado que vê-lo a perceber que o vão tentar assassinar, a automaticamente fazer as contas da trajectória da bala, calcular os cenários mais favoráveis (não só para a sua sobrevivência, mas também para a sua campanha politica) e tudo isto enquanto discursa… isto é a essência do NZT! A assassina é outra usuária de NZT que trabalhou com Eddie, mas que, segundo ela, foi traída e o seu namorado assassinado.

Piper é uma personagem intensa da qual é impossível não gostar. Como Jake McDorman referiu numa entrevista, a relação com Piper é importante para Brian porque ela é a única pessoa com quem ele pode falar abertamente sobre o NZT e Eddie Morra, sendo o único ponto de vista diferente que ele tem sobre as ações e os planos do senador. O envolvimento de Piper na criação da enzima de imunidade ao NZT pode vir a dar a Brian uma escapatória das mãos do senador e, para além disso, é também a única pessoa, excluindo Morra, que usa NZT melhor que Brian.

Após Morra “sobreviver heroicamente à tentativa de assassinato”, Sands aparece no CJC e diz a Brian que a missão dele é impedir que o FBI descubra que a assassina é Piper e que o caso está ligado ao NZT. No entanto, Piper também entra em contacto com Brian, dando-lhe pistas para ele se encontrar com ela. Esta parte da investigação de Brian teve um momento bastante tocante, quando Brian troca uma cassete antiga com Sammy Depetro em troca de informações. No meio disto tudo, entre o FBI, Morra, Sands, Rebecca e agora Piper, os produtores mostram-nos constantemente aquele com o lado mais humano é Brian.

Brian vai dar com Piper em casa dos pais a fazer-se passar pela sua nova namorada (parece que Piper apesar de um bocado psicótica também tem um certo humor). Piper revela que quer matar Morra porque este é um vilão terrível e sem escrúpulos que mandou matar o namorado e que tem um master plan maléfico (palpites?), mas para tal precisa da ajuda de Brian. Por outro lado, Sands, que estava a espiar Brian e viu o encontro dele com Piper diz que ele deve matá-la, pois basicamente ela é maluca. Ou seja, tudo se resume a uma escolha… Piper ou Morra? (estão por quem, vocês?). Este episódio teve tantos bons momentos que é difícil enunciá-los todos! Outro desses momentos foi o de Brian tentar escolher que lado deve tomar. E não faltaram opiniões: NZT Brian, Badass Brian, Badass Sands, NZT Rebecca, NZT Ike (?); e uma vez mais o lado bondoso de Brian é realçado ao ser a imagem do pai dele a dar-lhe a resposta e ele decidir tomar o partido daquilo que é certo.

O plano de Brian e Piper está muito bem realizado e fiquei especialmente impressionado com a cena de ação. No fim, a morte de Piper é apenas encenada e Brian permanece no limbo, não matando ninguém e mantendo todas as opções em aberto (oções e buracos para se enterrar quando for tudo exposto). Pormenor aparte, parece que Brian finalmente arranjou um bom whiskey para as visitas de Sands.

A conversa de Eddie Morra com Brian quando ele o vai visitar à CJC também é muito interessante. Quando ele refere que eles não são pessoas normais por tomarem NZT e que estão acima do comum mortal, devendo Brian abandonar a pessoa que era antes… A mim levantou-me a questão de: será que Eddie, depois de tanto tempo a tomar NZT, desenvolveu o cérebro em demasia para o lado do raciocínio, perdendo assim a parte emocional? Como vimos no caso dos Observadores em Fringe. Se ele realmente for o vilão, será essa uma das explicações? E nesse aspeto, eu sei que por um lado é irritante, mas parabéns aos produtores por nos deixarem nesta expectativa para saber se Eddie Morra é o vilão ou não (eu ainda estou a torcer para que ele continue a ser o herói). E se Eddie perdeu as emoções, poderá o mesmo acontecer a Brian ou poderá o seu coração bondoso sobrepor-se a isso?

O subplot de Rebecca foi mais uma boa surpresa do episódio, apesar de parecer inicialmente que ia acabar por a levar a Piper, afinal levou-a foi para algo bem mais perigoso. Mais cedo ou mais tarde alguém iria fazer a ligação entre Morra e NZT, ou se calhar alguém já tinha feito essa ligação e depois nunca mais se ouviu falar dela. Para onde é que este caminho levará Rebecca?

Só de realçar os efeitos especiais da série, que continuam a impressionar pela positiva e, apesar de já estarmos tão habituados a que eles sejam bons, é ótimo não perderem qualidade e os produtores conseguirem sempre achar animações diferentes para nos entreter. A série ganha ainda em aspetos simples, como quando Brian vai ter com Rebecca à sala de interrogatório, toma o NZT e vemos o mundo progressivamente a ficar caracteristicamente dourado.

Balanço da semana: um episódio muito bem escrito e realizado, com interpretações magníficas. Muito focado, mas mantendo o balanço entre momentos de comédia e drama, e que levantou muitas questões e problemas para serem resolvidos no futuro. Fiquei mortinho para que chegue o próximo episódio que, infelizmente, só virá daqui a 2 semanas. Mas cá estaremos à espera, até lá.

Emanuel Candeias

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