Brian e “Q” salvam o mundo da Skynet
E quem gosta de Limitless ponha as mãos no ar! (sabem que não vos posso ver, não sabem?). Esta semana Limitless continua na onda dos fillers e acho que só teremos um episódio bombástico focado na história principal no último episódio antes da fall finale, para nos deixar umas semanitas ansiosos pelo regresso da série. Este episódio pode basicamente ser dividido em duas partes: um caso-da-semana, que até foi original, fez lembrar o caso do Genghis Khan (01×02), mas de qualquer maneira teve menos impacto que os 10-Mais-Procurados da semana passada; e a 2.ª parte, um subplot mais emocional focado na relação entre pai e filho, que foi para mim a parte mais interessante e que cativou neste episódio.
Se bem se lembram, Brian estava a contar ao seu pai, Dennis, sobre o NZT, o FBI e tudo o mais. Deixa de parte o envolvimento do senador Morra para não criar uma carnificina, mas de resto conta a verdade sobre tudo. E a reação do pai é: a) fica contente por Brian finalmente ter partilhado a verdade com ele e acabou-se a tensão entre os dois e os momentos embaraçosos; b) diz que Brian vai acabar preso ou morto, contacta um outro advogado amigo e começam a preparar um plano para processarem o FBI e para estes deixarem Brian em paz.
Escolheste a hipótese a)? Bolas, melhor sorte para a próxima! Depois da bela conversa, Brian decide ignorar as chamadas do pai durante todo o episódio, com medo de o confrontar e dizer que não quer sair do FBI. Mas após mais uma beer o’clock com Rebecca, um consumo de substâncias recreativas e Dennis aparecer no escritório do FBI, Brian lá ganha coragem e diz ao pai que o que mais quer é que tenha orgulho nele, mas que sente que a vida dele está melhor desde que o NZT e o FBI apareceram e que quer continuar nesse caminho. Dennis aceita os sentimentos de Brian, mas não sem antes se encontrar com Naz e dizer que caso Brian morra ao serviço do FBI ele fará tudo para expor toda a situação e que os responsáveis acabarão na cadeia. Sim, pode parecer que Dennis está a ser ingrato e casmurro e que devia meter-se na vida dele, mas… na minha opinião ele está só a ser um pai preocupado (dêem uma caneca de pai do ano a este homem!). Este subplot foi também bem recebido por dar mais tempo de tv ao actor Ron Rifkin cuja aparição é sempre bem vinda (as ameaças dele a Naz até arrepiaram).
Quanto ao Arm-aggedon, a intriga começa quando uns braços prostéticos (ao género de fazer inveja ao Exterminador Implacável) começam a agir por vontade própria por todo o país. Vemos desde assassinatos até ao imperdoável ato de carregar em todos os botões de um elevador. Um ponto positivo para este subplot foi vermos algo da antiga vida de Boyle, com a história do companheiro dele que perdeu o braço e teve que viver com isso. Depois de Boyle ter conseguido pôr Aaron no programa para receber um dos modelos mais avançados de próteses, este liga-lhe a dizer que o braço assassinou a sua mulher.
A parte do hacking foi muito engraçada, Brian tem que hackear uma das próteses que supostamente são inhackeáveis (ou impossível vá), mas parece que isso não é tão fácil como nos fazem crer, o melhor mesmo é ver os vines que Brian nos dá de coisas a explodir em vez de todo o paleio técnico sobre isso. “TECH TALK”. A interação com Quentin, a.k.a. Q, foi outro dos aspetos divertidos deste episódio (já foram ver o novo filme do James Bond, Spectre?). E repararam na expressão que Quentin usa a dizer que estão na “Age of marvels” (o trailer do Civil War também já viram?).
Por fim, depois de descobrirem toda a conspiração e o responsável, Kenny Sumida, fugir para os Emirados Árabes Unidos, a maneira como Brian faz com que Kenny seja deportado de volta para os EUA é mais um bom momento de humor (enviar quilos e quilos de bacon e uns dildos só para o toque especial). O envolvimento de Aaron na tramóia foi um bocado óbvio, mas no fim teve um castigo adequado (ahahah).
E é isto, tivemos um episódio equilibrado com uma dose de comédia, uma dose de drama, e agora aí vamos nós de jetpack para o próximo episódio.
Emanuel Candeias