Nem sei muito bem o que dizer acerca deste final de temporada. Depois do que assistimos nos últimos episódios, as minhas expectativas estavam altas, algo que já não sentia desde as primeiras temporadas da série. Mas agora que cheguei ao final, nem sei se bata palmas ou se fique raivoso.
Como havia referido na semana passada, as minhas esperanças para mais um final estrondoso residiam no eminente ataque à capital germânica. Esta parte da história foi resolvida logo nos primeiros dez minutos do episódio, com Carrie a ser mais uma vez a heroína da série, mas com a ajuda de um dividido Qasim. Infelizmente este último acabou mesmo por padecer do mesmo final que o seu primo, mas não sem o devido reconhecimento por parte da nossa protagonista.
Finda esta parte do episódio, é aqui que começa a minha divisão. Os restantes 40 minutos foram dedicados a atar as pontas soltas que ainda estavam por atar. A questão dos documentos roubados à CIA foi facilmente resolvida pela BND. Depois de prender Laura Sutton, Astrid serve-se do visto pendente de revisão de Numan para conseguir calar a jornalista. Laura sabe perfeitamente que se Numan for repatriado, muito provavelmente será executado. Laura foi então forçada a voltar à televisão alemã para refutar todas as afirmações que proferiu aquando da prisão de Marwan. Não ficamos a saber pormenores acerca do acordo celebrado, mas certamente que ela passará a viver um pouco mais na sombra.
Já Allison necessitava também de um desfecho, após a sua tentativa de desertar para a Rússia. Num dos melhores diálogos da temporada, Saul acaba por conseguir tirar de Ivan as informações de que necessitava para chegar a Allison. Com tais informações, ele foi capaz de montar uma emboscada ao carro que a levaria para Moscovo e com um grupo de operações especiais acaba por executar todos os que seguiam dentro desse mesmo carro.
Quanto a Carrie, agora que Berlim está fora de perigo, ela tenta reatar a sua relação com Jonas. Contudo este recusa-se a reatar uma relação que ele considera instável, deixando Carrie bastante abalada. Saul tentou ainda recrutá-la novamente para os quadros da CIA, mas ela considera-se agora outra pessoa. Mesmo que ela diga que não, Carrie nunca conseguirá abster-se do mundo da espionagem e haverá sempre alguma coisa que a colocará de novo em campo. E aquele aparente pedido de casamento por parte de Otto During? Nem sei que diga.
Quem não pode dizer o mesmo é Quinn. Aquele acordar momentâneo forçado por Saul e Carrie causou-lhe danos irreversíveis e as probabilidades de recuperar a sua capacidade cognitiva são quase nulas. Tudo aponta para que Carrie tenha, num ato de compaixão, exercido eutanásia sobre o seu amigo, numa cena muito bem conseguida. Embora triste por mais uma personagem da sua importância ter partido, ele teve um fim digno de tudo o que ofereceu à serie durante estes anos e seria uma estupidez, a meu ver, que ele se curasse miraculosamente para a sexta temporada.
Embora tenha sido um final que colocou um ponto final em todas as narrativas abertas este ano, o meu sentimento em relação ao mesmo é muito instável. Gostei do aparente final que deram a Quinn, mas o restante do episódio é-me ainda um pouco complicado de assimilar. Acredito que possa vir a ser criticado por este pensamento, mas o desenrolar do episódio não foi de todo dos que mais apreciei. De qualquer das formas, em 2016 voltarei para acompanhar mais uma temporada e espero continuar a desfrutar da tua presença. Já agora, um Bom Natal e umas boas entradas.
Carlos Oliveira