Contém Spoilers!
O tão aguardado season finale chegou e trouxe consigo o melhor episódio da temporada! Num total de seis episódios em que nos foi apresentado um conjunto de pessoas extremamente comuns que, como seria de esperar, não estão preparadas para um apocalipse. O desenrolar da ação não decorreu conforme esperado, mas já me habituei ao ritmo característico de The Walking Dead que passou para a companion series.
Depois do choque de Cobalt, o nosso grupo não podia continuar impávido face às ameaças que Andy debitou sobre os planos do exército para as safe zones. O grupo abandona os subúrbios, onde o grupo de Travis deixa para trás os vizinhos que ainda vivem na terra do faz-de-conta e acreditam que tudo voltará ao normal. Mas a partida não corre conforme Daniel pretende, já que Travis acaba por libertar Andy, o salvo-conduto para resgatar Nick e Griselda. Já que estamos com Daniel, foi uma surpresa conhecer este senhor mais um pouco! Todos o viam como uma das vítimas da perseguição ditatorial do seu país natal, todavia Daniel era um oficial encarregado de tortura dos inimigos do regime.
A chegada ao complexo foi relativamente fácil e Daniel distraiu o exército com a horda de zombies prisioneiros no estádio. Mas, ao estilo da série mãe, os familiares reencontram-se, mesmo quando o edifício está contaminado com centenas de walkers. A sorte de Nick é que Strand, o seu misterioso colega de cela, tem tudo combinado para abandonar o local! Quando Liza e Nick se juntam ao grupo, todos regressam à garagem onde Chris e Alicia perderam um carro para um grupo de militares.
Tudo parecia ter corrido bem, sobretudo por estarem numa casa de luxo autossuficiente, recheada de alimentos. Mas, como Fear The Walking Dead é um drama, eis que Liza lança uma bomba a Madison: foi mordida! Quando Madison ia matá-la, eis que chega Travis e encarrega-se de premir o gatilho. Pois, lembram-se do Travis humanitário que acreditava numa cura? Morreu. O novo Travis não hesitou em matar zombies para salvar o seu grupo e optou por matar a ex-mulher, algo que o modificou e que demonstrou que temos um líder capaz de tomar decisões difíceis.
Por outro lado, Strand confessa a Nick que não quer que o grupo fique naquela mansão e mostra-lhe um iate luxuoso ancorado ao largo! Teremos o grupo a sobreviver arduamente num iate?
Em suma, o episódio final acabou por ser fantástico, acabando por redimir a lentidão com que a ação se desenrolou ao longo dos episódios anteriores. Foi bom começar a sentir a angústia característica dos episódios da série mãe, já que temos milhares de zombies que se quiseram banquetear com os sobreviventes. Sendo assim, a segunda temporada não terá como enrolar o novo status quo do grupo de Travis e teremos algo com que The Walking Dead não nos presenteou: as primeiras semanas de sobrevivência no caos apocalítico.
Rui André Pereira