Contém SPOILERS!
As dores de cabeça de Ryan parecem estar para durar. Mesmo com o seu arqui-inimigo a poucos dias de ser executado, ele não tem descanso e Theo tem-se revelado mais problemático do que ele provavelmente estaria á espera.
Ryan começou a temporada à procura de velhos conhecidos de temporadas anteriores e que de certa forma estavam relacionados com Joe Carrol. Depois da morte de Strauss e Mark, só resta mesmo Joe dos vilões introduzidos em temporadas anteriores. E mesmo Joe está a poucos dias de fazer parte do passado.
A sua execução vai certamente marcar a série, por ter sido o grande impulsionador das temporadas anteriores e quer Ryan aceite ou não ele estará para sempre ligado a este grande vilão. Mas estará já Joe finalizado a sua estada para estas paragens? Como ele sonhou com uma nova fuga da prisão eu interrogo-me se ele não irá fazer novamente das suas.
Mas mesmo que Joe esteja definitivamente arrumado, temos agora Theo para fazer a vida negra a Ryan. Não me canso de referir que estamos perante um tipo de vilão completamente diferente do que Joe sempre foi.
Joe Carrol é um dos meus vilões preferidos de sempre e que era motivado principalmente pelo seu ego, o que o levou a cometer alguns deslizes fatais. Já Theo mostra-se um homem muito mais frio e calculista e que consegue encobrir todos os seus rastos de uma forma exemplar. Se não veja-se o script que o mesmo desenvolveu, para numa situação de maior aperto apagar todos os seus dados dos servidores do FBI.
Mas como tudo na vida nada é perfeito, ele também não o é, e um pequeno deslize numa situação imprevista fez com que tivesse sido identificado definitivamente pelo FBI. Foi através do código de acesso ao servidor de e-mail de um dos amigos da mulher de Theo que Ryan e companhia conseguiram chegar à família que Theo foi construindo ao longo dos anos, mas não sem antes o serial killer deixar a sua marca mais maléfica.
Ryan e Theo tiveram o seu primeiro confronto pessoal, ainda que por telemóvel, e as coisas não continuarão a ser nada fáceis para Ryan. Não sabemos ao certo se aquela família tinha verdadeiramente um significado para Theo, mas a verdade é que as coisas parecem terem-se tornado agora pessoais e Theo prometeu destruir a vida de Ryan peça por peça.
Gina regressou temporariamente à chefia do departamento de Ryan, por insistência deste. Contudo todo o cenário encontrado na casa de Theo fê-la reconsiderar essa posição e parece que desta vez vai abandonar o posto definitivamente, aconselhando Ryan a fazer o mesmo, o que obviamente não acontecerá.
Por falar nisso, as coisas entre Ryan e Gwen podem a partir de agora sofrer um pequeno abalo, depois daquele discutimento com o chefe da doutora. Sabemos desde os princípios da série que Ryan é uma pessoa algo reservada e esta nova relação veio trazer algumas responsabilidades às quais ele não está habituado.
Chegados à segunda metade da temporada é tempo de fazer um pequeno balanço da mesma. Sinceramente considero que The Following já não é o que era e isso desilude-me um pouco. Todo aquele suspense a que estávamos habituados na primeira temporada foi desaparecendo aos poucos e as coisas começam a ficar cada vez mais previsíveis. Nem a mudança nos roteiristas mudou o rumo que a série já vem seguindo desde a segunda metade da temporada passada.
Embora esteja a gostar do tipo de vilão que Theo se está a revelar, a minha vontade de continuar a seguir a série diminui a cada semana e os atuais rumores de cancelamento não me parecem totalmente descabidos.
Já agora gostava que aproveitassem o espaço abaixo para nos deixarem as vossas opiniões em relação ao rumo que a série tem vindo a seguir. Lembrem-se de uma coisa, este pequeno espaço foi criado para vocês.
Nota: 7/10
Carlos Oliveira