É o primeiro dia de trabalho para Penny no Grey-Sloan Memorial Hospital. Primeiros dias são sempre difíceis porque constituem um mundo novo, mas para Penny o desafio ainda ameaça ser mais complicado.
A tradição é que os residentes comecem no serviço de Cirurgia Geral, com o chefe desse departamento que, por acaso, é Meredith Grey. Não, isto não é um acaso, é a receita para o desastre, tem tudo para o ser.
Ainda antes do dia de trabalho começar, Meredith, Maggie e Amelia fazem uma viagem de carro extremamente desconfortável juntas, com Meredith e Amelia a não falarem uma com a outra e Maggie a tentar ser apaziguadora.
Muito mais importante do que isso, temos o elevador de volta! Os elevadores desta série já foram palco de vários momentos relevantes, outros divertidos e desconfortáveis, e Callie e Penny cruzaram-se lá de manhã, ainda sem saberem como lidar uma com a outra.
Penny foi então colocada no serviço de Meredith para tratarem um Pastor (qualquer coisa do género) que enviou, acidentalmente, um vídeo de sexo para toda a congregação. A maldição das tecnologias, não é? Coitado do homem! Não lhe chegava estar magoado, ainda tinha de lhe acontecer aquilo também. Durante todo o dia, Meredith faz muitas perguntas a Penny sobre o diagnóstico, tratamento e procedimentos a tomar na cirurgia. Não sei se estou muito certa de que ela estivesse a tentar perceber as qualificações de Penny, talvez a intenção fosse apanhá-la em falso. Por outro lado, também não me é impossível de imaginar que Meredith estivesse mesmo a tentar ensiná-la, mas que depois o ressentimento por Penny tenha sido mais forte do que tudo e não tenha conseguido controlar-se. Lá se vai a tentativa de “rise above”. Acima de tudo, que as pessoas têm de tentar ser profissionais. Não temos de gostar de uma pessoa para trabalhar em conjunto. Se achamos que não somos capazes, não devemos aceitar trabalhar juntos.
Depois de uma conversa entre Meredith e Amelia na casa de banho, que Callie ouviu, esta chamou ‘bully’ a Meredith. Obrigada, Callie, exatamente a palavra em que ando a pensar desde o episódio anterior.
Mais uma vez, nesta situação, há uma voz da razão, que acaba por ser Richard e mostra as coisas de uma perspetiva em que nunca tinha pensado. Quando Meredith foi trabalhar para o hospital, ele também não a queria lá, porque ela o fazia lembrar dos melhores e piores momentos da vida dele. E a verdade é que desses tempos nasceu Maggie. Gostei muito que Richard tivesse admitido ao amigo que tinha uma filha, foi a coisa certa a fazer!
O caso médico principal do episódio foi o de um menino da Jordânia com tumores massivos nas mãos. A criança foi levada para o hospital por April e por intermédio de um médico que ela conheceu quando esteve no exército. Por acaso, o médico (não fixei o nome dele, se é que o disseram) e Owen também se conhecem e não parecem gostar nada um do outro. Até posso apostar que o tal médico vai trabalhar para o hospital (detesto como todos acabam por ir trabalhar para ali!) para esse assunto ser explorado.
Anyway, April escondeu de Jackson a gravidade do caso do menino, com medo que ele recusasse vê-lo para consulta se soubesse o estado avançado da sua condição. Jackson não ficou nada contente com a mentira, pois o caso parecia impossível, mas acabou por se decidir tentar e chamou Callie para operar com ele. Dizer ao menino que teriam de lhe amputar as mãos quase que dava cabo de mim, foi tão triste, mas a verdade é que não foi preciso. Jackson e Callie conseguiram encontrar osso para fazer a reconstrução das mãos do menino e extraíram os tumores. Há todas as condições para que ele fique bem. É sempre bom quando pessoas que merecem têm um final feliz!
A maior felicidade para mim chegou no final do episódio, quando Callie emendou as coisas com Penny, dizendo que eles são todos médicos, que cometem erros. Já desde o episódio anterior que também ando a dizer isso e acreditava que Callie ia tomar a atitude certa. É impressão minha ou Callie está completamente ‘apanhadinha’ por Penny? Viram a maneira como olhou para ela? Fico contente por isso, mas não posso evitar sentir-me receosa também. Callie não tem tido muita sorte nas relações amorosas e não quero que ela volte a ter um desgosto. Espero que Penny não seja a próxima pessoa que lhe vai partir o coração, até porque gosto dela. Vou fazer figas para que as coisas corram bem!
Nota: espero bem que depois de passar esta ‘tempestade’ e de os médicos em geral se adaptarem à Penny, não fiquem todos amiguinhos e a aceitem no seio do grupo. Isso não faria sentido nenhum. Devem respeitá-la, mas não têm de ser amigos. Depois de todos os filmes que Amelia e Meredith fizeram não há condições para uma relação que vá além da profissional. Se isso acontecer, vou ficar muito desapontada. Na vida real isso não faz sentido nenhum.