Contém SPOILERS!
The Originals continua em alta e recomenda-se! E não é que a série ainda não teve um único filler desde a sua estreia? Mas esta situação é facilmente explicável: a nossa série possui um enredo tão denso e complexo que não tem tempo para explorar ambientes que nada trarão ao desenvolvimento das nossas personagens. É verdade que alguns dos episódios anteriores foram um pouco mais parados, mais vocacionados para a contextualização/preparação do que está por acontecer. Uma coisa dos digo, tivemos um episódio fantástico esta semana! Oh my God! Aquilo foi sofrer desde os segundos iniciais até aos créditos finais! Se este episódio não foi o auge, não sei se o meu coração aguenta mais carga emocional e tensão. Tivemos chiffhangers gritantes, perseguição, luta, sangue, traição, mortes e sofrimento… muito sofrimento!
Dahlia anda a ser apresentada desde o início da temporada. Sempre foi descrita como uma bruxa poderosa, mas nada fazia prever o quão poderosa ela realmente é. E não é que ela consegue dominar quem lhe apetecer? Pois é… descobrimos isso quando Hayley e Jackson passeiam a pequena Hope pelo peculiar French Quarter. Dahlia chegou para ter o que é seu por direito e, ao que parece, ninguém está à altura de a travar.
Com Esther, Kol e Finn fora do caminho, a família não está no seu auge para combater esta inimiga. Sempre acreditei que todos eles se juntariam para combater a malvada, mas pronto… também gostei do modo como a ação se tem desenvolvido. Bem, o centro de ação de preparação da luta centra-se em Freya, Elijah e Klaus. Não acrescento aqui Rebekah pois, mediante a sua recente situação, ela ainda anda meia perdida na identificação do seu lugar na frente de combate. Que saudade tenho da Rebekah de Claire Holt, neste momento ela estaria a saltar para o pescoço de alguém para o separar do corpo da sua presa! Voltando a Freya, a bruxa, sendo a que melhor conhece a tia, depressa assume a liderança desta longa e complexa batalha. Sabendo como identificar a localização de Dahlia, canaliza o poder ainda selvagem de Rebekah no feitiço de Jackson. A grande questão é que Rebekah apercebe-se que a tia está a canalizar a irmã e que, por essa razão, o seu poder é ilimitado. Freya cai em descrédito e afasta-se! É aqui que Dahlia aproveita para se aproximar da sobrinha e revela o quão doentia é esta relação.
O ponto alto do episódio foi, sem sombra de dúvida, a aproximação de Klaus a Mikael, pai e filho bastardo (Mikael faz questão de manter este assunto na lembrança de todos). Ambos põem de parte as desavenças porque têm uma missão em comum: destruir Dahlia antes que ela leve as respetivas filhas. Ora bem, Mikael regressou com três itens que poderão criar uma arma à qual a megabruxa é vulnerável (sangue de alguém que ela ame, terra do seu país natal e cinza dos seus opressores, os vikings). Nada faltando, Klaus convence Davina, a troco das cinzas de Kol, a confecionar a nova arma.
Com a arma que poderá matar Dahlia, Klaus e Mikael, os homens de temperamento quente da família, partem para a aniquilar. O que eles não esperavam é que Dahlia leva-se consigo o seu exército de humanos mentalmente subjugados e que estes tivessem uma fração dos seus poderes! Ora bem, foi uma carnificina digna de se ver, o chão da maldita igreja do finado padre Kieran ficou repleta de cadáveres. Elijah e Freya ainda chegam a tempo da festa, mas não conseguem evitar que Dahlia destrua a única arma que a pode matar.
De volta a casa, desesperados e impotentes, discutem sobre a má ação de Klaus e Mikael, pois perderam a única arma que tinham e a forma como encararão a próxima batalha contra a toda-poderosa Dahlia. Após um discurso inflamado e desesperado, em que Klaus mais uma vez demonstra o quão traumatizado é por sempre ter sido desprezado pelo próprio pai, o híbrido mata Mikael, assim obterá mais cinzas de um viking para fabricar mais armas contra Dahlia. Quem entra em choque é Freya, que recentemente se reuniu à família e, ao que parece, havia reatado a relação de proximidade que tinha com o pai. Com o sangue de Freya por perto, resta apenas arranjar solo da terra natal de Dahlia para fabricar armas!
Josephine, subtilmente ameaçada por Elijah, ajuda a construir um refúgio antibruxaria onde poderão proteger a jovem Hope. Tudo corre bem até ao fim do episódio, quando a matriarca das bruxas cruza com Dahlia que, após a curar e a deixar tocar um pouco de violino, a mata! Ao que parece, Dahlia tomará o comando das bruxas e utilizá-las-á na luta contra os sobrinhos.
O plano de fuga de Jackson e Hayley não resulta porque foram traídos por Aiden, que temendo a fúria de Klaus, não aparece com o carro na hora marcada. Por mencionar Aiden, foi engraçado voltar a vê-lo ao lado do seu amado Josh, muito ao estilo de amor e uma cabana. Mediante os diálogos proferidos pelos dois, e pela quantidade avassaladora de mortes que aproximam, temo que não cheguem à terceira temporada.
Questões em análise:
Nota: 9.5/10
Rui André Pereira