Contém SPOILERS!
Há alguma semanas atrás partilhei convosco a minha intuição de que as peripécias de Joe Carrol em The Following não terminariam assim tão facilmente. Mesmo estando na iminência da sua execução, Joe deveria ter ainda alguma coisa em mente.
A visita do ocasional pupilo de Theo à prisão serviu para nos dar um cheirinho do que seria um confronto entre estes dois vilões e serviu ainda como o despertar do mais recente plano de Joe. Por momentos cheguei a pensar que Theo iria libertar Joe e unirem forças para combater Ryan.
A verdade é que ele continua a querer saber mais sobre os alunos de Strauss e pensou que poderia obter ajuda do seu maior concorrente. Mesmo prometendo a Joe aquilo que ele mais aprecia, fama, este não cedeu já que possui um novo plano.
Estou desejoso de ver o que Joe anda a preparar e isto vai afetar muito Ryan, que está desejoso de ver o seu maior inimigo finalmente como parte do passado. A ligação entre estes dois é inegável e sempre foi personificada de uma forma magnífica pelos atores encarregues de cada um dos papéis.
Aproveitando a onda, as ameaças de Theo a Ryan começam a dar os seus primeiros passos e tivemos uma ideia de como ele pode influenciar negativamente a vida de Ryan. Desde dar o carro de agente como roubado, manipulação dos semáforos e do seu cartão de crédito, tudo parece ser possível para Theo e muito há a temer da parte de Ryan para o que poderá ainda estar por vir.
Quem está também de volta a atividade é Mark e Daisy. No caso de Daisy ele estava normalmente a trabalhar num bar de diversão masculina e deu de caras com Mark depois de ter sido convidada para a casa de um cliente.
Mark voltou, ou deveria dizer Luke? Ele afirma que Mark se afogou no confronto com o FBI e quem está de volta é o seu irmão gémeo. Ao que parece ele quer deixar de parte a personalidade mais frágil de Mark e incorporar a atitude mais firme que o seu irmão possuía. Mas em pequenos momentos vemos claramente que a insegurança que caracteriza Mark continua lá presente.
O regresso destes dois irá representar mais uma dor de cabeça para o FBI, em especial para Mike que contínuo convicto de que Mark não morreu. Essa convicção levou a algum sobressalto para Tom por ainda possuir o portátil de Daisy com as câmaras da casa de Max.
Numa temporada que se tem revelado muito abaixo das capacidades da série, tivemos finalmente um episódio o qual apreciei verdadeiramente. Joe Carrol continua a ser o maior motor desta série e a eminência do seu regresso à ação foi um dos fatores decisivos para um maior interesse pela narrativa.
Theo merece também a sua quota-parte de mérito em tudo isto. Sempre gostei do tipo de vilão que foi introduzido com Theo, mas só agora o mesmo começou a condicionar verdadeiramente a vida de Ryan. E a sua interação com Joe foi também muito boa e só peço que tenhamos uma maior interação entre estes dois personagens, porque a série só tem a beneficiar com tal.
Nota: 8/10
Carlos Oliveira