Homeland – 05×11 – Our Man in Damascus
| 16 Dez, 2015

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Se bem se recordam, na semana passada quase que apostei em como Quinn iria voltar em força para este final de temporada. Bem, depois de ver este Our Man in Damascus, coloco definitivamente essa hipótese de lado. O estado dele parece ser bem mais crítico do que se imaginava e aquele acordar momentâneo piorou ainda mais as coisas. Uma boa recuperação é o que espero para esta personagem e até para o ano, Quinn!

Outro assunto pendente que havia sido deixado para esta semana era a situação de Faisal Marwan. Apesar das garantias dadas por Otto During, o homem foi preso a toda a força pela BND, para um interrogatório que correu bastante mal. A tentativa de Saul em ganhar a confiança do homem foi uma boa jogada por parte dele, mas deixar uma janela aberta a não sei quantos metros de altura? Tinha tudo para correr mal e no meio de tanta pressão, Marwan acabou mesmo por se suicidar. Que grande problema que foram Saul e Astrid arranjar. Parece que os 1361 documentos hackeados à CIA irão mesmo ver a luz do dia.

Mas tudo isto acaba por ser algo irrelevante quando comparado com o que se passou no resto do episódio. O ataque terrorista a acontecer em Berlim está cada vez mais interessante e cada vez mais perto de acontecer. Quem terá de fazer de tudo para que tal se venha a concretizar é Allison. A SVR atribuiu uma última missão à sua agente infiltrada na CIA e o objetivo é garantir que o ataque com gás Sarin venha mesmo a acontecer.

Allison é neste momento um ativo tóxico e a SVR sabe disso. A confiança que ela inspirava, tanto em Saul como em Dar Adal, foi colocada em causa e mesmo que ela se viesse a safar desta situação, nenhum dos dois iria confiar da mesma forma nela. Por isso o Kremlin quer que Berlim seja fustigado, como que um aviso para a sociedade ocidental daquilo que realmente se passa no Médio Oriente. E não acredito que as motivações sejam apenas financeiras, mas sim também algum sentimento de vingança. Se não, vejamos o exemplo do Dr. Azis, um homem ateu, mas que tem um desejo de vingança para com o Ocidente que transcende qualquer moralidade que caracterize o ser humano.

Allison fez todo o trabalho que lhe competia ao longo do episódio. Mexeu os seus cordelinhos na Universidade Tecnológica de Berlim até conseguir chegar ao Dr. Azis e depois encena um tiroteio em que ela é a única sobrevivente. A sua manipulação da “cena do crime” é um tanto ou quanto caricata, mas parece que foi o suficiente para enganar a BND. Depois de conhecer o verdadeiro alvo do ataque, ela manipula mais uma vez os que a rodeiam, de forma a que pensem que seja o aeroporto de Berlim o alvo.

Contudo ela não parece contar com uma variável chamada Carrie Mathison. Mais uma vez, a nossa protagonista faz o seu brilhante trabalho de analista até conseguir chegar ao verdadeiro alvo, a estação de comboios da capital. Recorrendo a um antigo contacto no Hezbollah, Al-Amin, ela consegue chegar ao médico que tratou Quinn e por consequência chegar ao apartamento de Qasin. Depois de lá estar foi só observar o que a rodeava para perceber que tudo apontava para a estação de comboios. Como Saul e a CIA estão focados no aeroporto berlinense, ela decide ir por conta própria até à estação de comboios e acaba por se cruzar com Qasin que, embora um pouco diferente, ela consegue reconhecer.

Antes de saltar para os carris em perseguição ao muçulmano, Carrie avisa o seu mentor do verdadeiro alvo e qual não é o espanto deste que Allison havia fugido do hospital. O médico que a veio supostamente tratar deverá estar certamente relacionado com a SVR e ajudou na fuga.

E é no auge de toda a narrativa que os produtores nos decidem deixar em suspenso por mais uma semana. A adrenalina e suspense em torno da concretização, ou não, do ataque terrorista foi uma constante nos últimos 15 minutos do episódio, algo que já não sentíamos desde os velhinhos tempos de Brody.

Quanto a previsões para o final de temporada, já no próximo domingo, sinceramente eu gostava que o ataque se concretizasse. Do ponto de vista humano, todas as baixas a que o mesmo levaria seriam obviamente de lamentar, mas no ponto de vista de telespectador, traria de volta aquele misto de sentimentos das primeiras temporadas em que algo de catastrófico ocorria. A minha humilde opinião fica aqui bem expressa, em suspenso, para ver o que se passará no último episódio do ano. Quais as tuas expectativas em torno do season finale deste ano?

Carlos Oliveira

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