The Bastard Executioner – 01×04 – A Hunger/Newyn
| 05 Out, 2015

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Cuidado para não perderem os braços ou se engasgarem ao ver este episódio.

Esta semana em The Bastard Executioner pudemos finalmente ver uma narrativa abrangente e coesa com uma melhor caracterização dos personagens. No entanto, parece que ainda falta qualquer coisa à série para conquistar completamente o público. Por um lado, o ritmo a que a história avança é muito lento. Dois meses após o massacre pelos homens de Ventris, ainda não vemos grandes desenvolvimentos nesse arco. Por outro lado, muita informação e personagens novos são debitados sem um claro foco nas linhas que vão seguir.

Neste episódio acompanhámos a visita de Lady Love ao Rei Eduardo III, os planos de Milus (para se tornar o novo Barão de Ventrishire?) e, claro, as provações de Wilkin.

Gostei particularmente de ver as ações de Lady Love e da sua criada, Isabel Kiffin, ao viajarem até Windsor, Inglaterra, para procurarem o conselho do Rei. No meio de tanta violência e tortura, o papel da Baronesa continua a destacar-se por motivações maiores (para com o seu povo gaulês) e um papel mais diplomático, mostrando ainda a dificuldade de ser mulher num mundo governado por homens. A performance de Flora Spencer-Longhurst também é de louvar, conseguindo equilibrar bem o papel de vulnerável, mas ao mesmo tempo resoluta. O Rei, tal como acontece com quase todos os reis jovens, pouco quer saber da governação e quem de facto trata disso é o seu conselheiro, Piers Gaveston. “I hate the French”. A Baronesa, após horas de espera, vê-se assim ignorada pelo Rei e após recusar os avanços de Gaveston, este decide dividir o condado de Ventrishire e tirar-lhe o poder. Posto isto, ela não tem outra hipótese a não ser mentir e dizer que está grávida do seu falecido marido, esperando assim um herdeiro que poderá então governar. “I’m with heir. A blessed gift from my departed husband.” Será que o “Bastard” irá dar um bastardo à Lady Love?

Já Milus consegue atrair o Barão Pryce (Richard Brake) a Ventrishire e forjar uma aliança, com vista a construírem um porto marítimo, permitindo assim o crescimento do condado. Os obstáculos nesta aliança, como o antigo conselheiro do Barão Pryce, são facilmente resolvidos por manipulação sobre Wilkin. Não sendo o suficiente a chantagem, de que o conselheiro de Pryce tinha conhecido o verdadeiro Gawain Maddox e podia desmascarar Wilkin, Milus culpa e prende os companheiros de Wilkin, pelos corpos mutilados e associados a rituais satânicos que continuam a aparecer. Vemos assim Wilkin cada vez mais a caminhar para a escuridão, ao ser forçado a sufocar até à morte um homem inocente.

Wilkin tem ainda que lidar com a sua nova família. Embora continue a sonhar com a sua falecida esposa, a sua nova mulher faz cada vez mais pressão para ele assumir o seu papel de marido, continuando a negar a realidade que o homem que está com ela não é o seu verdadeiro marido. No entanto, ele consegue algum progresso com o rapaz, e tem uma abordagem paternal, que deixa o filho de Maddox mais descansado e com esperança que os tempos que aí vêm serão melhores que os passados. O grande problema surge quando Jessamy Maddox (a mulher do carrasco) revela a sua profunda insanidade, ao castigar-se e ao seu filho, pois era ao que estava acostumada. Fica a dúvida se Wilkin conseguirá trazê-la de volta à razão ou como se resolverá esta questão (nos dramas de Sutter nunca nada é fácil).

Por fim… Ed Sheeran! Quem está acostumado ao simpático cantor britânico a cantar “Thinking Out Loud” e a dançar romanticamente, pode esquecer um papel de bonzinho para ele, pois em The Bastard Executioner, Sir Cormac (Ed Sheeran) é perverso e macabro. Sir Cormac entra no outro subplot do episódio, onde o “serafim” Tobias é capturado e torturado por Cormac, a mando de Robinus, um poderoso padre do castelo do Rei Eduardo III, em Windsor. Robinus quer informação para traduzir um “texto sagrado” e quando não consegue o que quer com a tortura, tira a pele tatuada, com uma língua arcaica, de Tobias (assim como já tem a pele de outros “serafim”). Tal como em Blindspot, também aqui temos tatuagens a criar mistério. As tatuagens de Tobias são semelhantes às que Annora tem, e ambos parecem partilhar qualquer ligação espiritual, já que Annora sentiu quando ele morreu. Para além disso, como Ventrishire era um dos nomes na lista de Tobias, decerto que em breve (provavelmente para o fim da temporada) todo este caos lá chegará.

A banda sonora deste episódio foi um pouco mais fraca que nos outros, mas sempre que ouço a música do opening, automaticamente, lembro-me de “I See Fire” e de O Hobbit (serei o único?). Quanto ao personagem de Berber the Moor (Danny Sapani), já no último episódio o vimos num pequeno diálogo com Annora, e esta semana tivemos mais um pouco dele. Parece-me um personagem interessante e com potencial, com pensamentos profundos e uma capacidade de explorar alguns assuntos, espero que seja mais explorado nos episódios seguintes.

Emanuel Candeias

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