Supergirl – 01×03/01×04 – Fight or Flight/Livewire
| 19 Nov, 2015

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Peço muita desculpa pelo atraso, mas aqui vem Supergirl em dose dupla!

Neste terceiro episódio, a nossa nova heroína tem um dos verdadeiros testes do seu novo trabalho. Ela quer desesperadamente provar que não é o primo. Kara Danvers não é Clark Kent. Ela não tem nenhuma Fortaleza da Solidão. Kara não trabalha sozinha nem deseja isso para si.

Este episódio começa onde o outro terminou. Com Kara e Cat no telhado para a tal entrevista orquestrada por Jimmy Olsen. Ok, eu sei que Jimmy disse que as pessoas não olham realmente para ela enquanto Kara, mas como é que Cat não vê logo que ela é a Supergirl?!? Jovem como é, Kara faz aquilo que não queria, deixa escapar que é da família do Homem de Aço. Boa, Kara. Como se não precisasses de mais comparações com Clark!!

No entanto, este episódio mostra-nos que todas estas menções ao Super-Homem irão abrandar à medida que a série vai progredindo (espero eu). À medida que Supergirl vai crescendo, o Super-Homem vai esmorecendo e ficar onde pertence, em Metropolis.

Reactron chegou numa altura em que Kara precisava urgentemente de se afirmar. Clark nunca conseguiu derrotá-lo e, ao descobrir que o inimigo mortal tinha família na Terra, foi ao encontro de Kara.

Jimmy é um personagem que, mesmo tendo-se mudado para National City, ainda não conseguiu desligar-se totalmente de Metropolis. Ele está bem familiarizado com Reactron (foi o próprio que lhe deu o nome) e, preocupado com a vida de Kara, chama Clark para a salvar. Acho que a cena em que o Super-Homem aparece é o mais próximo de participação que vamos ter da parte dele (por causa dos filmes com Henry Cavill, suponho) e por mim tudo bem. Só ainda não entendi que espécie de relação é que existe entre ele e Kara. Metropolis e National City não são cidades próximas e é óbvio que eles não se vêem muitas vezes pelo que percebemos dos diálogos. Kara nem conhecia Jimmy.

Ora, entre tentar destruir Reactron e organizar uma festa em honra da Supergirl, Kara não teve mãos a medir. Todavia, se no início Cat Grant me dava nos nervos, rapidamente percebi que o papel dela é muito maior do que ser a chefe de Kara. Ela é uma mentora, tanto para Kara como para a Supergirl. E não é difícil de perceber que, por baixo daquela mulher fria e arrogante, está uma que se preocupa genuinamente com os seus. E mesmo que ela não se perceba, as duas faces de Kara são uma delas.

Maxwell Lord tem tanto de genial como de irritante. Não posso ver o Peter Facinelli desde os filmes da saga Twilight e este papel não ajuda. Espero que não lhe dêem muito tempo de antena. Ele tem ali uma historiazeca com a Cat e cheira-me que Maxwell não se fica por aqui. Fantástico.

O quão adorável é o Winn? Adoro-o, adoro-o! Ele é a Felicity/Cisco de Supergirl e ri-me tanto quando ele vibrou com a informação de que Clark Kent, do The Daily Planet era, de facto, o Super-Homem! Na batalha pelo coração de Kara, é óbvio que Jimmy leva a vantagem (e ainda é demasiado cedo para decidir qual gosto mais de ver com ela e com a chegada da Lucy Lane a coisa ficou mais complicada), mas o Winn é fantástico.

A batalha final entre Kara e Reactron foi fabulosa. Kara deu-se ao trabalho de perceber o vilão e, com a ajuda da irmã, arranja maneira de o derrotar. Estas duas, estas duas!! Melissa Benoist e Chyler Leigh têm uma química natural e aquela cena no final das duas a ver séries em casa foi adorável. Mais delas se faz favor.

Para finalizar, se algum dia criarem a série Keeping Up With The Kryptonians serei espectadora assídua!

"Livewire" -- When an accident transforms a volatile CatCo employee into the villainous Livewire (Brit Morgan, center), she targets Cat (Calista Flockhart, left) and Supergirl (Melissa Benoist, right), on SUPERGIRL, Monday, Nov. 23 (8:00-9:00 PM, ET/PT) on the CBS Television Network. Photo: Darren Michaels/Warner Bros. Entertainment Inc. © 2015 WBEI. All rights reserved.

 

O Dia de Ação de Graças chegou mais cedo a Supergirl com a mudança do episódio, mas felizmente a troca nem se notou. E o que é que este dia significa numa série? Família e drama. Os episódios temáticos são recorrente nas séries americanas e Supergirl não escapou.

Neste episódio, Kara teve de lidar com a chegada da mãe e com as críticas da locutora da rádio da CatCo, Leslie Willis. Só que Cat não quer que a sua própria diga mal da heroína que ela “criou”. Então se alguém pode falar mal da Supergirl é a Cat e só ela? Interessante. Pergunto-me até quando continuará na ignorância acerca da identidade da sua protegida.

Kara escapou-se ao drama familiar entre a mãe e Alex (que não teve o destaque merecido. E logo eu que adoro ver a Chyler Leigh em cenas dramáticas) e foi ter com Cat. É a primeira vez que Cat se envolve diretamente com os vilões de Supergirl e este tem o seu dedo. Ela mandou Leslie para o avião e, quando Kara a tentava salvar, foi atingida por um raio que a tornou numa meta-humana (como em The Flash, suponho). E uma com poder suficiente para destruir alguém praticamente indestrutível e com pouca experiência como Kara. Ai a Leslie era tão irritante. Só queria que Kara acabasse com ela de uma vez. Pelo contrário, a evolução da personagem de Calista Lockhart deixa-me cada vez mais satisfeita.

Jimmy e Winn ficaram mais para segundo plano, assim como a sua disputa silenciosa (ou não) por Kara. Apesar de Jimmy ter voltado para Lucy (o que deve ter acontecido no episódio que era supostamente o 4), o telefonema que fez a Kara mostra que os sentimentos dela não são tão pouco recíprocos assim. Espero que não arrastem este drama, não há literalmente nada que os impeça de ficar juntos. Imploro-vos que não arranjem o dilema moral ao estilo de Oliver Queen para Kara não ter um namorado. Até agora a série não parece estar a ir nessa direção, pelo contrário.

Não estava à espera de que Kara e Alex descobrissem tão depressa que Hank não era flor que se cheirasse. Agora as duas irmãs têm de se dividir em combater os inimigos de fora e o (os?) de dentro. Espero que isto dê mais espaço à personagem Alex de ter mais história própria e não de andar sempre em roda de Kara. Gosto da personagem de Alex e de a ver com uma missão pessoal pode mostrar traços da sua personalidade ainda desconhecidos (estou eu a supor).

Nota: 8/10

Maria Sofia Santos

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