Contém SPOILERS!
The Originals continua na sua marcha lenta de preparação de algo a que já nos habituou na temporada passada: um season finale estrondoso. Como sempre, e voltando à tradição um pouco ignorada nos episódios mais recentes, regressamos aos fantásticos e esclarecedores flashbacks que nos ajudam a contextualizar a ação das nossas personagens preferidas. Estou em pulgas para ver o que realmente vem por aí e, simultaneamente, estou em pânico com as mortes que podem advir dos típicos confrontos de final de temporada. Enfim, como não vale sofrer por antecipação, vamos lá ver o que aconteceu no episódio desta semana.
Durante todo o episódio, uma música mórbida (de cariz natalício) invadiu-me os pensamentos… e não quer sair! Trata-se de uma pequena adaptação: “Dahlia is coming to town!”. O fantasma da sua presença já se faz sentir, mas os originais têm uma maior preocupação, e mais recente, em mãos, o descontrolo de Rebekah. Pois é, estava tudo demasiado perfeito para aquilo a que estávamos habituados. Já no final do episódio anterior, nos deparámos com Eva Sinclair a dominar o corpo que agora é de Rebekah, enquanto esta dorme. Com a ajuda de Vincent, e da astúcia de Cami, ficamos a saber que Eva foi internada no hospício para bruxas graças à sua sede incansável de poder. Feitiço esse que Finn, enquanto possuía Vincent, se fartou de utilizar para tentar destruir a sua família. Com o decorrer do episódio, nota-se que o poder de Eva sobre Rebekah cresce a passos galopantes, ou seja, a original está a um ponto de desaparecer e isso provoca-lhe medo. Medo esse que aumenta exponencialmente com as visões/recordações que lhe trespassam a mente de relance sobre os jovens bruxos mortos ou capturados. Esta potencial fatalidade provoca algo inevitável: a aproximação de Rebekah e Marcel… a ver vamos em que isto vai dar.
Como já referi anteriormente, Dahlia foi um dos temas principais do episódio. Com a aproximação de Freya aos irmãos, esta não tinha alternativa, a não ser deslindar a sua história durante a sua vivência com a tia. Ora bem, Dahlia não é para brincadeiras e, tal como Eva, vive obcecada pelo poder. Assim que Freya se juntou a ela, ainda em criança, depressa assegurou uma ligação entre o poder da criança ao seu. Conclusão, tornou-a sua escrava! À medida que Freya foi crescendo, a paranóia da tia começou a raiar a loucura, sobretudo quando a família Mikaelson se transformou em vampira. Sem uma fonte de primogénitos, Dahlia ainda tentou, sem sucesso, que Freya se transformasse numa galinha dos ovos de ouro, algo que quase aconteceu. Apesar de Elijah e Rebekah acreditarem prontamente na irmã, Klaus, reticente como sempre, não acredita nela. Tanto que até a mata para confirmar a história em que nada de mal lhe acontece e que, tal como os irmãos, é imortal. Embora com muitas reservas, lá decide dar-lhe um pequeno voto de confiança, tal como acontece com a matilha de lobisomens, para a usar segundo os seus interesses deturpados ou altruístas… nunca sei bem como caracterizar as atitudes ambivalentes de Klaus.
Por aqui terminou um episódio que, mais uma vez, teimosamente marchou nas tendências da série: eliminar Rebekah. Por outro lado, a ameaça de Dahlia, a grande vilã da temporada, eleva a carga emocional de The Originals a níveis insanos. Resta-nos esperar e rezar para sofrermos pouco.
Questões em análise:
Nota: 8.5/10
Rui André Pereira