06×18 – I Could Never Love Like That
[contém SPOILERS]
“I Could Never Love Like That” foi o primeiro episódio após a confirmação oficial dos rumores de que a Nina Dobrev vai abandonar The Vampire Diares com o final da sexta temporada. E de forma apropriadamente cronometrada, com ele começou o arco de despedida da Elena. Sob a luz desta informação o processo de eliminação das memórias da Elena pertinentes ao Damon, ganha uma nova nuance. Para apreciá-la temos que nos recordar da péssima linha de história que foi a da Cura na quinta temporada.
Se bem se recordam, o grande ponto de abdicação da Cura por parte da Elena foi precisamente o Damon, com quem ela queria passar o resto da eternidade. Os sentimentos dela podem ter sido suficientemente fortes para se reatarem mesmo depois de ter sido compelida a esquecê-los, porém são de certa forma novos, sem o suporte de anos e anos de memórias de momentos vistos à luz dessas emoções. E para mérito da Dobrev e do Somerhalder, eles realmente têm conseguido oferecer uma intensidade diferente nas suas interacções. Existe brandura, menos paixão. E é aqui que entram, desoprimidas dessa intensidade, as dúvidas da Elena em relação à sua existência vampírica. Em “I Could Never Love Like That” elas começam com a descoberta de que a Jo está grávida, algo que a Elena nunca poderá viver como vampira. Isso e todos os conceitos de “vida normal” começam a sussurrar-lhe na mente. Mas infelizmente, não há razões para se demorar demasiado nestes pensamentos. Ela toma refúgio na ideia de uma eternidade junto ao Damon e sorri, afinal de contas, não há forma de reverter esta existência…exceto que há e o Damon têm-na em sua possessão: a cura que a Bonnie trouxe do plano paralelo. Assim, se alguma dúvida existia sobre quem acabaria por usar a cura, elas agora esvanecem-se com o surgir desta porta de saída da personagem da série.
É claro que posso acabar por comer estas palavras e a cura ser usada de qualquer outra forma, afinal de contas se há série capaz de puxar o tapete debaixo das nossas expectativas é The Vampire Diaries. Mas para já é esta a minhas aposta.
É importante notar que apesar de todo o encadeamento lógico na história da Elena que aqui desenrolo, ele é algo elusivo e pouco envolvente, talvez até pouco credível. Isto em larga parte pela personagem ter sido largamente marginalizada em termos de desenvolvimento ao longo das passadas duas temporadas, mesmo sendo ela a protagonista. Ela era-o mais como razão para as coisas acontecerem do que necessariamente agente com razões internas para o quer que fosse, à parte do triângulo amoroso. Assim, a maior parte de todo o alongar nestas emoções da Elena ao longo do episódio sentiu-se na maioria forçado. Um caminho que temos que passar necessariamente para que retiremos um final aprazível, mas não necessariamente aprazível por si só.
A outra porção maior do episódio foi a missão resgate do Stefan, utilizando a Lily como forma de o fazer ligar a humanidade. Mas antes disso somos servidos um pouco mais de caos Steroline, agora com a Caroline tornada completa Bad Vampire Girl. A cena do karaoke, a torturar o Tyler e o Matt foi gira, mas esperava um pouco mais. Alguma falta de imaginação na escrita quando este par tem tantas possibilidades, mas enfim…
A Lily lá consegue trazer o Stefan de volta, embora cada palavra tenha provido na verdade do Damon. No final de contas, os sentimentos fraternos entre ambos sempre foram a chave para a dinâmica do triângulo amoroso com a Elena ao longo destas épocas. E neste caso, a almos por detrás da Lily, mera ferramenta aqui, uma vez que sem misericórdia ela declarou a Damon já não amar os filhos.
Também parece que a Lily se está a estabelecer como novo inimigo, juntamente com a sua “família”. Ao que parece os restantes membros do seu grupo são Syphoners tal como o Kai. Mas são também vampiros, sendo a fonte de magia deles próprios! Ui! Olha que festa! E lembram-se que o Kai foi deixado lá com eles!? Ai ai! Vamos ter grande festa! Caos! Yay! Quero!!
Outras coisas:
– Lá vai o Stefan em missão resgate Caroline. Perdi o interesse sinceramente. A Caroline ainda poderia ripostar de formas fofas, mas tão perto dos últimos episódios se calhar não.
Nota: 7/10
André F Dias