Contém SPOILERS!
O episódio desta semana foi algo estranho e devo confessar que nem sei muito bem o que dizer acerca do mesmo. Todo ele pareceu andar à volta de profecias e ou o resultado das mesmas vai condicionar fortemente o rumo da narrativa, ou então a narrativa principal desta temporada ainda será revelada mais para a frente.
Tal com referi na semana passada, o vidente não “vê” um futuro muito risonho para Lagertha e tivemos mais um pequeno desenvolvimento na sua profecia. Esta semana ficamos a saber que ela voltará a ser novamente “uma virgem”.
A interpretação que eu faço disto é que ela muito provavelmente vai perder tudo aquilo que conseguiu conquistar até agora. A menos que ela tenha um braço bastante forte, a sua posição como Earl parece ter terminado após Kalf ter-se autoproclamado como novo Earl.
E todo aquele interesse que Ecbert tem pela Lagertha, ao ponto de querer casar com ela, não me parece que seja pelas melhores intenções. Eu até posso vir a estar enganado, mas começo seriamente a pensar que dali não vai sair boa coisa e que Lagertha vai de alguma forma ser subjugada para uma posição de submissão.
Já pelos lados de Kattegat temos uma situação no mínimo estranha, Aslaug, Helga e Siggy têm sonhado as três exatamente com a mesma coisa. Mesmo Aslaug, que já mostrou no passado ter uma queda para decifrar profecias, desconhece o significado de toda aquela situação. Ainda assim Helga acaba mesmo por encontrar o homem que tem aparecido nos seus sonhos, que lhe pede por auxílio com um ferimento algo grave na sua mão.
Já a luta pelo poder em Mercia pouco avançou. Naturalmente depois de Ragnar e companhia terem derrotado o tio de Kwenthrith, o irmão da princesa acabou por fugir com medo dos nossos Vikings. Só o simples fato de Ragnar ter pendurado as cabeças dos derrotados nos seus barcos foi o suficiente para deitar por terra a pouco coragem que Burgred ainda tinha.
Mas esta disputa por Mercia acaba por ter impacto nos homens de Ragnar, uma vez que Torstein parece ter sucumbido aos ferimentos sofridos em combate. Nem a cruel amputação do seu braço parece ter sido suficiente para lhe salvar a vida.
Cada vez mais temos a certeza da divisão de crenças pela qual Athelstan está a passar. Ele próprio admitiu perante a nora de Ecbert que ainda ama Jesus Cristo, mas ao mesmo tempo consegue amar também Odin. Ora isto é claramente contra tudo aquilo que o Cristianismo prega, no qual se acredita que apenas existe um Deus e ao qual devemos amar incondicionalmente.
Para piorar ainda mais as coisas para o lado de Athelstan, Judith acaba por revelar ao monge em confissão que o deseja carnalmente. Esta revelação deixa o homem completamente alterado chegando até ao ponto das suas feridas da anterior crucificação sangrarem.
Este segundo episódio foi bem mais calmo que o anterior e não nos proporcionou um avanço claro na narrativa. Classifico este como um complemento aos acontecimentos do anterior e a principal dúvida que fica no ar é saber quem afinal é aquele homem que apareceu nos sonhos das três mulheres e, mais importante, que significado terá ele para a narrativa.
Nota: 7/10
Carlos Oliveira