Contém SPOILERS!
The Originals voltou para a sua terceira temporada! Depois de um season finale onde o status quo foi fortemente abalado, For The Millennium vem apresentar o quotidiano dos Mikaelson após a morte de Esther, Dahlia e Mikael. Com a morte dos pais, que já haviam morrido anteriormente, e com o desaparecimento das estacas de carvalho branco, a nossa série vê-se forçada a entrar numa nova fase. A grande questão que se levanta agora prende-se com a capacidade de The Originals manter a tensão viciante com que nos habituou até agora, já que os principais inimigos foram facilmente derrotados no fim da temporada passada.
De forma a manter Rebekah viva, já que Claire Holt/Maisie Richardson-Sellers certamente regressarão à série, Freya escreve-lhe uma carta que, acima de tudo, serve para nos contextualizar sobre os acontecimentos após a partida da original. Freya tornou-se um membro valioso para a família, já que cuida de Hope, tarefa que divide com Elijah e Klaus. Acaba por revelar que tem tentado, ingloriamente, ajudar a resolver as quezílias entre os irmãos que outrora eram inseparáveis.
Elijah aproxima-se de Marcel, o novo governante da cidade. Este personagem, que outrora teve um papel essencial, parece desprovido de qualquer importância neste regresso, o que é uma pena. A dinâmica entre Marcel e a família original ficou condenada com o afastamento de Rebekah.
Já Vincent também conseguiu sobreviver até à terceira temporada! Mas é também um personagem que, até agora, vem sendo afastado gradualmente do núcleo do enredo. Vincent mantém-se em cena longe das bruxas e dos vampiros, neste momento é apenas um conselheiro sobre o oculto em investigações policiais… e nem nisso é bom já que, na sua primeira aparição, chama Cami para o auxiliar.
Por seu lado, Cami parece estar a voltar à ribalta, depois de uma segunda temporada onde quase não deu o ar da sua graça. Com o afastamento entre Klaus e Elijah, a psiquiatra voltou a ser a única pessoa em quem o híbrido confia. Sendo assim, os dois passam bastante tempo juntos, pena que permanecem na situação que os une desde a primeira temporada: uma quase-relação com contornos destrutivos para ambos. Cami desperta a faceta gentil que se esconde no recanto mais sombrio da mente de Klaus e, quando ambos se zangam, o vampiro faz asneira da grande!
Estando numa altura de paz aparente, Klaus organiza uma exposição com as suas pinturas, mas ao que parece os críticos não o favorecem. Durante o evento, surge Lucien, transformado por Klaus, o que faz dele um dos vampiros mais antigos. Ficamos a conhecer melhor Lucien no flashback que nos mostra a fuga dos irmãos originais algures na França medieval. Lucien ajudou-os a criar os personagens nobiliárquicos em que se disfarçam, situação que possivelmente o levou a ser transformado. Este novo vampiro tem consigo uma médium, Aurora, que profecia um novo inimigo a caminho. Para apimentar a situação, Lucien revela que algumas fações vampíricas pretendem eliminar originais, quem sabe Klaus, de forma a extinguir toda a sua prole e evitar concorrência no “mercado alimentar”. Mas Lucien não é pera doce, já que está relacionado (talvez seja o autor ou mandante) com as mortes que Vincent e Cami estão a ajudar a investigar.
Estando a chegar a noite de lua cheia, Elijah prepara um festim para a sua amada, já que Hayley apenas volta à forma humana uma noite por mês, mas eis que chegam alguns elementos de uma organização paramilitar que caçam lobos. Ao que parece, o Bayou foi comprado pela empresa Kingmaker para criar um estabelecimento turístico. Furioso, Elijah vai eliminando os caçadores enquanto procura por Hayley… o que ele não sabe é que a lobisomem é prisioneira de Davina, a mais recente chefe dos covens de bruxas! A bruxa está decidida a usá-la para algo de forma a recuperar o seu status. Aposto que se trata de algo relacionado com o enfraquecimento dos vampiros!
Em suma, tivemos um episódio morno que serviu apenas para contextualizar o rumo escolhido para os nossos originais. Contrariamente aos season premières anteriores, estou bastante desiludido com as promessas feitas para esta nova temporada, já que nada de significativo aconteceu. Espero que a mulher misteriosa que deu o ar da sua graça no fim do episódio, potencialmente uma vampira antiga, venha balançar a quase-perfeição que rodeia o French Quarter. Que comecem as batalhas entre os clãs das diferentes linhagens!
Questões em análise:
Rui André Pereira