02×18 – Frenemy Of My Enemy

CONTÉM SPOILERS.

Este episódio foi provavelmente um dos mais pessoais no que toca a Skye. Durante o episódio inteiro ela vai passar o dia com Cal – o seu pai – quando descobre que a mãe está a tentar mandá-lo fora da Afterlife uma vez que ele não pertence ali. Claro que Skye sabe perfeitamente que assim que Cal descobrir o que está a ser planeado, não vai achar muita piada! Então lá vai ela, toda tonta, passar um dia com o seu pai.

Percebo que todo este momento fosse necessário a Skye, para a definir como membro da família que é a sua, mas não acharam um bocadinho fácil de mais que ela simplesmente tenha perdoado Cal de tudo o que ele fez? Quer-se dizer, ele pode ser pai dela, mas eu acho que não era capaz de perdoar a coisa tão facilmente ao ponto de querer passar um dia com ele só para ele não ficar aborrecido? Claro, claro, percebo que parte disso seja para atenuar a reação dele mas todos vimos a proteção que Skye ganhou por um pai que como pai nunca se comportou…

É óbvio também na interação entre os dois durante o episódio que enquanto que Skye ultrapassou o facto de ter crescido sem família e de ser quem é (menos a parte in-humana), Cal ainda está preso ao passado e à ideia de que pode reaver tudo. Quando se apercebe do plano de o deixarem longe da Afterlife, começa a ficar louco e não consegue aceitar que tem que seguir em frente em vez de ficar preso à vida que nunca teve. Acho que acima de tudo, Cal – apesar de ser uma pessoa horrenda -, é uma personagem muito bem conseguida. E mesmo depois de encontrar Skye, o lado maníaco dele ainda continua lá, como podemos ver, o que é bastante consistente para a série, gostei imenso.

Enquanto isso Lincoln foi enviado por Jiaying (a sua mãe) para espiar Skye e Cal, para ver se ninguém se lembrava de fazer nada. Vou só dizer que o Lincoln é adorável e espero que desenvolvam um pouco mais a personagem, uma vez que até tenho gostar do papel dele de «moderador» da Skye e da Raina e de tudo o que se passa na Afterlife no que concerne Skye.

Ward está de volta! Parece que Coulson já não tem mais para onde se virar e decide fazer um acordo – um acordo forçadíssimo, claro – com Ward e com a Agente 33 para conseguir recuperar Skye e para perceber o que se passa dentro da HYDRA, que se está a reconstituir aos poucos. Uma vez que Ward já andou a brincar com a HYDRA, Coulson decide aproveitar-se disso, fazendo com que ele envolva Bakshi numa missão de infiltração ao lado de Deathlok.

Neste regabofe todo, acabam por perder Deathlok, que estava a ajudar Coulson, Fitz e Hunter. E as motivações de Coulson para chegar a Skye e toda a história de ele querer construir uma base de in-humanos com os seus super-poderes está cada vez mais intrínseca na realidade desta nossa agora fragmentada equipa. Até May, a grande apoiante de Coulson até agora, está a duvidar das motivações dele. Afinal, se ele quer construir uma base assim, pode ser tão perigoso como a HYDRA.

Juntamente com Deathlok, Lincoln é capturado pela HYDRA – que aparentemente já desenvolveu uma bomba capaz de render estes in-humanos com super-poderes a meros mortais. Nisto percebemos que a HYDRA anda atrás de Gordon, que por sua vez consegue remover Skye dali – para a levar para a Afterlife, provavelmente -, e deixar Coulson na mão mais uma vez.

Aproximando-nos de um próximo episódio, qual é que acham que vai ser o futuro de Coulson e a sua agora mini-equipa? Será que Lincoln e Deathlok conseguirão escapar? Maio está a chegar e a fasquia está elevada para os últimos episódios…

Nota: 8.5/10

Joana Pereira