1×01 – Pilot

The Brink é a mais recente série da HBO. Apostando numa vertente satírica em relação às questões políticas que dominam o mundo, The Brink vai buscar atores bem conhecidos como Jack Black, Pablo Schreiber (Orange is the New Black) e Iqbal Theba (Glee). Em 30 minutos, o episódio segue três perspectivas de uma guerra à beira de acontecer nos EUA. E temos, como não podia deixar de ser, um general completamente louco, e com acesso a armas nucleares. Nada de muito diferente da realidade, certo?

Alex Talbot (Jack Black) tentou, por duas vezes, entrar na CIA, mas foi rejeitado. Walter Larson (Tim Robbins), o Secretário de Estado está interessado em tudo, menos nas suas obrigações (e por “tudo”, entenda-se: mulheres). Zeke Tilson vive rodeado de problemas com mulheres, e, em breve, também deverá ter problemas de outra natureza. Estas são as três personagens que podemos seguir com mais atenção neste episódio piloto. Claro que Jack Black é quem tem maior destaque, seguindo-se Tim Robbins. Mas as mudanças de perspectiva, de cena e de ambiente que vão sendo feitas tornam-se, a certa altura, além de confusas, um pouco “sensaboronas”. O que é que tiramos de tudo o que nos é mostrado? Muito pouco. Apesar de parecer que se quer mostrar muito. Zeke é uma personagem que acaba por parecer um pouco deslocada no meio de tudo o que acontece. E a verdade é que a personagem melhor trabalhada, ainda assim, parece mesmo ser Walter. Talbot acaba por não mostrar muito de si, apesar de ter bastante tempo de antena. Será um aspeto, com certeza, a ter em conta nos episódios futuros.

Ainda assim, os momentos cómicos compensam estas pequenas lacunas, e são, sem dúvida, o ponto mais forte da série. E no fim, ficamos à espera para perceber o que virá a seguir. Mais um ponto a favor!

Apesar de todas as minhas afirmações e observações, é de salientar que 30 minutos e um só episódio são muito pouco para avaliar uma série, positiva ou negativamente. O que é certo é que The Brink poderá fazer um bom trabalho se souber investir na questão da sátira, e se souber como enriquecer as suas personagens. Enquanto esperamos, vamo-nos rindo!

Nota: 6/10

Beatriz Barroca