Captain Dark One anda atrás de vingança.
No penúltimo episódio de Once Upon a Time antes da winter season finale as emoções andaram aos saltos. Esta semana tivemos um bom episódio que, seguindo aquilo que descobrimos em “Birth”, continua a explicar a história de Emma e as razões para as suas ações mais duvidosas. A verdade é que ela nunca chegou a passar verdadeiramente para o lado negro, tudo o que fez foi apenas para salvar Hook, para salvar o seu amor (e quem a pode culpar? Até Snow percebe o seu ponto de vista e diz que tanto ela como Charming já arriscaram tudo para se salvar um ao outro e salvarem a sua família. É o que eles fazem). Pode assim parecer para muitos que isto da Dark Swan não passou tudo de uma fachada e que foi desperdiçada uma hipótese, mas se pensarmos que a Emma é a Salvadora é bom saber que mesmo a escuridão não conseguiu corromper (até ver) uma magia de luz tão pura.
Apesar de preferir muito mais o estilo de Hook como um bad boy, o Dark Hook não desilude. É um vilão manhoso que sabe como atingir o coração dos outros (ao chamar órfã a Emma e a falar de Milah a Rumple). E o primeiro coração partido da semana é mesmo o de Hook que, assim que recupera a memória, considera tudo o que Emma fez traição e usa o caçador de sonhos para lhe tirar as memórias (Zelena põe a bracelete anti-magia em Emma) e parte à procura de Rumple para o desafiar para um duelo. O que acham de Hook não ter nunca sentido que era um Dark One? Para mim, a escuridão agarra-se aos nossos sentimentos mais negros tornando-nos obcecados em conseguir o que queremos e acho que, mesmo sem memória, mais tarde ou mais cedo Hook ia sentir a escuridão dentro dele, por isso é que Emma andava tão apressada para que os seus planos evoluíssem.
O duelo entre Hook e Rumple claro que não podia ser uma batalha espetacular já que Rumple só agora começa a virar um herói. Mas pontos positivos para ele consolidar esse estado já que não só aceita duelar, como o faz sem recorrer a magia nem a nenhum outro truque. Apesar de Hook curar o mancar de Rumple, este nunca poderia ter ganho sem ”ajuda” e ironicamente foi preciso outro Rumple para distrair Hook e levar à derrota deste (mas será que perdeu mesmo?).
Claro que não, porque os Dark Ones nunca perdem. Usando o sangue de Rumple, Hook e Nimue usam o lago para abrir a porta do submundo e o próximo nível do plot dos Dark Ones é revelado e é aterrador. Afundem já aquele barco! Com estas referências à mitologia Grega e ao Submundo será que iremos ver no futuro um vilão relacionado?
Once Upon a Time esteve bem esta semana também graças a pequenos momentos, mas carregados de sentimentos que fomos vendo ao longo da série. Após ganhar o duelo, Rumple encontra-se com Belle no poço onde casaram e finalmente Rumple está pronto para amar Belle como nunca conseguiu e ser o homem que ela merece, mas… coração partido número 2, depois de tudo que Rumple fez, todos os jogos psicológicos, mentiras e abusos, Belle continua a amá-lo, mas como pode confiar nele? Como pode haver uma relação depois de tanta coisa má ter acontecido? Chega uma altura em que uma pessoa deve dizer basta e como Belle diz agora que não tem que salvar mais Rumple, está na hora de se preocupar em proteger o coração dela. Estamos contigo, Belle!
Operação Cobra parte 2 (o nome foi muito fraquinho, esta Emma podia ter tido mais imaginação) foi outro desses momentos em que vimos Emma e Henry a fazer as pazes. Emma decidiu lutar contra o impulso de fazer tudo sozinha e pediu ajuda a Henry para recuperar os caçadores de sonhos e, assim, as memórias de toda a gente. E confiança é recompensada com confiança, apesar de Snow, Charming e Regina serem contra, Henry retira a bracelete que anula a magia a Emma e juntos recuperam os caçadores de sonho. Missão cumprida! Toda a gente, mais uma vez, se lembra do que aconteceu.
Zelena teve a melhor frase do episódio: “Once you go green, you’ll never go queen”. Neste subplot, é-nos realçada mais uma vez a importância da maternidade, um tema já comum em Once Upon a Time. Regina sabendo o que a entrada de Henry fez na sua vida e a mudou para longe da escuridão, acha que o mesmo pode acontecer com Zelena através do baby Hood. Cada vez surpreende mais pela positiva a Regina, não era qualquer pessoa que, depois de Zelena ter assassinado a ex-mulher do seu namorado e o ter violado e engravidado (sem contar com todas as outras coisas que Zelena já fez), lhe daria uma 2.ª oportunidade.
Em Camelot, ficamos finalmente a saber tudo o que se tinha passado. Após a sua transformação em Dark One, Hook berra com Emma por o ter transformado depois de ele finalmente ter escapado à escuridão, dizendo que preferia morrer a voltar a ser vilão. Depois berra com Emma por não confiar nele e o controlar com a Excalibur e berra até Emma lhe dar o seu voto de confiança e afirmar que juntos vão conseguir expulsar a escuridão dos dois. Nah, errado! Tudo o que o Captain Dark One quer é a sua vingança, é matar o “Crocodilo”, que no entanto está em Storybrooke, mas ele está em Camelot e então… Hook faz a Excalibur voltar para a pedra original, esmaga o coração de Merlin (coração literalmente partido número 3. Merlin morreu?! Como é que é possível? Ele vai ressuscitar de alguma maneira, não vai? Merlin não pode morrer!) e lança mais uma vez a maldita maldição (foi bem pensada a maneira como Hook matou a pessoa que mais amava através de Nimue para poder lançar a maldição) e assim voltam todos para Storybrooke.
A passagem de Hook para vilão, ou mesmo super-vilão (ele matou o Merlin!), pode ter parecido muito apressada, mas por um lado ele já tinha sido vilão antes, ao contrário de Emma, que por sua vez também o tinha a ele para se agarrar, Hook não só se vê envolvido em escuridão como a culpada (independentemente das intenções) foi a mulher que ele ama.
Once Upon a Time parte então para o seu último episódio antes do hiatus e os seus personagens preparam-se para enfrentar os adversários mais difíceis até à data.
Emanuel Candeias