Yo Ho, a pinball pirate’s life for me!
Após o último episódio, este foi como uma lufada de ar fresco de volta ao que gostamos e estamos acostumados em Limitless. Pontos positivos esta semana para o desenvolvimento de personagens, principalmente de Naz e Boyle, mas também tivemos um bocado de Ike.
Temos visto ao longo dos episódios a relação de Brian tanto com Mike como com Ike. E enquanto o primeiro parece levar demasiado a sério a sua missão e de resto não ligar a Brian, Ike aprecia os momentos que passa com Brian e é muito mais descontraído.
Dada a confusão da missão black op, Naz está furiosamente empenhada em descobrir quem foi o responsável por dar a autorização à CIA para usar Brian na última missão e assim decide voar para Washington e reunir-se com a vice-presidente do FBI de forma a chegarem ao fundo da questão. O problema é que é acusada de traição e presa (ups!), e para melhorar a situação a sua sobrinha foi raptada por piratas!
Brian e Rebecca ficam então com a missão de libertar Naz e resgatar a sua sobrinha, Mitra. O plot dos piratas foi bastante divertido. Foi-nos introduzida a filha de Naz, Ava (Michelle Veintimilla de Gotham), que ajuda Brian e Rebecca a procurar Mitra. Ava, tal como Brian, acha que a sua vida é uma constante de falhanços e eles parecem conectar-se bastante bem. Aliás, fica no ar uma possível relação entre Brian e Ava, sendo o mais surpreendente o facto de Naz parecer aprovar essa relação. Esta hipotética relação pode ter muito potencial no futuro, pelo que ficamos à espera de mais desenvolvimento.
A dinâmica entre Brian e Rebecca continua a mostrar que eles fazem uma boa equipa. Na parte do drama, Brian revelou a Rebecca o seu stock secreto de NZT, o que pode ter consequências gigantescas, mas entre parceiros não há segredos (mais ao menos! Esperemos que ele tenha uma boa desculpa em relação a onde arranjou o NZT). Na comédia, o jogo de Comer/Casar/Matar entre eles para passar o tempo foi mais um bom momento de humor (parece que não é só Brian que tem uma maturidade de um rapaz da primária), mas é engraçado ver Rebecca a alinhar nas suas brincadeiras.
Após Brian ter aprendido uma meia dúzia de línguas para poder comunicar com os rádios dos barcos que andavam pelo mar dos piratas, a informação vem de um miúdo que em troca só pede um twitter do FBI. Esta ideia genial só podia ver dos produtores de Limitless. Isso e o antigo chefe dos piratas querer uma máquina de pinball em troca do retorno de Mitra.
No caso da libertação de Naz, quem teve um grande papel foi Boyle. Fingindo ter uma pen com os verdadeiros registos médicos de Brian, conseguiu descobrir quem estava por detrás de toda a tramoia e assim, não só libertar Naz, como expor o caso da black op passada. Apesar de ao princípio ser contra Brian (o que este confessa a Rebbecca), é bom ver que Boyle também está a bordo da team Brian agora.
Numa série com um elevado número de episódios por temporada é de esperar que a história principal não avance tão depressa e haja mais casos da semana e subplots. No entanto, apesar de apreciar o ritmo leve e sempre comediante da série, acho que está na altura de começarem a investir mais na história principal e a cativar-nos completamente no enredo. Brian continua a usar o NZT apenas para resolver simples casos para o FBI, quando sendo um dos homens mais inteligentes do mundo, há muito mais que podia estar a fazer e seria bom vermos mais sobre o verdadeiro potencial que o NZT tem.
Emanuel Candeias