Contém SPOILERS!
Pois é meus amigos, chegamos ao final de mais uma temporada e como o tempo passou a voar. Mais uma vez fomos presenteados com um grande final e que fez jus a toda a qualidade que veio sido apresentada ao longo deste ano.
Como referi aquando da chegada de Ragnar a Paris, esta nova invasão iria terminar com um acordo entre as partes. Esse mesmo acordo foi alcançado na semana passada com um pequeno bónus, o batismo de Ragnar e que levou a um ambiente muito pesado entre a sua comitiva.
Os motivos inicialmente invocados pelo rei Viking para o seu batismo faziam todo o sentido. No entanto havia algo mais e uma vez mais testemunhamos a capacidade de planeamento que Ragnar nos vem habituando desde os seus primórdios, enquanto era um simples agricultor.
Todos sabemos o quanto Ragnar ficou ferido depois da primeira tentativa de invadir Paria e isso nunca foi encenado. Mas esse pormenor serviu de pretexto para pedir o seu batismo e um funeral cristão bem no coração da cidade.
O plano traçado por Ragnar foi muito cruel para as pessoas mais chegadas a ele. Nem mesmo Lagherta e Rollo sabiam que afinal ele não havia morrido e fizeram um luto verdadeiro pela morte do seu Rei e familiar. Mesmo com toda esta crueldade inerente, não consigo condenar Ragnar por o ter feito, já que era um plano muito delicado e a sua liderança já havia sido questionada ao longo dos últimos episódios.
Enquanto Floki se “despedia” do seu amigo, estava sempre à espera que ele confessasse que havia morto Athlestan. Embora não o tenha dito expressamente, a parte em que Floki diz que o odeia poderá ter sido uma pequena confissão. A verdade é que Ragnar já não possui dúvidas do que Floki fez e disse-o diretamente no final do episódio. A vingança que Ragnar tanto prometeu vai ter de ficar para daqui a um ano e ainda falta tanto.
A partir do momento em que Ragnar se encontra bem próximo das pessoas mais importantes para aquela cidade, a introdução dos seus companheiros na mesma foi algo bastante simples. Gisla nunca foi um alvo a abater por Ragnar, tendo-se utilizado dela apenas como uma vantagem para chegar aos fins que ele se propusera.
Depois de saqueada a bom e belo prazer é hora de voltar a Kattegat, mas com um regresso agendado para a próxima Primavera. Para que os parisienses não se esqueçam deles, alguém fica para trás e o voluntário é Rollo, dando-se assim continuidade à sua profecia.
Sabendo que Rollo ficou por lá, o Imperador Charles decide oferecer um título nobre e a mão da sua filha ao nórdico, para que ele combata o seu próprio irmão quando ele regressar. Já não é primeira vez que os vemos num conflito direto e resta saber se desta vez Rollo terá a coragem, que anteriormente não possuiu, para levar o conflito até às últimas consequências. Quem não gostou daquele “Hello” de Rollo depois de ter sido enxovalhado pela sua futura companheira?
Só uma pequena palavra para a ausência de Ecbert. Com todo aquele plano astucioso que ele possui em mente, esperava poder ver algum desenvolvimento do mesmo ainda este ano, mas os produtores decidiram não me fazer a vontade.
Fazendo agora um balanço desta temporada, pessoalmente considero-a a melhor até ao momento. Temos vindo a assistir a um aumento de qualidade de ano para ano e este foi provavelmente aquele em que as narrativas foram desenvolvidas de forma mais consistente, sempre nos tempos apropriados.
Tivemos grandes reviravoltas nas narrativas, mortes e aparições inesperadas, umas com maior impacto, outras nem tanto. Mas no geral gostei muito daquilo que nos foi apresentado e ficamos com boas pontes para a próxima temporada, que espero sinceramente que seja no mínimo tão boa quanto esta.
Nota: 9/10
Nota da temporada: 8.5/10
Carlos Oliveira