Scream Queens é a mais recente série criada por Ryan Murphy (Glee e American Horror Story), Brad Falchuk e Iann Brennan, transmitida pela FOX. A série junta comédia e terror, muito ao estilo de Scream (Gritos). Além de tudo isso, a série junta caras bem conhecidas do público jovem, como é o caso de Emma Roberts (American Horror Story), Lea Michele (Glee), Diego Boneta (Pretty Little Liars), Ariana Grande e Nick Jonas. Do outro lado, temos a veterana Jamie Lee Curtis.
A premissa de Scream Queens não é nada de muito complexo e temos 40 minutos “fáceis de engolir” e sem nada de muito surpreendente.
Começamos com um flashback dos anos 90, em que uma jovem dá de repente à luz, e ainda mais de repente morre. Tudo sem qualquer explicação. Saltamos para os dias de hoje e somos apresentados a Chanel Oberlin (nº 1), que lidera a fraternidade KKT. Toda a narrativa gira em torno da fraternidade e em como todas as raparigas desejam ardentemente juntar-se a ela. Nada que não tenhamos visto já em diversos filmes americanos.
Chanel segue o estereótipo esperado pelo espectador (quem viu Mean Girls irá recordar-se, com certeza, de Regina George): popular, egoísta, fútil, caprichosa, desrespeitadora “and so on”. Chanel lidera a fraternidade dando ordens às suas “minions”: Chanel nº 2, Chanel nº 3 e Chanel nº 5 (a nº 4 morreu, mas Chanel não quer saber). Chanel pretende, obviamente, manter o seu reinado e passar o legado, mas parece que esses dias chegaram ao fim. Primeiro, Chanel vai deixar de ter controlo sobre quem se pode juntar ao grupo. E depois, há alguém muito empenhado em matar as pessoas associadas à fraternidade.
Há imensas referências à pop culture, talvez numa tentativa de cativar “pais e filhos”, tentando fugir ao estereótipo de “série de adolescentes”. E a verdade é que se antigamente estava mais na moda o estilo “Mean Girls“, agora nem tanto: está tudo bem se formos diferentes. Aliás, foi isso que os criadores da série apregoaram com Glee. Portanto, Scream Queens quer satirizar as mean girls? Ou fazer um revival? De qualquer maneira, podemos encontrar algum paralelo em parte das personagens que se querem juntar à KKT, com Glee (as chamadas losers que ninguém quer por perto, muito menos Chanel).
Há várias cenas com sangue e muitos gritos, que por vezes farão o espectador rir, apesar de estarmos a ver o que talvez possamos apelidar de sadismo (apesar de não ser propriamente chocante). E não podemos adiantar-vos muito falando apenas do primeiro episódio, porque a verdade é que o primeiro episódio “sabe a pouco”, e se tiverem gostado, ou se pelo menos vos suscitou curiosidade, irão com certeza querer ver mais.
Ainda assim, de salientar a prestação de Emma Roberts, que encaixou perfeitamente na personagem. Ficamos à espera dos desenvolvimentos das outras personagens, especialmente das outras Chanel. Isto porque um detalhe interessante será conseguir distinguir as diferentes Chanel umas das outras. E como fã de Lea Michele, estou desejosa por ver mais sobre ela. Sem dúvida que tem potencial para ser uma Chanel. Mas vejamos o rumo que a série irá tomar.
Beatriz Barroca