Armadilhas de templários! Depois de um hiatus de uma semana, The Bastard Executioner volta com um episódio mais calmo, mas cheio de diálogo, intrigas e desenvolvimentos.
Annora e o seu companheiro templário foram o foco das atenções esta semana. No último episódio, o padre Ruskin tinha nas suas mãos o Livro do Nazareno, escrito pelo próprio e único Jesus Cristo, um livro que precede o Novo Testamento. Após lê-lo umas poucas vezes seguidas, Ruskin tem o seu mundo e as suas crenças completamente abaladas. E ficamos a saber que Annora e os serafins não são de todo pagãos, mas os protetores da palavra de Cristo (literalmente). Claro que agora percebemos em parte porque o Arcebispo quer acabar com todos os serafins: se este livro se tornasse público, seria o fim da Igreja.
Wow, e aquelas armadilhas deixadas pelo templário (ou o Mudo Negro) foram espetaculares. Para quem aprecia a parte paranormal da série foi muito bom ver as serpentes a ganhar vida e gostei do pormenor da armadilha com o azeite a ferver. O melhor foi que a ação com o templário não ficou por aqui. Após Ruskin informar Wilkin e Toran que Annora tinha mudado o seu esconderijo para a costa, estes vão visitá-la e saber o que se está a passar. Annora desperta uma visão em Wilkin de quando ele era apenas um bebé a ser afogado por uma freira (o que terá Wilkin dentro dele? Qual o papel dele na história dos serafins?).
Enquanto estavam na costa, Wilkin e Toran dão de caras com os nómadas que tinham atacado no episódio anterior, estes ficam encarregues de proteger Annora enquanto o templário enfrenta meia dúzia de homens armados… e o facto de não vermos como o templário acabou com todos os adversários acho que foi brilhante e mostra o quão poderoso ele é.
Quanto a Love e a Milus, que equipa que eles fazem! Ao trabalharem juntos por Ventrishire, o condado é capaz de ter uma hipótese. Outro grande desenvolvimento é o facto de haver uma revolta contra o rei Edward, e com isto Gaveston é agora um homem procurado (ah! Toma lá, francês!). Love aceita ajudar nesta revolta com as condições de poder governar Ventrishire em paz e tratar sozinha da questão dos rebeldes (e tudo parece estar a resolver-se). A questão de encontrar onde Gaveston está escondido fica ao encargo de Milus, que dá às gémeas o que elas já mereciam há muito tempo (elas eram mesmo irmãs de Gaveston? Temos aqui competição para o Jaimie e a Cersei em Game of Thrones). A tortura desta semana foi então a uma das gémeas (enquanto a outra ficou traumatizada para a vida) e envolveu uma espécie de jaula, um gancho, um peso e tudo o resto ficou à nossa imaginação, o que deu um impacto diferente, mas que resultou bem.
Wilkin e Love continuam o seu romance proibido, que cada vez atrai mais suspeitas. Após Love confessar que a sua gravidez é falsa, eles envolvem-se em mais um beijo fervoroso, mas que desta vez é apanhado em flagrante por Jessamy, que desata a gritar que Wilkin/Maddox é dela: “Eu mereço-o!”.
O episódio termina com Jessamy a repousar nos aposentos de Isabel, após Ruskin lhe dar um tónico, e este fica então a cuidar de Luca. No entanto, os homens do arcebispo que viram Ruskin com Annora aparecem nesse momento e raptam tanto o padre como Luca. Enquanto isso, Milus e os seus cavaleiros, em conjunto com Wilkin e os seus companheiros, preparam-se para a caça ao francês.
Alguns pormenores que também foram interessantes: o facto dos companheiros de Wilkin não o culparem pela morte de Calo, uma vez que todos procuram vingança e estão bem cientes das consequências que daí podem vir; Berber é um personagem bastante curioso e espero que os produtores explorem mais a sua história; as intervenções de Isabel são sempre engraçadas e ela é um importante pilar para Love; Jessamy vai ter de morrer, aquela loucura já não tem cura.
No próximo episódio, a captura de Gaveston não vai ser fácil. Será que todos os personagens voltarão vivos?
Emanuel Candeias