Contém SPOILERS!
Supernatural aproxima-se a passos galopantes do season finale e o enredo começa a compor-se. Foram muitos as reviews em que demonstrei a minha frustração por assistir a fillers desinteressantes e que nada trouxeram de novo à estória. No entanto, é por episódios como este que eu me mantenho fiel à dupla Winchester. Esta semana, tal como aconteceu na anterior, valeu a pena assistir ao episódio e tudo promete que teremos um fim de temporada de cortar a respiração.
Mentira tem perna curta e Supernatural tem apresentado provas disso em praticamente todas as temporadas. Se Dean não suspeitava que o irmão o enganava, conseguiu ter a certeza com o episódio em questão. Ora bem, Sam anda estranho deste que Charlie regressou com o Book of the Damned. Gostei da improbabilidade de ver Castiel, Rowena e Charlie a trabalhar sob o comando de Sam, na tentativa de decifrar o códex que, por sua vez, ajudará a perceber o maldito livro escrito em pele de freira! Com Dean a suspeitar das consecutivas ausências do irmão e dos telefonemas misteriosos de Castiel, era uma questão de tempo até se saber a verdade.
O que Sam não contava é que a família Styne aparecesse e voltasse a fazer das suas. Ao que parece a família tem um passado negro que quer manter secreto. Foi obrigada a mudar de nome em 1918, quando, acidentalmente, Mary Shelley entra no castelo de Frankenstein e escreve um livro a relatar a história da família. Sim, é verdade… os Frankenstein chegaram a Supernatural. O primeiro Styne a dar a cara é Eldon, um “jovem” com um futuro promissor nos negócios da família. Colhe os olhos de uma jovem, no entanto deixa o cadáver para trás e é visto por um funcionário de limpezas. Pois é… a família desaprova o seu comportamento, pois não gosta de deixar vestígios da sua passagem. Assim que Eldon é capturado pelos Winchesters, acaba por revelar o verdadeiro nome da família e o motivo da colheita. A família necessita continuamente de órgãos, suponho que seja para manterem a sua imortalidade, ou apenas para aumentarem os seus poderes, já que são difíceis de manter e extremamente fortes. Os Stynes têm uma relação de dependência obsessiva com o Book of the Damned e, por isso, Eldon volta a repetir que a família não descansará enquanto não reaver o livro. Sim, o livro que Sam alegadamente queimou, mas que é indestrutível. Quando Dean vai ajustar contas com o irmão sobre a sua mentira, Eldon foge, deixando o seu braço para trás.
Como seria de prever, o ambiente entre Rowena e Charlie é terrível, já que ambas gostam de sobressair. No entanto, dada a limitação das algemas que proíbem Rowena de utilizar magia para decifras o códex, é Charlie que o começa a fazer graças aos seus dotes de nerd. Saturada com as provocações da bruxa, Charlie foge na primeira hipótese! E é o seu grande erro…
É graças ao telefonema de Charlie que Sam se livra de uma conversa pesada com Dean. Assim que chegam ao pequeno motel onde ela se escondeu, já Eldon foi embora, mas deixando uma cena macabra: Charlie está morta. Eldon não levou nada consigo, já que Charlie tinha deixado o livro com Castiel. Nos seus minutos finais, ela fez o upload da solução para desencriptar o códex que levará ao feitiço de remoção da marca de Caim. Se por um lado Dean está perto da salvação, por outro, a situação vai ficar feia porque Dean não perdoará Sam pela morte da sua amiga. Sam certamente também se culpabilizará por esta morte.
Quem também deu o ar da sua graça foi Crowley, que voltou ao seu comportamento irascível. Embora tenha expulsado a mãe de casa, não gosta minimamente de lhe ter perdido o rasto.
Questões em análise:
Nota: 8/10
Rui André Pereira