Contém SPOILERS!
Ainda agora começou e já só faltam quatro episódios para o season finale… já diz a sabedoria popular que o que é bom acaba depressa! Este segundo episódio da companion series de The Walking Dead mantém o seu ritmo próprio (leia-se lento), mas apresenta desenvolvimentos consideráveis para o enredo. Comparativamente ao piloto, So Close, Yet So Far começa a apresentar a magia de um apocalipse, neste caso zombie, e promete-nos muita aflição e taquicardia.
De forma a desenvolver harmoniosamente o episódio, o destaque foi saltando entre os elementos do elenco principal de forma a apresentar o início do apocalipse. Um dos grandes trunfos desta nova série, comparando-a à original, prende-se com a inexperiência/ impreparação em relação ao futuro que se avizinha. O ritmo da série continua lento, mas este segundo episódio trouxe uma envolvência maior, talvez porque os zombies estão a aparecer por todo lado e poucos são aqueles que entendem o que se está a passar.
Tudo começa com Alicia (a quase irreconhecível Lexa de The 100), quando esta vai procurar o seu namorado desaparecido. Mais tarde chega a família e Travis percebe que ele foi mordido… sabendo o que se está a passar, (quase) todos sabem que o inevitável está para acontecer. Até Matt manda a namorada embora com a família. Os durões de The Walking Dead não deixariam um “quase-zombie” transformar-se, ter-lhe-iam cortado a cabeça! Mas os nossos protagonistas ainda estão a leste do caos que verdadeiramente se aproxima.
Estando a família em casa, uma decisão é tomada… estar em ambientes populosos, perante a crise em crescimento, é o pior que podem fazer. Sendo assim, e ignorando as indicações das autoridades competentes, a família organiza-se para sair da cidade! Travis vai procurar o filho, Chris, e a ex-mulher, Liza… pois nunca os deixaria para trás! Chris está no centro de um motim, onde todos ignoram que a polícia matou um zombie… e depois outro! Sem opção porque o motim e a carga policial crescem desmedidamente, o trio esconde-se numa barbearia que, nas suas traseiras, é a humilde casa da família Salazar, de origem sul-americana, e assim ficamos a conhecer mais três personagens: Ofelia, Daniel e Griselda. A situação vira caótica e depressa nos apercebemos que o apocalipse está a chegar: as estradas ficam congestionadas, a eletricidade começa a falhar, os telefones e os telemóveis funcionam mal e os mais inteligentes começam a armazenar comida e água (e tentam sair da cidade).
Estando a aproximar-se a ressaca de Nick, Madison, sem alternativa, vai até ao liceu onde trabalha para encontrar medicamentos. É aqui que reencontra Tobias, um dos poucos humanos que entende o que realmente está a acontecer. No entanto, não está verdadeiramente preparado! E isso comprova-se quando Madison e Tobias estão a tentar sair do liceu com um carrinho cheio de comida… encontram o diretor Costa transformado! Quando este ataca Tobias, é Madison que executa o zombie com um extintor. Contrariamente ao que pensava, Madison é a primeira personagem a matar um zombie com as suas próprias mãos, demonstrando que não é uma mulher assim tão frágil como aparenta. Madison é então a grande surpresa do episódio! Assim que chega a casa ainda fala com o marido antes dos telemóveis deixarem de funcionar. Nas últimas palavras que trocam, Travis aconselha-a a fugir para o deserto com a família. Fica no ar a decisão que Madison tomará: irá esperar pelo marido, ou irá com os filhos para o deserto, correndo o risco de nunca mais se voltar a cruzar com Travis.
A tensão cresce a um ritmo meteórico num episódio que evolui favoravelmente em relação ao anterior, sanando algumas das críticas levantadas pelos seguidores. Com o elenco principal apresentado, e com o apocalipse a criar uma situação caótica, iniciar-se-á a luta pela sobrevivência no próximo episódio! Fear The Walking Dead, com a sua abordagem diferente, focada no início da praga zombie, promete transformar-se numa das séries do ano se continuar com a evolução positiva que demonstrou neste segundo episódio.
Questões em análise:
Rui André Pereira