Once Upon a Time – 05×02 – The Price
| 08 Out, 2015

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Once Upon a Time é a série veterana em flashbacks, que constituem também um dos pontos fortes da série. Os de Camelot são, provavelmente, os mais emocionantes em muito tempo, já que nos mostram a jornada de Emma até se tornar a nova Senhora das Trevas. Depois do desastre que foi a segunda parte da quarta temporada, a série precisava de uma história forte para continuar na programação da ABC.

Como Horowitz e Kitsis têm optado nos últimos dois anos em dividir cada temporada em duas partes, as histórias não se tornam demasiado longas nem existem muitos episódios ‘enche chouriços’. As temporadas com mais de vinte episódios têm tendência para isso. Contudo, temos dez episódios para aproveitar este arco e as respostas começam a surgir.

Com o peso de ser a “salvadora”, Regina começa a duvidar de si própria e da confiança depositada em si. Eu tenho um grande carinho pela personagem e uma admiração profunda pelo caminho e pela evolução que teve nestas quatro temporadas e já estava mais do que na altura de lhe darem o destaque de heroína e não de a mostrar apenas como ajudante de Emma. Ver estas duas com papéis opostos… Bom, até agora tem sido fantástico.

Todavia, se Lana Parrilla brilha tanto como a Rainha Má como salvadora, o mesmo não se pode dizer de Jennifer Morrison. Claro que é difícil competir com Robert Carlyle, mas esperava um trabalho melhor da parte da atriz. Rumplestiltskin tinha mais emoção do que Emma mesmo como Senhor das Trevas.

Emma preocupa-se com Henry e Hook, mas tudo parece forçado. Parece que a atriz colocou botox e a cara ainda não voltou ao normal (já agora, porque é que ela não é brilhante como o Rumplestiltskin e os vampiros do Twilight? Em Camelot ela ficou com a mão assim!). Não há nada ali. E via-se perfeitamente o amor na expressão maléfica de Rumplestiltskin quando olhava para Belle.

Em Storybrooke aparece um demónio. Obviamente! O que seria esta cidade sem os seus monstros ocasionais? E, mais uma vez, quem está em sarilhos é Robin Hood. Eu tento, eu tento não falar mal do personagem, mas é impossível. Ele está ali única e exclusivamente para ser o apoio moral e emocional de Regina. ZzzzzZzzzZZZzzz. Para ela é ótimo, para nós nem tanto. Ora bem, ele foi raptado pelo demónio para pagar o preço de uma vida que foi salva em Camelot. Por mim podia ter sido paga à vontade.

Regina, porém, resolveu intervir e sacrificou-se no lugar do amado. Snow, Charming, Arthur e Leroy ajudam-na e salvam Robin da Fúria. O demónio ficou com um pedaço da alma de cada um deles, certo? Digam-me que isto tem consequências porque estas coisas não podem ser assim tão fáceis e esta série vende-nos constantemente o lema “Toda a magia tem um preço”.

Antes de todo o drama, sabemos que vários habitantes de Camelot seguiram Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda até Storybrooke. Incluindo a rainha Guinevere. Sim, finalmente Joana Metrass dá o ar de sua graça na série. É aqui que descobrimos que Excalibur desapareceu.

Em Camelot, Arthur resolve dar um baile em honra dos recém-chegados. Não seria uma visita como deve ser à Floresta Encantada sem termos um baile. E logo o primeiro baile a que Emma vai com os pais!

Se houve coisa que Gossip Girl me ensinou foi que uma festa não está completa sem a sua bela dose de drama. Para além de Henry ter ganho um bocadinho de destaque ao conhecer Violet, o Cavaleiro Percival disse a Regina durante uma dança que sabia bem que ela era e isso resultou numa luta em que, mais uma vez, Robin Hood teve de ser salvo por David ou então batia as botas de vez (quantas vezes é que ele já esteve para morrer?!). Emma teve de se chegar à frente para o salvar. E, se não estou em erro, ressuscitou-o. Certo? Se apenas tivesse curado a ferida a Fúria não teria vindo. Uma das principais regras da magia é não trazer pessoas da morte (a única pessoa que pode ser trazida da morte é Jon Snow) e Emma cometeu um erro fatal e que a começa a levar a passos largos para o lado das trevas. Do que estavam à espera depois daquela brincadeira?

É certo que os nossos heróis não estão a ser sinceros, mas o mesmo se pode dizer de Arthur (e Guinevere? Fui a única a notar que há ali algo de estranho?). Todos têm motivos para mentir, mas o certo é que tudo aponta para o mesmo: Excalibur. A espada parece ser a solução para todos os problemas, agora a questão é saber como. E em relação a Merlin? O episódio centrou-se em temas mais supérfluos, por assim dizer, mas é bom que comecem a pensar, e rapidamente, numa solução para reaver o feiticeiro e saber de uma vez por todas porque é que a adaga do Senhor das Trevas é parte da mítica espada do Rei Arthur.

Maria Sofia Santos

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